Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

O tema desse estudo é a Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia. Deus, o autor da Bíblia, inspirou os escritores sagrados. A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos. Deus usou cerca de 40 homens para compô-la.

Os homens santos escreveram a Palavra de Deus valendo-se do próprio estilo, vocabulário, cultura e da direção do Espírito Santo. Por isso, Cremos na inspiração divina e autoridade da Bíblia Sagrada.

Eu me alimento das mãos de Deus

Texto Bíblico (2 Timóteo 3.14-17).

Argumento Teológico

1 – A Autoridade Divina

“[…] Um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais, Pedro disse que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo, e Paulo declarou que seus escritos foram soprados pelo próprio Deus. Portanto, a Bíblia alega que autores movidos pelo Espírito Santo expressaram as palavras inspiradas por Deus (2 Pé 1.20,21).

Em suma, os escritos proféticos (do Antigo Testamento) não tiveram sua origem nos homens, mas em Deus, que agiu por meio de alguns homens chamados de profetas de Deus” (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 213,214).

“Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia utiliza para se autodescrever e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mt 5.17,18); ela é infalível, ou ‘não pode ser anulada’ (Jo 10.35); ela tem a autoridade final (Mt 4.4,7,10); e ela é suficiente para a nossa e prática (Lc 16.31)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 218).

“Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua palavra fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras.

Os autores humanos não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram autômatos.

As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever. Na sua providência, Deus promoveu uma concordância divina entre as palavras deles e as suas” (HORTON, Stanley M, Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 222).

Mensagem a todos os povos

Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele.

Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.

Por exemplo, ao lermos ‘O Peregrino’ sabemos que ele é inglês; ao lermos ‘Em seus passos que faria Jesus?’ sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a recebemos como ‘nossa’. Isso acontece em qualquer país onde ela chega.

Ninguém tem a Bíblia como livro ‘dos outros’. Isto prova que ela procede de Deus — o Pai de todos” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 46).

Eu me alimento das mãos de Deus

A Septuaginta (LXX)

A versão padrão em grego [do Antigo Testamento], produzida em Alexandria, é conhecida como Septuaginta (LXX), que é a palavra latina para ‘setenta’.

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Essa tradução foi, sem dúvida, realizada durante os séculos III e II a.C.,” e “não foi projetada para ter as mesmas finalidades funcionais do Antigo Testamento hebraico, pois seu propósito era para ser lida publicamente nas Sinagogas, ao contrário dos propósitos educativos daqueles que precisavam do texto hebraico”. Para conhecer mais, leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pp.1994-95.

2 – A oposição

O Diabo tem feito de tudo para difamar a Bíblia; e uma de suas principais estratégias tem sido a disseminação do falso ensino de que as Escrituras não é a Palavra de Deus, mas apenas a contêm. Neste artigo, estudaremos alguns assuntos relacionados à transmissão, formação e inspiração divinas da Bíblia.

Obs.:”Rivais das Escrituras – Historicamente, a Igreja Cristã tem reconhecido a autoridade das Escrituras nas questões de fé e prática. Isto não quer dizer que não tem havido, e não continua a haver rivais quanto à reivindicação de plena autoridade feita pela Bíblia. Esses rivais tendem a subordinar, ou qualificar, a autoridade das Escrituras, ou mesmo igualar-se a ela.

O primeiro rival foi a tradição oral. Lado a lado com a Palavra escrita circulavam amplamente histórias e ensinos religiosos […].

Por isso, estando a tradição oral de acordo com as Escrituras, reflete a autoridade delas; quando, porém, se desvia da Palavra escrita, a sua autoridade desaparece. O segundo rival, quanto à autoridade religiosa, é a Igreja […].

Os católicos romanos alegam que a Igreja foi a instituição que produziu as Escrituras do Novo Testamento e que, em certo sentido, estabeleceu o cânon das Escrituras.

Na prática, a Igreja Católica coloca-se acima das Escrituras, […] de modo sutil, a Igreja Romana havia usurpado a autoridade das Escrituras, atribuindo esta autoridade aos seus próprios ensinos internos”. (HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.86.)

