O Senhor e Salvador Jesus Cristo

O Senhor e Salvador Jesus

O Senhor e Salvador Jesus Cristo

“Lhe porás o nome de JESUS”.

Jesus é o nosso comandante, o nosso sumo sacerdote, o filho de Deus enviado para morrer por nossos pecados e nos garantir vida eterna. O filho unigênito de Deus o qual foi dado em sacrifício.

Ele é o nosso Salvador, e faz por nós aquilo que a lei não pode fazer, naquilo em que ela era limitada. O nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é, portanto, o único salvador, e em nenhum outro há salvação.

Quem é Jesus Cristo para você? Deixe seu comentário no final do artigo.

Texto Bíblico João 1.1-14

Unigênito

O termo gr. “Monogenes” é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de Jesus como o Filho de Deus. Em Hebreus 11.17 é traduzido por “unigênito“, sobre a relação de Isaque com Abraão.

Com referência a Jesus, a frase ‘o Unigênito do Pai’ (Jo 1.14), indica que, como o Filho de Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou. Isso também reflete a necessidade universal de salvação em Jesus Cristo.

No original, o artigo definido está omitido tanto antes de ‘Unigênito’ quanto antes de ‘Pai’, e sua ausência em cada caso serve para enfatizar características referidas nos termos usados.

O objetivo do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa ‘de, proveniente de’.

A glória era de uma relação única e a palavra ‘Unigênito’ não implica um começo de Sua filiação.

Sugere, de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é aplicada aos homens. Podemos apenas entender corretamente o termo ‘unigênito’ quando usados para se referir ao Filho, no sentido de relação não originada.

A geração não é um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura. Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto.

Sobre este aspecto Ele não é ‘depois’ do Pai’ (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).

A Deidade de Jesus

A deidade de Cristo inclui sua coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o Espírito Santo. Conforme indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente.

O uso do termo ‘Verbo’ (no grego, Logos) é significativo, visto que Jesus Cristo é a principal expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre Deus e a humanidade (1Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação.

Deus, falando, trouxe o Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto, ‘sem ele nada do que foi feito [na criação] se fez’ (Jo 1.3). Colossenses 1.15 diz que Cristo é a ‘imagem do Deus invisível’. E a passagem de Hebreus 1.1, 2 também proclama a grande verdade: Cristo é a mais completa e melhor revelação de Deus à humanidade.

Desde o começo, o Verbo foi a própria expressão de Deus, e continua a demonstrá-lo. E então, ‘vindo a plenitude dos tempos’ (Gl 4.4), o ‘Verbo se fez carne e habitou entre nós…’ (Jo 1.14).

Antes de manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente em existência como aquEle que revela a Deus.

É bem provável que as teofanias do Antigo Testamento fossem, na realidade, ‘cristofanias’, visto que em seu estado preexistente, os encontros com várias pessoas, pode revelar a vontade de Deus, estaria de pleno acordo com seu ofício de Revelador” (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 50).

Argumento Teológico

Jesus Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem por cento homem.

Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há de retornar como ‘esse mesmo Jesus’ (At 1.11).

Numerosas passagens ensinam claramente que Jesus de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano uma alma racional. Eram características de seres humanos não-caídos (isto ; é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1Co 15.45,47).

As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é descrito como um bebê, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu , ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19). Sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da morte (Mc 14.33,37).

Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2). A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem.

Ele é, verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável de todas as pessoas” (MENZIES, William; HORTON, Stanley M, Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa , 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 51).

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A Humanidade do Salvador

1- O Credo Niceno.

Nos séculos II e III d.C., visões extremamente divergentes do relacionamento de Jesus com Deus foram expressas nos escritos de diversos líderes cristãos. Justino Mártir afirmou que o “Logos” encarnado em Jesus Cristo era um segundo Deus.

