Quem ama cumpre plenamente a Lei Divina

Quem ama cumpre plenamente a lei divina

Quem Ama cumpre plenamente a Lei Divina

Quem ama cumpre plenamente a lei divina pois toda a lei cumpre-se numa só palavra, nesta: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo (5.14).

Uma das características mais marcantes do crente é o amor. Deus é amor e quem não ama, não o conhece.  Quem ama a Deus ama também o próximo.

Texto Bíblico (Romanos 12.8 – 14)

O Amor e sua Definição Básica

A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc.

O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação.

Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platônico, amor materno, amor a Deus, amor a vida. É o tipo de amor que tem relação com o caráter da própria pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem e agir em prol).

As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no grego e no latim.

O grego possui outras palavras para amor, cada qual denotando um sentido específico. No latim encontramos amor, dilectio, charitas, bem como Eros, quando se refere ao amor personificado numa deidade. Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar qualquer ser vivo ou objeto.

Amor Platônico

Amor platônico é uma expressão usada para designar um amor ideal, alheio a interesses ou gozos. Um sentido popular pode ser o de um amor impossível de se realizar, um amor perfeito, ideal, puro, casto.

Trata-se, contudo, de uma má interpretação da filosofia de Platão, quando vincula o atributo “platônico” ao sentido de algo existente apenas no plano das ideias. Porque Ideia em Platão não é uma cogitação da razão ou da fantasia humana. É a realidade essencial.

O mundo da matéria seria apenas uma sombra que lembraria a luz da verdade essencial.

A expressão amor Platônico é uma interpretação equivocada do conceito de Amor na filosofia de Platão. O amor em Platão é falta. Ou seja, o amante busca no amado a Ideia – verdade essencial – que não possui.

Nisto supre a falta e se torna pleno, de modo dialético, recíproco. Em contraposição ao conceito de Amor na filosofia de Platão está o conceito de Paixão.

A Paixão seria o desejo voltado exclusivamente para o mundo das sombras, abandonando-se a busca da realidade essencial. O amor em Platão não condena o sexo, ou as coisas da vida material.

Na obra Simpósio (de Platão), há uma passagem sobre o significado do amor. Sócrates é o mais importante dentre os homens presentes. Ele diz que na juventude foi iniciado na filosofia do amor por Diotima de Mantinea, que era uma sacerdotisa.

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Diotima lhe ensinou a genealogia do amor e por isso as ideias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor. Segundo Joseph Campbell, “não é por acaso que Sócrates nomeia Diotima como aquela que lhe deu as instruções e os métodos mais significativos para amar/falar. A palavra falada por amor é uma palavra que vem das origens.

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Tipos de Amor

Há várias palavras gregas para o Amor que são regularmente referidas nos círculos cristãos:

1 – Ágape

Ágape significa amor, é uma palavra de origem grega. Ágape pode ser o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega.

O expressão ágape foi usada de várias maneiras diferentes entre os gregos, em passagens da Bíblia, em cartas , em correspondências entre amigos, era usado, da mesma forma que nos dias de hoje, se usa no inicio de um texto a palavra “prezado”.

O termo foi muito utilizado, na Grécia antiga pelos filósofos, como Platão, significando por exemplo, o amor a uma esposa, ou esposo ou amor às crianças, aos filhos, a sua família e ao trabalho.

Nos Mandamentos, o termo aparece no começo de cada sentença.: Amar (ágape) a Deus sobre todas as coisas. No Sermão da Montanha o termo também é referido desde a primeira sentença.

O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento.

Não se alegra com a injustiça mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. 1 Cor 13:4-8 )

Ágape era também a primeira refeição que os cristãos dos primeiros séculos faziam em comum. Um banquete de confraternização.

2 – Philia  ou Phileo

A) – Amor fraternal (philia)

Também usados na Novo Testamento, Phileo é uma resposta humana a algo que é bom e delicioso. Também conhecida como “amor fraternal“. um virtuoso desapaixonada amor, era uma Conceito desenvolvido por Aristóteles. Inclui lealdade para com seus amigos, familiares e comunidade, e exige força, a igualdade e a familiaridade. Philia é motivada por razões práticas; uma ou de ambas as partes beneficiarem da relação. Também pode significar “o amor da mente”.

B) Philia á luz da Bíblia

Como visto em 2 Pedro 1.7, há um segundo tipo de amor, o qual é chamado amor fraternal ou bondade fraterna. Este amor é amizade, um amor humano que é limitado. Amamos se somos amados. Lucas 6.23 diz: ‘Se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam’.

A bondade ou amizade fraterna é essencial nas relações humanas, mas é inferior ao amor ágape, porque depende de uma recíproca; quer dizer, somos amigáveis e amorosos com aqueles que são amigáveis e amorosos conosco (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na vida do crente, 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 36).

Todos os que se dedicam a Jesus Cristo pela , também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo (1Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna.

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Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas.

Devemos referir-nos em honra uns aos outros, devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).

3 – Amor Eros

Eros é amor apaixonado, com o desejo sensual E saudades. A palavra grega erota significa amor. Platão refinado sua própria definição.

Embora eros seja inicialmente sentida por uma pessoa, com a contemplação torna-se uma apreciação da beleza dentro dessa pessoa, ou mesmo se torne apreciação da beleza própria.

Eros ajuda a alma recordar conhecimento de beleza, e contribui para uma compreensão da verdade espiritual. Amantes e filósofos são todos inspirados a procurar pela verdade no eros. Algumas traduções o descrevem como “o amor do corpo”.

4 – Storge

Storgé (στοργή), do grego moderno: é a afeição natural, como aquela que que os pais sentem pela prole. Usado raramente em trabalhos antigos, e então quase exclusivamente para descrever os relacionamentos dentro da família.

