Jesus Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior

Jesus Sumo Sacerdote de uma ordem superior

Jesus Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior

 O escritor aos Hebreus declara que Jesus Cristo no céu é o nosso eterno Sumo Sacerdote, sempre intercedendo por nós perante a face de Deus.

Texto Bíblico Hebreus 7.1-19

Síntese da Biografia de Melquisedeque

A Bíblia não provê detalhes sobre a pessoa de Melquisedeque; daí haver muitas especulações a seu respeito.

1 –  Era rei de Salém.

“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho…” (Gn 14.18a; Hb7.1); “e este era sacerdote do Deus Altíssimo” (Gn 14.18). Esta é a primeira referência bíblica a Melquisedeque.

Ele aparece nas páginas do Antigo Testamento, quando foi ao encontro de Abraão, após este haver derrotado Quedorlaormer, rei de Elão, e seus aliados. Salém veio a ser Jerusalém após a ocupação da terra prometida por Deus a Abraão e seus descendentes (Gn 14.18; Js 18.28; Jz 19.10). Rei de Salém que dizer “rei de paz” (v.2b).

2 –  Era sacerdote do Deus Altíssimo.

“… e este era sacerdote do Deus Altíssimo” (Gn 14.18b; Hb 7.1). As funções de rei e sacerdote conferiam-lhe grande dignidade perante os que o conheciam. Estas duas funções são relembradas em Hb 7.1: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo…”.

3 –  Era de uma ordem sacerdotal diferente.

Estudiosos da Bíblia supõem que Melquisedeque pertencia a uma dinastia de reis-sacerdotes, que tiveram conhecimento do Deus Altíssimo pela tradição oral inspirada, transmitida desde o princípio, quando a religião era única e monoteísta e que conservava a esperança do Redentor da raça humana, conforme Gn 3.15. Ele não pertencia à linhagem sacerdotal arônica, proveniente da tribo de Levi.

4 – Recebeu dízimos de Abraão (Hb 7.2).

Isto nos mostra que a instituição do dízimo remontava ao período bem anterior à Lei. Esse fato indica “quão grande” era Melquisedeque (v.4). Ele abençoou Abraão, como detentor das promessas (vv.5,6).

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5 –  Era rei de justiça (v.2).

Como um tipo de Cristo, Melquisedeque tinha as qualidades de um rei justo e fiel.

6 –  Sem genealogia (v.3).

O texto afirma ter sido Melquisedeque “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida…”. O que o sacro escritor quer dizer é que não ficou registrada sua ascendência e sua descendência, bem como os dados referentes a sua morte. Pelo contexto, entende-se que ele era um homem com características especiais diante de Deus.

Obs: “Melquisedeque (Hb 7.1).

Melquisedeque, contemporâneo de Abraão, foi rei de Salém e sacerdote de Deus (Gn 14.18). Abraão lhe pagou dízimos e foi por ele abençoado (vv.2-7). Aqui, a Bíblia o tem como uma prefiguração de Jesus Cristo, que é tanto sacerdote como rei (v.3)

O sacerdócio de Cristo é ‘segundo a ordem de Melquisedeque’ (6.20), o que significa que Cristo é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levítico, e maior que todos eles. (ver 1 Pe 1.5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, págs. 1907-1909).

A substituição do Sacerdócio e da Lei

1 –  O novo e perfeito sacerdócio (v.11b).

O sacerdócio levítico era imperfeito (v.11a). Nele, os sacrifícios, as ofertas, o culto e a liturgia eram apenas sombra do verdadeiro sacerdócio, que veio por Cristo. O sacerdócio de Cristo, não da ordem de Arão ou de Levi, mas “segundo a ordem de Melquisedeque”, trouxe a perfeição no relacionamento do homem com Deus. O primeiro sacerdócio, com suas imperfeições, não era capaz de salvar, mas Cristo como Sumo Sacerdote, mediante o seu próprio sangue deu-nos acesso a Deus, garantindo-nos a salvação plena.

2 –  Mudança de lei (v.12).

“Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei”. Com Cristo, de fato, houve uma mudança não só do sacerdócio, mas também da lei. Antes, era a lei da justiça, a lei das obras. Com Cristo, veio a lei da graça, a lei do amor.

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3 –  A lei era ineficaz.

