A Identidade do Espírito Santo

A identidade do Espírito Santo

A Identidade do Espírito Santo

A identidade do Espírito Santo revelada pelos seus divinos atributos, títulos, símbolos e obras, demonstra que é Deus perfeitamente como o Pai e o Filho.

Quem é o Espírito Santo para você?

Texto Bíblico (João 14.15-18,26)

A Personalidade do Espírito Santo (v.11)

Personalidade é o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa. No seu aspecto psíquico, a personalidade consiste de intelecto, sensibilidade e vontade. Os três são chamados também de inteligência, afetividade e autodeterminação. Estude também sobre o Senhor e Salvador Jesus Cristo.

1 –  Atributos de personalidade.

No Espírito Santo, vemos esta triplicidade de atributos, a saber: intelecto (v.11); sensibilidade (Ef 4.30); vontade (1 Co 12.11; Rm 8.27). Como membro da unidade trina de Deus, o Espírito Santo é uma Pessoa.

2 –  Unidade e distinção.

O fato de o Espírito Santo ser um com Deus e com Cristo e, ao mesmo tempo, distinto dEles, é parte do grande mistério da Trindade Santa. Portanto, o Espírito Santo não é uma influência, poder, energia ou unção, como os heréticos concluem e ensinam, mas uma Pessoa divina e real.

Em João 14.26; 15.26; 16.8,13,14, Jesus refere-se ao Espírito Santo empregando o pronome pessoal “Ele” (“ekeinos”), pronome pessoal e determinativo no original. Por sua vez, o divino Espírito chama a Si mesmo “Eu”, em Atos 10.19,20. Esta é uma inegável evidência da sua personalidade.

O Espírito Santo é Deus

O Espírito Santo não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim como Deus e Jesus o são. O Espírito Santo é chamado Deus e Senhor (At 5.3,4; 2 Co 3.18). Quando Isaías viu a glória de Deus escreveu: ‘Ouvi a voz do Senhor,… vai e diz a este povo’ (Is 6.8,9).

O apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: ‘Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo’ (At 28.25,26).

Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus” (BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 97). “É difícil sugerir que um dos títulos ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo o que o Espírito Santo faz é vital para o Reino de Deus.

Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo que se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o Espírito Santo é o penhor que garante a nossa futura herança em Cristo.

‘Em quem [Cristo] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o senhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória’ (Ef 1.13,14)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 401). Você pode conhecer mais, nesse estudo sobre a Santíssima Trindade.

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A Deidade do Espírito Santo

1 – O Espírito Santo e seus atributos divinos.

Na Leitura Bíblica em Classe, o Espírito Santo (vv.4,10-14) é mencionado juntamente com o Senhor Deus (vv.5,7,9-12,14) e o Senhor Jesus Cristo (vv.2,8,16). Isto denota a divindade do Espírito Santo. A Bíblia afirma que Ele é:

a) Eterno. Eterno significa infinito em existência; sem princípio; sem fim; sem limitação de tempo.

b) Onipotente. Ele tem pleno poder sobre todas as coisas (Sl 104.30). É denominado Senhor (2 Co 3.16-18); Criador (Jó 26.13; 33.4; Sl 33.6; 104.3; Gn 1.1,2; Ez 37.9,10).

c) Onisciente. Tudo é do seu pleno conhecimento.

2 – O Espírito Santo é mencionado com o Pai e o Filho.

É uma das evidências da sua divindade, senão vejamos:

a) Na fórmula doutrinária do batismo (Mt 28.19). A Bíblia não diz “nos nomes”, como se as três Pessoas da Santíssima Trindade fossem uma só; mas “em nome”, singular, distinguindo cada Pessoa: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

b) Na invocação da bênção tríplice sobre a igreja (2 Co 13.13).

c) Na doutrina da habitação do Espírito no crente (Rm 8.9).

d) Na descrição bíblica do estado do crente diante de Deus (1 Pe 1.2).

e) Na diretriz ao povo de Deus (Jd vv.20,21). Neste texto, o Espírito Santo é mencionado primeiro; em seguida o Pai e, por fim, o Filho. Semelhante ocorre na doutrina da unidade da cristã (Ef 4.4-6), em que o Espírito é mencionado primeiro, seguido do Senhor Jesus e do Pai.

f) Na saudação bíblica às sete igrejas da Ásia (Ap 1.4,5).

Obs.: Credo Niceno-Constantinopolitano

Entre 361-81, a ortodoxia trinitariana passou por mais refinamentos, mormente no tocante ao terceiro membro da Trindade, o Espírito Santo. Em 381, em Constantinopla, os bispos foram convocados pelo Imperador Teodócio I, e as declarações da ortodoxia de Niceia foram reafirmadas.

Além disso, houve menção explícita do Espírito Santo em termos de deidade, como o ‘Senhor e Doador da vida, procedente do Pai e do Filho; o qual, com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado; o qual falou pelos profetas.” Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal, CPAD, p.177.

A Onisciência é atributo do Espírito Santo

O Espírito Santo conhece todas as coisas. Este é um fato solene, mormente se considerarmos que Ele habita em nós: “porque habita convosco e estará em vós” (Jo 14.17). A primeira declaração denota a permanência do Espírito em nós; a segunda, sua presença dentro de nós.

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1 – O Espírito Santo revela.

Aos que amam a Deus, o Espírito Santo revela, já nesta vida, as infinitas e indizíveis bênçãos preparadas para os salvos e muito mais na outra. O profeta Isaías, pelo Espírito, profetizou essas maravilhas (Is 64.4; 52.15).