A Transmissão da Bíblia

Como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos? Essa é a pergunta que não se cala entre crentes e descrentes. Em qualquer lugar do mundo é possível acessar a Bíblia na forma de livro.

Ela á foi traduzida para mais de 1.600 idiomas e dialetos. Porém, há mais de 4.000 povos que ainda não podem ler as Escrituras em sua própria íngua. Eis aí um enorme desafio Dara a igreja do Senhor Jesus.

Eu me alimento das mãos de Deus

1 – A transmissão oral.

Nos tempos mais remotos, conforme registros do Antigo Testamento, o Senhor comunicava-se com o homem verbalmente. Tanto é que lá no Éden, ele fora advertido pessoalmente pelo Eterno que não comesse do fruto da “árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.17).

Todavia, ordem divina não foi cumprida, acarretando o drástico fim da comunhão entre Deus e sua principal criatura.

a) No período antediluviano.

Antes do Dilúvio, a Palavra de Deus fora transmitida oralmente por 1.656 anos, aproximadamente. Esse período envolve os capítulos 1 a 5 de Gênesis, isto é, de Adão ao dilúvio.

Época em que Deus criou os céus e a terra, o homem e os demais seres vivos; nesse período, deu-se o crescimento e o desenvolvimento do ser humano, e a corrupção geral do gênero humano, que culminou com o juízo divino sobre a humanidade.

b) Do dilúvio a Abraão.

Esse período compreende 1.427 anos, e envolve os capítulos 6 a 11 de Gênesis. Nesta época, Deus alertara Noé acerca do dilúvio, salvando a vida de oito pessoas: o patriarca, sua esposa, os três filhos (Sem, Cão e Jafé), e suas três noras.

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Se fizermos uma leitura cuidadosa das Escrituras verificaremos que Abraão transmitiu a Palavra de Deus oralmente a Isaque, e que essa mesma tradição perdurou até os dias de Moisés.

Este, bem informado sobre os fatos transmitidos por seus pais, teve plena condição de ser o primeiro escritor humano da Bíblia Sagrada. “Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué…” (Êx 17.14).

c) A Palavra de Deus transmitida por nove homens.

Desde o dia em que Deus falara a Adão (Gn 1.28), até a época em que ordenara a Moisés escrever sua Mensagem (Êx 17.14), nove homens receberam o encargo da transmissão oral: Adão (930 anos) falou a Lameque (777 anos); este, a Noé (950 anos); este, a Abraão (175 anos); este, a Isaque (180 anos); este a Jacó (147 anos); este a Coate (133 anos); este a Anrão (137 anos); e este a Moisés (120 anos).

A despeito da longevidade desses patriarcas, foi o próprio Deus que, milagrosamente, assegurou a fidelidade da transmissão de sua Palavra.

2 –  A transmissão escrita da Bíblia.

Os chamados “livros canônicos” da Bíblia foram reunidos ao longo de 1600 anos; e isso se deu de forma especial e impressionantemente harmônica.

Só a predominância da vontade de Deus sobre a mente humana pode explicar como cerca de 40 escritores puderam escrever os livros da Bíblia a partir de condições e circunstâncias tão diversas.

a) Deus, o único autor da Bíblia.

A despeito de Deus ser o único autor da Bíblia e de ter inspirado a todos os demais escritores, Ele mesmo se incumbiu dos primeiros registros das Escrituras:

“E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus” (Êx 31.18; 32.16; Dt 4.13; 10.4). Trata-se, aqui, do Decálogo, um resumo eloquente e poderoso de toda ética bíblica.

b) Moisés, o primeiro escritor.

Deus ordenou a Moisés que escrevesse num livro as orientações a seu sucessor, Josué: “Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué…” (Êx 17.14). Moisés tornou-se, desta forma, o primeiro escritor humano das Sagradas Escrituras.

A Bíblia afirma que ele “escreveu todas as palavras do Senhor” (Êx 24.4); e que também, por ordem divina, guardou o livro da Lei “ao lado da arca do concerto do Senhor” (Dt 31.26).