Irineu enfatizou a unidade de Deus, ou o monoteísmo, ao passo que Paulo de Samosata enfatizou a humanidade de Jesus, dizendo que Ele foi um homem sem pecado desde o seu nascimento. Sabelio acreditava que o Pai tinha nascido como Jesus Cristo, e sofrido como o Pai; pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram três modos ou aspectos de Deus.

Tertuliano declarou que Deus é uma única essência, mas três pessoas ou partições, na atividade administrativa divina, e que Jesus era ao mesmo tempo Deus e homem, uma única pessoa que possuía duas essências ou naturezas.

Orígenes era essencialmente ortodoxo, mas ensinava que embora o Filho seja co-eterno com o Pai, Cristo como a imagem de Deus é dependente do Pai e subordinado a Ele.

2 – No início do século IV, Ário, um presbítero na igreja da Alexandria, afirmou que o Filho tinha um começo, e que não era uma parte de Deus.

O Pai tinha criado o Filho para que Ele pudesse criar o mundo. Tal foi a controvérsia desenvolvida na parte leste do Império Romano, que o imperador Constantino convocou um Concílio de toda a igreja, que se reuniu em Niceia, na Ásia Menor, em 325 d.C.

Este foi o primeiro Concílio ecumênico, com a presença de mais de 300 bispos. O jovem Atanásio, um diácono de Alexandria, advogou a posição ortodoxa. O credo adotado por esse concilio afirma que o Filho é da mesma essência que o Pai.

3 – O Credo

“Nós cremos em um único Deus, o Paí Todo-Poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, e em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, o único gerado do Pai, da mesma essência (ousias) do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, da mesma essência (homoousion) do Pai, por quem todas as coisas foram feitas, tanto as do céu quanto as da terra, que para nós – seres humanos – e para a nossa salvação desceu dos céus e se fez carne, sofreu, ressuscitou no terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos”.

Três bispos notáveis da Capadócia – Gregórío de Nazianzo, Basílio de Cesareia e Gregório de Nissa – se encarregaram da discussão e argumentaram que existe somente uma “ousia” (substância, essência) que o Pai, o Filho e o Espírito Santo compartilham, mas que existem três hypostases (traduzida ao latim como personae, pessoas).

Um segundo concilio ecumênico foi realizado em Constantinopla em 381, para trazer um final à controvérsia de Ário. A doutrina ortodoxa estabelecida em Niceia foi confirmada, e o credo Niceno foi modificado e aumentado para a sua forma atual. J.R.

Jesus, O Verbo de Deus – Cristologia

A doutrina de Jesus Cristo – Esequias Soares

“NO PRINCÍPIO, ERA O VERBO, E O VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA DEUS… E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS, E VIMOS A SUA GLÓRIA, COMO A GLÓRIA DO UNIGÊNITO DO PAI, CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE” – JOÃO 1.1, 14.

O apóstolo João começa seu evangelho apresentando Jesus como o Verbo de Deus. Ele usa o termo grego logos, que a maioria de nossas versões traduz por “Verbo” ou “Palavra”. Ele emprega esse vocábulo apenas no prólogo, duas vezes (Jo 1.1, 14 ), e não no resto do evangelho, pois relata a história do Jesus Homem, o Verbo feito Carne.

O apóstolo emprega, ainda, o referido termo em sua primeira epístola (1 Jo 1.1) e em Apocalipse 19.13. Trata-se de uma palavra que exige explicação para tornar-se compreensível ao povo na atualidade, entretanto, era conhecida aos leitores da época.

O Logos

Nós recebemos o ensinamento de que Cristo é o primogênito de Deus e indicamos que ele é o Verbo, do qual todo o gênero humano participou. Portanto, aqueles que viveram conforme o Verbo são cristãos.

1 – O termo hebraico é דָּבָר (dābār), “palavra, fala, discurso, coisa” (HARRIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 292), traduzida na Septuaginta alternadamente por λόγος e ῥῆμα (logos e rhēma).

