O Lugar Santíssimo

O Lugar Santíssimo

O lugar Santíssimo

O lugar santíssimo era o último compartimento do tabernáculo e o mais importante, era o lugar onde ficava a arca da aliança. A única coisa que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (Santo dos Santos) era um véu grosso (Ex.26.33).

O único que podia entrar nesse lugar era o sumo sacerdote apenas uma vez por ano depois de um extenso ritual de preparação com um sacrifício pelos pecados do povo.

O sinal de Deus na aceitação da presença do Sumo Sacerdote no Santo dos Santos era que ele continuava vivo!

Texto Bíblico Êxodo 26.31-35; Hebreus 9.1-5; Mateus 27.51

O Véu do Tabernáculo

(Êxodo 26.31-37).

1 – Separação

O titulo dessa mensagem sobre o véu do Tabernáculo poderia ser: De separação à entrada ousada. O véu era posicionado entre o santuário, onde o sacerdote ministrava pelos outros, e o lugar santíssimo, onde Deus habitava entre os querubins sobre o propiciatório da arca do testemunho ou da aliança.

Fez separação entre o que não era santo e Aquele que é santíssimo. O Tabernáculo, com todas as cerimônias ritualísticas, não passou a ser nada mais além de “a sombra dos bens futuros” (Hb 1.1; 10.1). Por mais bela a sombra esteja, ela não é o Verdadeiro.

O véu do Tabernáculo representava uma triste verdade: o homem é pecador e é vedado O caminho para ele ir sozinho a Deus.

Ex 26.33; Lv 16.2, “que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque Eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório”;

Is 59.1-3, “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”;

Rm 3.23, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

Enquanto o véu ficava no seu lugar a consciência pesada do homem existia. Enquanto o véu separava o homem pecador do Deus santo, o pecador teve medo do julgamento do seu pecado por este Deus que é um fogo consumidor (Hb 10.2,3).

A entrada ousada na presença deste Deus é uma realidade hoje através de umas condições, condições estas que foram preenchidas completamente e somente por Jesus Cristo.

2 – O Material Usado na Construção do Véu do Tabernáculo – Ex 26.31

O véu do Tabernáculo era feito de linho fino torcido com azul, púrpura, carmesim, com a imagem de querubins de obra prima bordada nele. Desde que tudo no Tabernáculo eram sombras ou tipos simbólicos de Cristo, esse material apontava ao Cristo.

  • O azul representava: Natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial, I Coríntios 15.47,48; João 1.18; Hebreus 7.26; a origem celestial de Cristo.
  • A púrpura representava: Realeza, Soberania de Cristo, o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores”, Apocalipse 19.16; Marcos 15.17-18.
  • O carmesim representava: Sacrifício, Apocalipse 5.9-10; Números 19.6; Levítico 14.4; Heb 9.11-14, 19, 23, 28.
  • O linho fino representava: Justiça, Cristo é o Justo, e os que são dEle tem a Sua justiça, II Coríntios 5.21; Apocalipse 19.8; I Coríntios 1.30. Sendo torcido, era dobrado o fio seis vezes fazendo o véu grosso e pesado (Gill).
  • O branco, do linho fino torcido representava: perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo (Ap 7.9-17; Sl 132.9).

Os querubins representavam: somando tudo que fala dos querubins pela Bíblia podemos resumir que eles representam a autoridade e poder judicial de Deus (Gn 3.24). Não há como chegar a Deus sem responder pelo julgamento dos pecados.

Pelos querubins terem presença no véu do Tabernáculo entende-se que a entrada à presença de Deus é somente através do julgamento dos pecados. Assim aponta ao Cristo: O Espiritual com natureza celestial (azul), O Soberano (púrpura), O Sacrifício idôneo (carmesim), O Justo (linho fino) e O Perfeito (branco do linho fino).

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Cristo, nessas qualidades, deu-Se a Si mesmo na cruz, recebendo assim o julgamento do pecado de todo pecador arrependido (II Co 5.21; Tt 3.5; I Pd 1.18-21) e repassando à estes as Suas justiças (II Co 5.21; I Pe 3.18).

3 – A Posição do Véu no Tabernáculo – Ex 26.32-35

O véu do Tabernáculo fazia separação entre o santuário e o lugar santíssimo. Dentro do véu era a Arca do Testemunho. Fora do véu eram a mesa e o candelabro.

O véu do Tabernáculo foi pendurado debaixo dos colchetes sobre quatro colunas de madeira de Acácia, representando a humanidade incontaminável de Cristo. Essas colunas eram cobertas de ouro, representando a divindade pura de Deus.

Cristo é tanto homem quanto Deus, fatos declarados pela simbologia destas colunas que existem para que o véu do tabernáculo fosse pendurado.

As bases que fixava as colunas no lugar eram de prata. Prata representa a redenção por ser ela a moeda da expiação (Levítico 5.15; 27.3; 6,16; Êxodo 30.12-16; Números 18.16).

