Melquisedeque o Rei de Justiça

Melquisedeque o rei de justiça

Melquisedeque o Rei de Justiça

Abraão era gentio, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela , tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem.

Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3). Era Melquisedeque o rei de justiça que reconheceu em Abraão um homem de Deus.

Nele, seriam abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3). Em Abraão, todos os que cremos em Cristo fomos alcançados com a bênção de Melquisedeque, que por sua vez, tem o seu caráter identificado pelo próprio nome.

Texto Bíblico (Gênesis 14.12-20 – Hebreus 7.1-7,17)

Sobre Melquisedeque

Uma história sem biografia. Assim podemos definir a aparição de Melquisedeque no relato do Gênesis. “Em hebraico malkisedeq ou ‘rei da justiça’, é mencionado em Gênesis 14.18; Salmo 110.4; Hebreus 5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17.

No livro de Gênesis ele é um rei-sacerdote cananeu de Salém (Jerusalém) que abençoou Abraão quando este retornou depois de salvar Ló, e a quem Abraão pagou o dízimo do espólio da batalha.

Devido ao mistério que cerca seu repentino aparecimento no cenário da história, e seu igualmente repentino desaparecimento, ele tem sido identificado com um anjo, com o Espírito Santo, com o Senhor Jesus Cristo, com Enoque.

Quanto à religião, ele era ‘sacerdote do Deus Altíssimo’” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1247). “Melquisedeque e seu sacerdócio são exemplo de Cristo e de seu sacerdócio.

O sacerdócio de Melquisedeque não estava limitado a raça humana ou a tribo, sendo, portanto, universal. Sua realeza não foi herdada de seus pais.

E essa realeza também não foi transmitida a um descendente; e assim ela era eterna. Portanto, Melquisedeque é uma tipologia de Jesus Cristo e de seu sacerdócio eterno e universal” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1247).

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Algumas teorias

Quatro principais teorias foram sugeridas:

(1) Melquisedeque era respeitado como rei da região. Abrão apenas demonstrou-lhe o respeito devido.

(2) O nome Melquisedeque poderia ser um título dado a todos os reis de Salém.

(3) Melquisedeque era um tipo de Cristo (Hb 7.3). Um tipo é um acontecimento ou ensinamento do Antigo Testamento tão aproximadamente relacionado às realizações de Jesus que ilustra uma lição sobre Cristo.

(4) Melquisedeque era o aspecto terreno da pré-encarnação de Cristo em uma forma corpórea temporária” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 14).

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Um Gentio Abençoado

ABRAÃO

Abraão era tão gentio quanto eu e você, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem.

1 – O pai da nação hebraica. Deus precisava de uma nação, através da qual pudesse redimir a humanidade, segundo anunciara a Adão e Eva (Gn 3.15). Esta nação teria de vir da linhagem de Sem, o filho mais velho de Noé (Gn 9.26,27).

E, como todos sabemos, Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3).

Nele seriam abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3). Afinal, Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt 1.1).

A missão da família hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do amor, da justiça e da Palavra de Deus (Rm 9.4,5). Apesar da aparente falha de Israel, sua missão foi plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por intermédio dos judeus (Jo 4.22).

2 – O pai dos crentes. Quando chamado por Deus, o gentio Abraão creu e, sem demora, aceitou-lhe a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn 15.6).

A partir daquele momento, passou a ser visto pelo Senhor como se jamais tivesse cometido qualquer falha: um homem justo e perfeito. Enfim, um amigo de Deus (Is 41.8).

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Por esse motivo, todos os que creem em Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus filhos na fé (Gl 3.7).

Depois da Batalha veio a Bênção

Por causa da captura de Ló por Quedorlaomer, rei de Elão, o patriarca viu-se obrigado a formar um exército para libertar o sobrinho (Gn 14.14). Na volta, já vitorioso, é recebido por Melquisedeque.

1 – O Recepcionista Melquisedeque

Depois de uma vitória tão decisiva, Abraão, já nas imediações de Salém, agradece a Deus ao ser recepcionado por Melquisedeque. O maior recebe o menor (Hb 7.7).

O patriarca sabia muito bem que estava diante do sacerdote do Deus Altíssimo. Por isso, reverencia-o com os dízimos de seus bens pessoais e não dos despojos de guerra, já que se recusou a recebê-los (Gn 14.20). Verdadeira adoração e serviço a Deus. Que exemplo para nós.

2 –  Melquisedeque e sua autoridade.

Por intermédio de Abraão, toda a nação hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da tribo de Levi, que sequer haviam nascido (Hb 7.9).

Ora, se o sacerdócio levítico era temporário, o de Melquisedeque não podia ser interrompido pela morte, pois é eterno. Um sacerdócio, aliás, que haveria de ser exercido por Cristo (Sl 110.4).

3 –  A visita simbolizada.

Melquisedeque, ao trazer pão e vinho a Abraão, abençoa-o: “Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos” (Gn 14.19,20).

O que poderia redundar numa derrota ao patriarca transforma-se num momento de triunfo. Seu pequenino exército dispersou as poderosas forças de Quedorlaomer.

No pão e vinho que Melquisedeque trouxera a Abraão estava a simbologia da morte de Jesus Cristo, o Cordeiro Imaculado.

Mais tarde, o Filho de Deus servirá uma refeição semelhante aos seus discípulos (Mt 26.26-30). Com a morte do Filho de Deus cumpria-se o sacerdócio de Melquisedeque.

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A Bênção Patriarcal

As narrativas sobre como Deus tratou Abraão, Isaque, Jacó e José, os patriarcas ancestrais do povo de Israel estão registras nos capítulos de 12 a 50 de Gênesis.

Conhecer as raízes históricas e a formação do povo judeu é simples, a partir da leitura atenta desses capítulos que formam o Gênesis.

1 – A história de Abraão

Inicia com a narrativa da família do patriarca, a caminho de Canaã (Gn 11.27-32), acrescentada de uma citação especial sobre a esterilidade de Sara, a esposa do pai da fé (Gn 11.30).

Mas os momentos principais nas narrativas sobre a vida de Abraão estão em Gênesis 12.1-9, em que Deus chama Abraão para sair da terra de Harã, após a morte do seu pai Terá, e ser enviado a uma terra estranha (v.1), prometendo fazer dele “uma grande nação”, e abençoando, assim, por intermédio dele, “todas as famílias da terra” (vv. 2,3).

2 – A viagem de Abraão

Após viajar para a terra que o Senhor lhe falou, Abraão percorreu obedientemente a terra inteira.

Em seguida, recebeu a promessa de Deus: “E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Qual foi a reação de Abraão? Ora, edificar um altar ao Senhor e invocar o seu nome (vv.8,9).

Ao longo da narrativa sobre o patriarca Abraão, expressões como “terra prometida”, “descendência prometida”, “uma grande nação”, “bênçãos para as nações” vão ganhando corpo e materialidade.

Verbos como “adorar” e “confiar” em Deus, como Deus único e verdadeiro, vão se constituindo como símbolo para uma adoração e uma fé adequadas ao único Deus do povo de Israel. Abaixo, veja o resumo das grandes promessas de Deus para Abraão:

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Conclusão

A bênção de Melquisedeque não se limitou a Abraão, mas alcança todos os que recebem Jesus Cristo como sacerdote eterno. Nesta bênção, você também foi incluído.

É importante notar que, Abraão demonstra reconhecer a sua autoridade sacerdotal. Abraão não somente aceitou sua bênção, mas lhe deu o dízimo de tudo (v.20).

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