Esses vocábulos gregos são usados nela como sinônimos, sendo que rhēma é mais comum no Pentateuco, Josué, Juízes, Rute e Jó. Para o judeu ou qualquer oriental da antiguidade, a palavra não era um mero som, mas algo de existência independente e cheio de poder (Sl 33.6; 107.20; 147.15; Jr 23.29).

Veja que a palavra de Isaque, quando abençoou a Jacó, não podia mais voltar atrás (Gn 27.33). No relato da criação é manifesto o poder da Palavra de Deus (Gn 1.3, 6, 11, 14, 20, 24).

2 – Os Targumim usam o termo aramaico מֵימַר (mēimar) “palavra, declaração, discurso” (JASTROW, 1996, p. 775; SOKOLOFF, 1992, p. 305)

Para “Senhor”, isso em diversas passagens onde há a presença de elementos antropomórficos empregados para Deus. Isso acontece centenas de vezes, mas vamos a alguns exemplos: “Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus” (Ex 19.17).

Os judeus consideravam essa declaração demasiadamente humana para falar de Deus, por isso parafrasearam traduzindo por “ao encontro com a palavra de Deus”, no Targum de Ônquelos.

Algo semelhante acontece no mesmo Targum com a frase “isso é um sinal entre mim e vós” (Êx 31.13), vertendo por “entre minha palavra e vós”. Algo semelhante acontece no profeta Isaías: “a minha mão fundou a terra” (Is 48.13), no Targum de Jonathan encontramos “por minha palavra fundei a terra”.

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Contudo, o salmo 119 é um tesouro que melhor representa a palavra com suas diversas nuances. Em Provérbios 8 e 9, a sabedoria é o agente de Deus na iluminação e na criação.

Assim, sabedoria e razão são uma mesma coisa. Dessa forma, o Logos está presente na literatura sapiencial ou de sabedoria, coletânea de pensamentos dos sábios de Israel.

Inspirados por Deus e registrados nos livros poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. Essa coletânea ensina que a Sabedoria “é a tua vida” (Pv 4.13) e tem existência eterna (Pv 8.23).

As três Cláusulas de João 1.1

A primeira parte de João 1.1 diz: “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1a). No princípio ele já existia.

Antes mesmo de Gênesis 1.1, o Verbo já estava com o Pai. Ele não pode fazer parte da criação: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Assim, ele não pode ter sido uma criatura, porque nada há no universo que não tinha vindo dele.

Antes da criação e do tempo começar, o Verbo já existia (Jo 8.58). Essa afirmação diz respeito a sua eternidade. A Bíblia declara “no princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1), mas o apóstolo João foi mais além ao afirmar que “no princípio era”, ou seja, já existia o Verbo.

O imperfeito grego ἦν (ēn), “era”, é existencial e transmite a ideia de continuidade. Esse pensamento teológico é confirmado em todo o contexto bíblico.

Portanto, Ele já existia mesmo antes de começar o tempo, existe por si mesmo (Jo 5.26) e transcende a linha do tempo “ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17). Estava com o Pai antes da criação do mundo (Jo 17.5, 24).

A pré-existência de Cristo é eterna.

O profeta Miqueias, ao anunciar o nascimento do Messias na cidade de Belém de Judá, concluiu a mensagem dizendo: “e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). Isto revela que o Filho já existia na eternidade, antes da criação de todas as coisas.

Em Isaías, Jesus é chamado de “Pai da Eternidade” (9.6). Como pode ser o Filho criatura, visto que o texto sagrado nos diz aqui que ele é o “Pai da Eternidade”? Há outra passagem que corrobora esta grande verdade: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb 13.8).

Além disso, lemos em João 1.3: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”; ou “por intermédio dele” (ARA). A palavra grega usada aqui é dia, διά (dia), “através de, por meio de, por, causa de” (BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 894).