Os demais profetas também tiveram a revelação divina dessas coisas admiráveis que os santos desfrutarão na glória (1 Pe 1.10-12). O Espírito também revelou aos escritores do Novo Testamento essas maravilhas consoladoras, inclusive a Paulo (v.10).

2 –  O Espírito Santo como Mestre.

Ele é o nosso divino Mestre na presente dispensação da Igreja, como já estava predito em Provérbios 1.23. Concernente a esta missão, Jesus declarou: “o Espírito Santo… vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26; Lc 12.12).

3 –  Diferentes espíritos mencionados.

O “Espírito de Deus” é mencionado nos vv.4,10-14. O Espírito de Deus deve ter toda primazia em nossas vidas. O “espírito do homem” é mencionado no v.11. Ele só entende as coisas humanas e naturais (Pv 20.27; 27.29; Jr 17.9). A passagem em apreço também alude ao “espírito do mundo” (v.12), que é pecaminoso e nocivo ao cristão (1 Jo 2.15-17; 5.19; Jo 14.30; 17.14,16).

4 –  Diferentes coisas mencionadas.

Seis diferentes “coisas” são aqui mencionadas. Uma dessas, refere-se à esfera humana; as demais são da parte de Deus: a) “Coisas que Deus preparou para os que O amam” (v.9); b) “Coisas das profundezas de Deus” (v.10); c) “Coisas do homem” (v.11); d) “Coisas de Deus” (v.11); e) “Coisas espirituais” (v.13); f) “Coisas do Espírito de Deus” (v.14).

5 – Diferentes homens mencionados.

A Palavra de Deus divide a humanidade em três grupos de pessoas, isto no sentido espiritual:

a) O homem natural — literalmente “homem controlado pela alma” (v.14). Este não é salvo e vive de acordo com a natureza adâmica, por isso, é chamado natural.

b) O homem espiritual — isto é, “homem controlado pelo Espírito” (v.15). Este é aquele que o Espírito Santo governa e rege seu espírito, alma e corpo. Nele, o “eu”, pela fé em Cristo, está crucificado (Rm 6.11; Gl 2.19,20).

c) O homem carnal — ou seja, “homem controlado pela natureza carnal” (3.3). Trata-se do crente espiritualmente imaturo e que assim continua através da vida — menino em Cristo (3.1).

A vida do crente carnal é mista, dividida. Esse crente vive um conflito interior entre a natureza humana e a divina, sendo a sua alma o campo de batalha (Gl 5.13-26). Ninguém pode escapar dessa classificação. Todos nós somos um desses “homens” diante de Deus. Identifique-se, você, homem ou mulher!

Poder

O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas. Ele tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (SI 104.30; Ef 3.16). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo.

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Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento. Em 1 Coríntios 2,4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por ‘demonstração do Espírito Santo’, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo.

E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do Espírito, cujo efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (1Co 2.4,5)” ;(GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 175). Estude também sobre o único e verdadeiro Deus.

A eficácia do Poder do Espírito Santo

1 –  Demonstração de poder

É do Espírito Santo que flui a vida, bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16; At 1.8). Esta é uma evidência da deidade do Espírito Santo: Ele tem autoridade e poder inerentes. Em todo o Novo Testamento, o versículo 4 é a única referência em que aparece no original o termo traduzido por “demonstração” do Espírito Santo.

Literalmente, o termo designa uma demonstração operacional, prática e imediata do Espírito Santo na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo (vv.4,5).

Isso contrasta nitidamente com os métodos repetitivos dos mestres e filósofos gregos da época, que tentavam conseguir discípulos mediante recursos retóricos e argumentação filosófica (v.5). Que diferença faz o evangelho de poder do Senhor Jesus Cristo!

A oratória desses mestres era somente um espetáculo teatral vazio, que atingia apenas os sentidos dos espectadores. Em Paulo, ao contrário, operava o poder de Deus (vv.4,5; Cl 1.29; 1 Ts 1.5; 2 Co 13.10).

2 – O poder de Deus mediante o Espírito.

Esse divino poder é manifestado através da pregação do evangelho de Cristo em cinco ocasiões específicas: a) na conversão dos ouvintes (At 2.37,38); b) no batismo com o Espírito Santo (At 10.44); c) na expulsão de espíritos malignos (At 8.6,7; Lc 11.20); d) na cura divina dos enfermos (At 3.6-8); e) na obediência dos crentes ao Senhor (Rm 16.19).

Conclusão

Portanto, Deus é uno e ao mesmo tempo triúno (Gn 1.1, 26; 3.22; 11.7; Dt 6.4; 1 Jo 5.7). O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três divinas e distintas Pessoas. São verdades bíblicas que transcendem a razão humana e as aceitamos alegremente pela . A fé precede a doutrina (1 Tm 4.6).

Quem é o Espírito Santo para você? 

REFERÊNCIAS

– Bíblia Palavra Chave (ARC)

– Apontamentos Teológicos do Autor

– Dicionário da Língua Português Online

– Wikipédia, a enciclopédia livre.

– Lição 3: A Divindade do Espírito Santo – Data: 16 de Julho de 2006 – Lições Bíblicas CPAD – Jovens e Adultos – 3º Trimestre de 2006 – Título: As Doutrinas Bíblicas Pentecostais – Comentarista: Antonio Gilberto.

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