“O precedente mandamento”, ou seja, a antiga lei, foi “ab-rogado por causa de sua fraqueza e inutilidade” (v.18). Ab-rogar quer dizer anular, cessar, perder o efeito, revogar. Foi o que aconteceu quando Cristo trouxe o evangelho, ab-rogando a antiga lei, a Antiga Aliança.

O Sacerdócio Perpétuo e perfeito de Cristo

1 –  Jesus trouxe salvação perfeita (v.25).

Os sacerdotes do antigo pacto pereceram (v.23). O sacerdócio arônico foi constituído por centenas de sacerdotes, que se sucediam constantemente, visto que “pela morte foram impedidos de permanecer”.

Os sacerdotes arônicos apenas intercediam pelos homens a Deus, mas não os salvavam. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, não só “vive sempre para interceder” por nós, como nos assegurou uma perfeita salvação por seu intermédio (v.25; Rm 8.34). Jesus garante salvação plena (Jo 5.24), sem depender de um suposto purgatório ou de uma hipotética reencarnação.

2 –  Jesus, sacerdote perfeito (v.26).

A Palavra de Deus indica aqui as qualificações de Cristo, que o diferenciam de qualquer sacerdote do antigo pacto. “Porque nos convinha tal sumo sacerdote”:

a) Santo. O sacerdote do Antigo Testamento teria que ser santo, separado, consagrado. Até suas vestes eram santas (Êx 28.2,4; 29.29). Contudo, eram homens falhos, imperfeitos, sujeitos ao pecado. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, era e é santo no sentido pleno da palavra.

b) Inocente. Porque nunca pecou, Jesus não tinha qualquer culpa. Ele desafiava seus adversários a acusá-lo (Jo 8.46).

c) Imaculado. O cordeiro, na antiga Lei, tinha que ser sem mancha (Lv 9.3; 23.12; Nm 6.14). Jesus, como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), não tinha qualquer mancha moral ou espiritual.

d) Separado dos pecadores. Jesus viveu entre os homens, comeu com eles, inclusive na casa de pessoa de baixa reputação, como Zaqueu, mas foi “separado dos pecadores”. Ele não se misturou, nem se deixou influenciar pelo comportamento dos homens maus.

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e) Feito mais sublime do que os céus. Tal expressão fala da exaltação de Cristo, como dele está predito na Bíblia: “Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus” (Rm 14.11).

f) Ofereceu-se a si mesmo, uma só vez (v.27). Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento necessitavam de oferecer sacrifícios, muitas vezes, primeiro por eles próprios e, depois, pelo povo. Mas Jesus, por ser imaculado, sem pecado, não precisou fazer isso por si. Tão somente ofereceu-se num sacrifício perfeito, uma vez, pelos pecadores.

OBS: “[7.26-28]

O autor continua a descrever a principal realização de Jesus como Sumo Sacerdote Perfeito, isto é, seu sacrifício único e suficiente pelo pecado (27): não necessita ‘oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pêlos do povo’, como fizeram ‘os suínos sacerdotes’.

Isto é verdade por duas razões:  Porque Ele próprio era sem pecado, e porque sua inigualável oferta de si mesmo pelo pecado pôs fim a todo o sistema de sacrifícios levíticos (tanto aos sacrifícios diários como ao Dia da Expiação, a cada ano).

Mas, como Sacerdote espiritualmente e moralmente perfeito (v.26), Jesus podia oferecer o sacrifício perfeito e definitivo (v.27), e isto Ele fez. Quando a Bíblia nos diz que seu sacrifício pelos pecados foi feito ‘uma vez por todas’ ou ‘uma vez’ (ephapax), significa que Ele foi tanto completo quanto permanentemente válido, sem necessidade de repetição.

O caráter decisivo da obra de Cristo é urna legitimidade de Hebreus […]” [ARRINGTON, Frendi L; STRONSTAD, Roger (Ed.).Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1583).

Conclusão

Se esse sacerdote (Melquisedeque) foi honrado pelo patriarca, maior honra deve ter o Senhor Jesus, que é infinitamente superior a Melquisedeque.

O autor da epístola aos hebreus demonstra a insuficiência da lei, que não podia salvar nem aperfeiçoar os homens em Deus. Jesus Cristo por sua vez, como sacerdote perfeito e definitivo, proveu-nos mediante a nossa a eterna salvação.

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