Essa mesma palavra é aplicada ao Deus-Pai: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36). “Todas as coisas foram feitas por ele”? O texto joanino é claro e objetivo ao mostrar que nada há nesse infinito universo que não seja criado pelo Senhor Jesus.

O conceito de eternidade do Logos é o mesmo que a Bíblia apresenta como um dos atributos incomunicáveis de Deus: “O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade” (Sl 93.2).

Isso significa que Deus é livre de toda a distinção temporal de passado ou de futuro, ele não teve um começo e nem terá fim em seu Ser, é de duração infinita de tempo, sem início nem fim. É essa a ideia que o apóstolo transmite ao afirmar “no princípio era o Verbo”.

2 – “E o Verbo estava com Deus” (Jo 1.1b).

O termo “Deus”, nessa cláusula, é uma referência ao Pai, pois o nome grego theos, “Deus”, no Novo Testamento, quando vem acompanhado do artigo ou sem outra qualificação, refere-se sempre ao Pai.

Veja os seguintes exemplos: ὀ δὲ αὐτὸς θεὸς… (ho de autos theos…), “mas é o mesmo Deus” (1 Co 12.6), o artigo é “ho”; καὶ ἡ ἀγάπη τοῦ θεοῦ (kai hē ágapē tou theou), “e o amor de Deus” (2 Co 13.13), “tou” é a forma flexionada de ho; εἷς θεὸς καὶ πατὴρ πάντων (heis theos kai patēr pantōn), “um só Deus e pai de todos”, “patēr” é o qualificativo (Ef 4.6); εἰς δόξαν θεοῦ πατρός (eis doxan theou patros), “para a glória de Deus Pai”, patros é o qualificativo (Fp 2.11), são alguns exemplos.

Mas, nem sempre a presença do artigo grego aparece nas versões em língua moderna. Aqui, a expressão pros ton theon, “com o Deus”, mostra ideia de um relacionamento dinâmico numa comunhão perfeita na eternidade passada entre o Pai e o Filho.

A preposição grega pros, “com”, na construção feita pelo apóstolo indica um plano de intimidade e igualdade, face a face.

Assim, a parte b de João 1.1 mostra o Pai como Pessoa distinta do Verbo, contra o pensamento modalista e, também, contra os unicistas da atualidade. Esses grupos, embora defendam a divindade de Jesus, negam a doutrina bíblica da Trindade.

A manifestação das três pessoas distintas é clara nas Escrituras. O batismo de Jesus (Mt 3.16, 17) e a oração sacerdotal de Cristo, em João 17, são exemplos clássicos contra a teologia deles (Jo 8.17, 18; 1 Jo 2.22-24).

O apóstolo volta a enfatizar que o Pai é uma pessoa e o Filho, outra, no versículo seguinte, “ele estava no princípio com Deus” (Jo 1.2).

3 – “E o Verbo era Deus” (Jo 1.1c).

A ideia nesse versículo é progressiva, uma declaração vai esclarecendo a anterior até culminar com a declaração enfática “e o Verbo era Deus”.

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Se o prólogo do evangelho João (1.1-14) fosse o único lugar nas Escrituras em favor da divindade do Verbo já teríamos subsídios suficientes. Entretanto, essa doutrina é ensinada em todo o contexto bíblico. Jesus é Deus igual ao Pai (Jo 5.18,10.30; Cl 2.9).

Ele é apresentado como Criador de todas as coisas: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3).

Ou seja, o Criador do mundo agora estava ele entre os homens: “estava no mundo e o mundo foi feito por ele” (Jo 1.10); como Vida e Luz: “nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.4).

Tanto o Pai como o Filho são a fonte da vida: “amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e te achegando a ele; pois ele é a tua vida” (Dt 30.20); “como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26).

Vida eterna

Vida é contrário de morte, de destruição, e a vida que Jesus veio trazer a vida eterna, não simplesmente pela sua duração, mas pela sua qualidade, é a vida de Deus cheia de gozo e alegria, oferecida a todos os pecadores que se arrependerem de seus pecados. Jesus disse: “eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).