O mais benéfico dos afetos, acontece especialmente com a família e entre seus membros, normalmente afeição de Pais aos filhos.

O verdadeiro amor procura suprir a dor do aflito, o amor é como uma janela aberta sempre receptiva a luz e a passagem do vento, sempre busca a consumação do bom ato, o amor verdadeiro é constante na busca e na execução do bem.  Amar ao próximo como a ti mesmo, estas são as palavras do mestre,

Estilos de Amor

Susan Hendrick e Clyde Hendrick desenvolveram uma Escala de Atitudes Amorosas baseados na teoria de Alan John Lee, teoria chamada Estilos de amor. Lee identificou seis tipos básicos em sua teoria. Nestes tipos as pessoas usam em suas relações interpessoais:

– Eros – um amor apaixonado fundamentado e baseado na aparência física

– Psiquê – um amor “espiritual”, baseado na mente e nos sentimentos eternos

– Ludus – o amor que é jogado como um jogo; amor brincalhão

– Storge – um amor afetuoso que se desenvolve lentamente, com base em similaridade

– Pragma – amor pragmático, que visualiza apenas o momento e a necessidade temporária, do agora

– Mania – amor altamente emocional, instável; o estereótipo de amor romântico

– Agape – amor altruísta; espiritual

De acordo com a pesquisa de Hendrick e Hendrick, os homens tendem a ser mais lúdicos e maníacos, enquanto as mulheres tendem a ser stórgicas e pragmáticas.

Relacionamentos baseados em amor de estilos semelhantes tendem a durar mais tempo. Em 2007, pesquisadores da Universidade de Pavia liderados pelo Dr. Enzo Emanuele forneceram provas da existência de uma base genética para variações individuais em verificada na Teoria dos Estilos amorosos de Lee.

O Eros relaciona-se com a dopamina no sistema nervoso e a Mania à serotonina. https://www.hierophant.com.br/arcano/posts/view/anie/798

Obs.: O Rabino contemporâneo Eliyahu Eliezer Dessler é frequentemente citado por sua definição de amor no ponto de vista judaico como “dar sem esperar nada em troca” (de seu Michtav me-Eliyahu, vol. 1).

Amor romântico por si só tem poucos ecos na literatura judaica, embora o Rabino Medieval Judah Halevi tenha escrito uma poesia romântica em língua árabe, em seus anos de juventude – mas ele parece ter lamentado isso mais tarde.

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O Amor na praticidade Bíblica

Romanos 13.10

Pratica-se o amor não somente por mandamentos positivos (Rm 12.9-21; 1Co 13.4,6,7), mas também por negativos. Todos os mandamentos mencionados aqui são negativos na sua forma (v, 9; 1Co 13.4-6).

(1) O amor é positivo, e ao mesmo tempo é negativo, pelo fato da propensão humana para o mal, o egoísmo e a crueldade.

Oito dos dez mandamentos da Lei são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não. A primeira evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo.

(2) A ideia de que a ética cristã deve ser novamente positiva é uma falácia baseada nas ideias da presente sociedade, que procura esquivar-se das proibições que refreiam os desejos descontrolados da carne (Gl 5.19-21) (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).

Lei e amor: Toda a lei cumpre-se numa só palavra, nesta: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo (5.14).’ Este tema é desenvolvido em Romanos 13.8-10.

O que Paulo quer dizer em cada passagem é que tanto o amor quanto a Lei estão relacionados com a justiça. Elas não estão em conflito a este respeito.” Para conhecer mais, Leia Comentário Histórico-Cultura do Novo Testamento, CPAD, p. 412.

Quem Ama cumpre plenamente a Lei Divina

O Amor como fruto do Espírito, é claro, Não se trata de um amor qualquer, mais do amor de Deus! Somente quem possui o Espírito de Deus em seu coração pode amar como Cristo amou.

Quando olhamos para a vida de Jesus, notamos o verdadeiro amor; e a maior prova disso é que ele deu a sua vida por nós; posso dizer que o verdadeiro amor se fez carne e manifestou-se entre os homens! Todo aquele que o ama, deve também amar como ele nos amou ( I Jo 4.11; 5.1 ); e como ele nos amou? Dando a sua vida por nós!

O Amor provocado

O amor é gerado pela presença do Espírito de Deus na vida do cristão. Após a conversão, a primeira manifestação da presença de Deus em nossa vida, e a prova de que nascemos de novo, é que o amor de Deus transborda do nosso interior!

Deus nos amou primeiro e quando descobrimos isto, quando este amor é derramado em nossa vida, passamos a amar a Deus e consequentemente aos irmãos (I Jo 4.19-21).

Ao lermos Gl 5.22, o amor aparece em primeiro lugar na lista de qualidades do fruto do Espírito Santo, dando a entender que ele é base de todas as outras qualidades; em outras palavras, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e a temperança, são consequências do amor.

Quem não ama não conhece a Deus! ( IJo 4.8). Aquele que ama a Deus aborrece ao mundo! ( IJo 2.15). Ao contrário das obras produzidas pela carne, o Espírito Santo gera na vida do homem Coisas excelentes! Adaptação:https://www.igrejasementedavida.com.br/docs/obrasefrutos/aula19.html

Conclusão

É visto que o  amor é o mais excelente dos sentimentos, além de está “brotando” de um coração cheio do Espírito Santo; ele é base de todas as outras qualidades do fruto do Espírito em nossas vidas e prova de que somos novas criaturas. Sem o amor, disse Paulo o Apóstolo dos Gentios, NADA ADIANTA! (1Co 13).

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