O fundamento destas bases era a redenção. A redenção, representada pela prata, é a base da encarnação de Cristo, representado pelas colunas.

A entrada à presença terrível de Deus é somente pelo julgamento dAquele que é Celestial, Soberano, o Puro Sacrifício Eterno e Justo, o Único que pode agradar a Deus, o Seu Filho Unigênito, O Jesus Cristo.

4 – A Representação do Véu do Tabernáculo – Hb 10.1-23; Is 53.10-12

O véu a todos mostrava a separação do homem do Santo Deus. Por Deus ser santo, e o homem ser destituído da glória de Deus, ou seja, da glória da santidade, há separação (Is 59.1-3).

O véu mostrava a maneira de aproximação do homem pecador para o Santo e Glorioso Deus. Essa aproximação era somente por um sacerdote idôneo e somente com sangue (Lv 16.14; Jo 9.7, 14).

Cristo é Quem foi representado pelo véu do Tabernáculo (Hb 10.19, 20, “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,”; Ef 2.12-16; Cl 2.13-15; 3.7-11).

Cristo é a Entrada – Is 53.10, 11.

Por Ele, o pecador arrependido e crente pela em Cristo Jesus, não apenas tem entrada à presença de Deus, mas, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19).

Cristo, em Hb 10.10-23, é o grande Sacerdote que se ofereceu a Si mesmo como o verdadeiro sacrifício aceitável que purifica os nossos corações da má consciência (v. 12-14, 21, 22).

Ele é o sangue que abriu o caminho pelo véu (v. 19), sendo Ele mesmo o próprio véu e o Caminho novo e vivo a Deus (v. 20; Jo 1.29; 14.6). Tudo o que Ele é foi aceito pelo Pai e percebemos isso na Sua morte (Mc 15.38, “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”), na Sua ressurreição (At 17.30,31, v. 31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos), e na Sua ascensão (Jo 7.39; At 2.31-36, v. 33, “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis”).

Cristo é tudo

Por Cristo ser tudo na aproximação do pecador remido a Deus, somos incentivados a reter firme a confissão da nossa esperança, a estimular uns aos outros às boas obras e congregar sempre que temos oportunidade; porque fiel é Ele que prometeu tais bênçãos (v. 23-25).

Cristo é a gloriosa e única entrada à presença de Deus. Ele é somente a entrada para os que se arrependeram dos seus pecados e creram nEle pela fé. Como é contigo e Deus? É ainda separado, ou tem ousadia para entrar? O diferencial é Cristo, o próprio véu e o caminho para Deus. (Adaptação): Autor: Pr Calvin Gardner – Ortografia e correção grammatical: Brenda Lia de Miranda 04/2007 – Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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Observação: Na língua hebraica o vocábulo “véu” é paroketh que advêm de uma raiz que significa “separar”. No Novo Testamento esse mesmo vocábulo é katapetasma, que representa o véu interior, ou seja, a cortina entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.

Santo dos Santos

No Santo dos Santos estava:

1 – A Arca da Aliança

A arca era uma caixa de madeira, como um baú, coberto em puro ouro (Êxodo 25:10-16) por dentro e por fora. A arca representava a presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca era uma mobília religiosa comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca era diferente.

Na maioria das religiões pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada. Neste caso, a arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo: as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades diárias do Seu povo).

A arca era portátil como tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro passavam por argolas de ouro em cada canto. Essas varas não podiam ser removidas nunca conforme Deus assim havia instruído (Êxodo 25:15).

2 – O Propiciatório

O lugar da expiação dos pecados era no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava assentado. Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca (Êxodo 25:17-22).

Desta maneira, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei que ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do bloco, olhando para o lado de dentro.

Todo ano no dia da expiação (Levítico 23:26-31), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando assim como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus. Fonte: (iLúmina).

Lugar Santíssimo

O Santo dos Santos (em hebraico, Kodesh ha Kodashim) era a porção mais sagrada do tabernáculo e do templo. No tabernáculo, simplesmente fazia parte dele, como uma repartição separada por cortinas.

No templo de Jerusalém, porém, era uma construção mais substancial. Era ali que o sumo sacerdote realizava os ritos do dia da Expiação. Só se podia chegar ao Santo dos Santos passando-se primeiro pelo Lugar santo, atravessando a divisória de cortinas.

Contudo, só o sumo sacerdote tinha o direito de fazê-lo, e isso somente uma vez por ano. Isso representava o fato de que o acesso até DEUS se fazia somente por fases.

De acordo com a economia do Novo Testamento, o próprio crente torna-se o templo e o Santo dos Santos onde reside continuamente o Espírito (I Cor. 3:16 e ss.).

Apenas uma vez por Ano

A visita do sumo sacerdote ao Santo dos Santos fazia-se apenas uma vez por ano, um violento contraste com a contínua presença habitadora do Espírito no crente.