A composição dos Livros da Bíblia

1 – A biblioteca divina.

A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos. Durante esse tempo, Deus usou cerca de 40 homens para escrever, reunir e preservar o Sagrado Livro.

Nela encontramos histórias, poesias, biografias, normas, orações, profecias e outros relevantes temas e diversos gêneros literários. Em todos os livros, Cristo é o tema central da Bíblia.

2 –  O cânon bíblico.

A palavra “cânon“, antigamente, referia-se a uma haste usada para medir (Ez 40.3). Mais tarde, passou a significar regra, norma, ou padrão de medida (Gl 6.16; Fp 3.16).

Aplicada à Bíblia, “cânon” é o conjunto de livros inspirados por Deus que transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja, regulamentando a vida e a conduta de fé dos cristãos.

O cânon do Antigo Testamento foi plenamente concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do Novo, por volta do ano 100 d.C.

A forma de comunicação

O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jr 1.11-13).

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A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2 Pe 1.16-18; 13o 1.3) e do Espírito Santo (Ef 3.4,5).

A frase “veio a palavra do SENHOR a”, “veio a mim a palavra do SENHOR” ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível.

Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma única vez no ministério de João Batista: “veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias” (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação da lei (Lc 16.16).

Inspiração e Revelação da Bíblia

1 – A inspiração da Bíblia.

Compreende-se por “inspiração” a influência e a ação divina exercidas sobre os escritores da Bíblia (2 Tm 3.16; 1 Pe 1.19-21).

Os homens santos escreveram a Palavra de Deus valendo-se do próprio estilo, vocabulário e cultura, sem prescindirem da direção sobrenatural do Espírito Santo.

2 –  A inspiração verbal e plenária.

Por inspiração verbal entende-se que os escritores sagrados atuaram sob a direção incondicional do Espírito Santo. Eles escreveram exatamente o que o Senhor desejava que fosse escrito.

Portanto, a inspiração verbal das Escrituras não é uma mera teoria, mas a natureza própria da Bíblia (2 Sm 23.2; 1 Co 2.13; Hb 3.7).

A inspiração plenária indica que o conteúdo, o ensino, e a doutrina das Escrituras, foram completamente inspirados por Deus. Não há na Bíblia qualquer parte que não seja inspirada e autorizada por Deus: “Toda a Escritura é divinamente inspirada” (2 Tm 3.16 – ARA).

3 –  Traduções Bíblicas.

As fontes originais dos escritos bíblicos, os chamados autógrafos ou manuscritos foram inspirados por Deus.

Porém, as inúmeras cópias deles extraídas, bem como as traduções ou versões, muitas vezes modificadas pelos copistas ou tradutores, nem sempre são consideradas escritos inspirados.

Somente as traduções ou versões comprovadamente fiéis aos originais, acham-se dignas dessa reputação.

4 –  A revelação bíblica.

Por “revelação”, entende-se o agir de Deus pelo qual Ele dá a conhecer ao escritor sagrado coisas ignoradas, isto é, o que este, por si só, não poderia saber. Ver Dn 12.8; 1 Pe 1.10,11.

A inspiração nem sempre implica revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi dada por revelação.

Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e escrever o Evangelho que traz o seu nome (Lc 1.1-14). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara, como relata o Pentateuco.

Conclusão

A Bíblia é a fonte mais fidedigna sobre a origem da vida e do homem; bem como do desenvolvimento da humanidade a partir da criação, passando pela Queda e Redenção, até o final de todas as coisas, na consumação dos séculos. Conforme o estudo em apreço, a Bíblia é a Palavra de Deus.

Ainda que os ateístas ou materialistas, invistam de forma grosseira contra o Santo Livro, este permanece inabalável em seu conteúdo, revelado e inspirado por Deus. Leia também sobre a Fidelidade de Deus.

Referências

Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD, pp.1994-95.

GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.

RENOVATO, Elinaldo. O Deus do Livro e o Livro de Deus – Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos 4º Trimestre de 2008 – Lição 11: A completude da Bíblia – Data: 14 de Dezembro de 2008.

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