No penúltimo capítulo do evangelho de João, o apóstolo declara “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30).

Luz é um atributo divino, é verdade que Jesus ensinou no Sermão do Monte que seus discípulos são “a luz do mundo” (Mt 5.14), mas não temos luz própria. Assim, como a lua reflete na Terra a luz do sol, da mesma maneira nós refletimos para o mundo a luz de Cristo.

Todo o contexto bíblico mostra e ensina de maneira enfática e expressa que Deus é Luz (1 Jo 1.5), que “habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16).

Esse termo aparece mais de 20 vezes no evangelho de João, e Jesus é apresentado nele como a luz do mundo: “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).

No relato da Criação afirma que Deus, pelo poder de sua Palavra, fez aparecer a luz, que desfez o caos (Gn 1.2,3). O Senhor Jesus é a “luz que alumia a todo o homem que vem ao mundo” (Jo 1.9) e desfaz o caos da vida humana.

E o Verbo de fez Carne

No prólogo do seu evangelho, o apóstolo João descreve algumas características e atributos divinos e encerra afirmando explicitamente que o Verbo se tornou homem: “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).

Ele habitou entre nós. O verbo grego usado, aqui, para “habitar” é σκηνόω (skēnoō) “morar em uma tenda”, (BALZ & SCHNEIDER, 2002, vol. II, p. 1431); σκηνή (skēnē) significa “tenda, cabana, tabernáculo”.

O apóstolo empregou um verbo que indica morada provisória, diferente daquele que o apóstolo Paulo usou para enfatizar a sua divindade: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

O verbo grego, nesse caso, é κατοικέω (katoikeō), “viver, habitar” e cuja ideia é de morada permanente (BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2269, 2270). Ele andou entre nós, manifestando os atributos da divindade. As características divinas do Verbo feito carne são demonstradas ao longo de sua narrativa.

O termo Logos

O termo Logos foi estratégia do Espírito Santo ao inspirar o apóstolo João na produção de seus escritos. Esse vocábulo foi um recurso extraordinário. Assim, naquela época, para alcançar judeus e gregos, pois era do conhecimento desses povos o conceito de “palavra”, ou seja, dâbâr, em hebraico e logos, em grego.

As traduções hebraicas do Novo Testamento usam dābār, em João 1.1, 14; 1 João 1.1 e Apocalipse 19.13. Convém ressaltar que a idia grega é impessoal. Porém, o Logos de João 1.1 é pessoal e recebeu o nome Jesus ao vir ao mundo.

Foi o termo usado para que a mensagem do evangelho fosse perfeitamente compreensível pelas civilizações semítica e grego-romana, “primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).

A palavra é o principal recurso numa comunicação. Por isso Deus revelou-se a si mesmo por meio de sua Palavra: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que no seio do Pai, este o fez conhecer” (Jo 1.18), ou “o Deus unigênito”, de acordo com alguns manuscritos (ARA).

Reúnem-se em Jesus todas as qualidades divinas que o descreve como o único Salvador da humanidade.

Sua história e suas obras não se limitam ao período entre o nascimento e a morte. Ele esteve presente desde a eternidade passada. Atuou na história do povo de Israel, veio como homem e sua glória foi vista pelos de sua geração.

Realizou a obra da redenção na cruz do Calvário, retornou ao Céu, de onde dirige a sua igreja. Voltará em glória para estabelecer a paz universal.

Conclusão

Jesus não é apenas o nosso Salvador. Ele deve ser considerado primariamente SENHOR de nossas vidas. Quando reconhecemos Jesus como Senhor, provamos de Jesus Salvador.

Muitos o buscam apenas como Salvador (as bênçãos, os milagres, as curas, provisão, etc). Mas antes de tudo isso, o Senhor quer que você entenda que ele te comprou com alto preço, preço de sangue, para ser DONO da sua vida.

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