Aparentemente, o Santo dos Santos era mantido completamente às escuras (I Reis 8:12), o que servia para envolver o lugar em um mistério ainda maior, onde se esperava sentir a assombrosa presença de Deus.

Seus móveis consistiam na arca da aliança, sombreada pelos querubins por cima do propiciatório, que, na verdade, era uma espécie de tampa sólida da arca da aliança.

O trecho de Heb. 9:4 diz que o Santo dos Santos tinha, como um dos seus itens, o incensário de ouro, o que não é historicamente verdadeiro, até onde sabemos, no tocante a nenhuma das épocas da história de Israel.

Alguns intérpretes supõem que o autor sagrado se tenha equivocado; mas outros acreditam que a palavra “tinha ” significa “pertencente a”, embora sem deixar entendido que esse objeto ficava dentro do ambiente fechado do Santo dos Santos. Na verdade, não há nenhuma boa maneira de solucionar o problema, nem é importante resolvê-lo.

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No tabernáculo original

O Santo dos Santos se localizava no fim do ambiente fechado, penetrando na área do Lugar santo. Cinco colunas formavam a entrada e, perante elas, ficava o véu.

O santuário mais interno, o Santo dos Santos, tinha cerca de 18m de lado; era quadrado. Continha somente a arca da aliança, a tampa (que era chamada de propiciatório) sobre a qual eram feitas as ofertas do dia da Expiação.

A própria arca continha os itens mencionados e descritos em Heb. 9:4. Esse lugar simbolizava o acesso final a DEUS. No Novo Testamento, CRISTO substituiu esse lugar. Afinal, o acesso é espiritual, e não local. Quando feitos filhos de DEUS, moldados segundo a imagem do Filho, nós mesmos somos transformados e adquirimos acesso a DEUS, na qualidade de filhos.

As passagens de Heb. 4: 14; 6: 20; 9:8 e 10:9 descrevem o acesso espiritual de que desfrutamos. O Santo dos Santos representava a salvação final que nos é oferecida, vinculada à ideia de acesso a DEUS.

As dimensões exatas do Santo dos Santos, no templo de Salomão, aparecem em I Reis 6. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 87-88.

Observação

O Santíssimo, o compartimento mais recôndito. Em Levítico 16:2 é chamado de “[o] lugar santo [hebr.: haq·qó·desh, “santo”] dentro da cortina”.

Pelo visto, Paulo pensava neste compartimento quando falou de Jesus entrar no céu, dizendo que ele não entrou num “lugar santo [gr.: há·gi·a, “santos”] feito por mãos”. (He 9:24) Em Hebreus 10:19, Paulo fala do “lugar santo” (NM); “santíssimo lugar” (IBB) (literalmente, os santos, ou os lugares santos, o plural indicando excelência).

Argumento Bibliológico

Há um processo de santificação do espírito humano. Pouco importando o que você diga, se o seu espírito não for completamente santificado, você sempre estará em perigo. É aquela situação em que o diabo tem a chance de trabalhar em você.

Portanto, somos ensinados a estar em santificação, na qual os rudimentos, impurezas, os afetos descomedidos e as corrupções acabam por causa da incorrupção permanente. Na santificação, todos os tipos de luxúria perdem seu poder. Este é o plano.

Somente nesta busca ideal é que Deus nos abençoa em nosso estado de purificação para que deixemos nossa posição terrena e subamos com Ele em glória.

Os santos de Deus, à medida que avançam em perfeição e santidade, entendendo a mente do Espírito de vida, são levados a um lugar muito abençoado – o lugar de santidade, o lugar de inteira santificação, o lugar onde Deus é entronizado no coração.

A mente santificada está tão concentrada no poder de Deus, que o santo pensa nas coisas que são puras e vive sob predomínio santo, em que ele experimenta diariamente o poder e a liberdade de Deus (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.134-35).

Conclusão

O arranjo estabelecido por Deus para a expiação do homem por meio do sacrifício de Jesus Cristo é chamado de “tenda maior e mais perfeita, não feita por mãos”.

Cristo entrou ‘de uma vez para sempre no lugar santo’ deste grandioso templo espiritual “e obteve para nós um livramento eterno”, escreve o apóstolo Paulo. (Hb 9:11, 12).

Ao ir para o céu e comparecer perante Deus, Cristo entrou naquilo que foi retratado pelo compartimento mais recôndito do tabernáculo, a saber, o Santíssimo. (Hb 9:24, 25) De modo que o tabernáculo e seus serviços eram como “representação típica e como sombra das coisas celestiais”. — He 8:5.

O apóstolo Paulo salienta que eles têm a esperança, pelo sacrifício de Jesus Cristo, de entrar no verdadeiro “Santíssimo”, o próprio céu. — Hb 6:19, 20; 9:24; 1Pe 1:3, 4.

Eu me alimento das mãos de Deus

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