O perigo da murmuração

O perigo da murmuração

O perigo da Murmuração

INTRODUÇÃO

Eu me alimento das mãos de Deus

O  pecado de murmuração de Israel servem-nos de alerta para que não venhamos a cometer o mesmo engano. “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” (Fp 2.14).

I. TEXTO BÍBLICO

(Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11)

– Êxodo 16

V, 1 – E, partidos de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois que saíram da terra do Egito.

V, 2 – E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.

V, 3 – E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.

V, 4 – Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.

V, 5 – E acontecerá, ao sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.

V, 6 – Então, disse Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o Senhor vos tirou da terra do Egito,

V, 7 – e amanhã vereis a glória do Senhor, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o Senhor; porque quem somos nós para que murmureis contra nós?

Eu me alimento das mãos de Deus

– 1 Coríntios 10

V, 10 – E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.

V, 11 – Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.

II. ISRAEL PEREGRINA PELO DESERTO AO PASSO DA MURMURAÇÃO

Israel chega a Mara (Êx 15.23).

O povo de Deus estava finalmente livre dos egípcios e começava sua caminhada pelo deserto a caminho de Canaã. Depois da travessia do Mar Vermelho os israelitas foram conduzidos por Moisés até o deserto de Sur. Eles andaram três dias pelo deserto e as águas que encontraram em Mara eram impróprias para beber. Descontente, o povo começou a murmurar contra Moisés.

Na verdade eles não estavam reclamando de Moisés, mas de Deus (Êx 16.7,8). Muitos podem pensar que estão reclamando do seu líder, mas na verdade estão reclamando contra aquEle que delegou autoridade ao líder: Deus. A murmuração é uma característica negativa daqueles que não confiam no Senhor. Moisés confiava na providência do Pai. Então ele orou e Deus lhe mostrou um lenho.

Moisés jogou o lenho nas águas e elas se tornaram boas para o consumo. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida”. Israel era uma massa de gente briguenta e sem que precisava ser lapidada pelo Senhor para que se transformasse em uma nação santa. A lapidação veio com as provações rumo ao monte Sinai.

Rumo ao Sinai (Êx 16.1).

Depois de Mara os israelitas foram para Elim e em seguida para o deserto de Sim, que ficava entre Elim e Sinai (Êx 19.1,2). Esse é um lugar inóspito, repleto de areia e pedra, porém um local perfeito para Deus tratar do seu povo. Diante das dificuldades o povo volta a murmurar e quer mais uma vez retornar ao Egito (Êx 16.2,3). Mas Deus é bom e misericordioso.

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Ele mais uma vez supriu as necessidades do seu povo. Talvez você esteja sendo também provado pelo Senhor. Este é um momento difícil, mas em vez de murmurar adore ao Senhor. Você, assim como Israel, verá o sobrenatural de Deus em sua vida. No deserto de Sim, Deus envia o maná ao seu povo. O maná não foi um fenômeno natural, como alguns cogitam. Foi uma provisão especial de Deus.

Eu me alimento das mãos de Deus

Esta provisão apontava para Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu (Jo 6.31-35). Deus sustentou seu povo através do deserto não somente com pão, mas também com carne e água. Em Refidim, Deus fez água jorrar da rocha (Êx 17.1-7). Ele é o nosso provedor (Sl 23.1). Tudo que temos vem do Senhor, por isso devemos ser gratos a Ele pela provisão. Depois de partir de Refidim, o povo, sob a orientação de Deus, caminhou até o monte Sinai, onde os israelitas receberam a lei do Senhor.

OBS: ARGUMENTO BIBLIOLÓGICO – “O povo murmurou contra Moisés – A liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Essas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e entronizamos Cristo somente (Ef 4.31,32).

A única coisa que Moisés poderia fazer era clamar ao Senhor. Não há dúvida de que teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivessem permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tornaram doces, quando Moisés lançou um lenho nelas, mas a fé de Israel continuou fraca.

Desconhecemos método natural que explica este milagre. Deus usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1, 1 ed., RJ, CPAD, 2005, p.175).

III. A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO

Assim nasce um motim.

A palavra “motim” refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas num grupo social. É o que vemos em Números 11 e 12. Nesses capítulos há uma descrição de murmurações que culminaram na rebelião familiar contra a liderança de Moisés. Vejamos agora três queixas que remontam a rebelião na família do legislador de Israel.

A primeira queixa.

Israel havia saído da região ao redor do Sinai, no qual havia relativa fertilidade para a produção de grãos e água. De repente, depois de andarem para além do Sinai e depararem-se com o inóspito deserto, os israelitas começaram a reclamar de que Moisés os havia trazido para morrerem naquele lugar, quando poderiam ter ficado no Egito.

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Aquela murmuração não só entristeceu a Moisés, mas a Deus, que havia libertado o povo do cativeiro egípcio. Por isso, Ele operou um juízo de fogo, destruindo um grupo de israelitas que vivia reclamando. O Senhor chamou aquele lugar de “Taberá” que significa “queimar” (Nm 11.1-3).

A segunda queixa (Nm 11.4-7).

Após experimentar o juízo de fogo, no lugar de se humilhar diante de Deus, o povo começou a murmurar contra o “maná” que a cada manhã Deus enviava, e a lembrar com saudades dos alimentos do Egito (Nm 11.4-6).

Facilmente esqueceu-se de todas as privações experimentadas como escravos no Egito. Esse povo esqueceu-se também dos milagres operados pelo Senhor, quando abriu o Mar Vermelho, quando transformou a água amarga em água doce e outros muitos milagres. A murmuração nos faz esquecer das boas coisas vivenciadas com Deus.

A terceira queixa (Nm 12.1-3).

No capítulo 12, após todo um contexto de murmuração apresentado no capítulo 11, temos a rebelião de Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Trata-se de uma rebelião na família de Moisés, Arão e Miriã. Em primeiro lugar, Miriã e Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita, que por não ser de nenhuma família hebreia, mas da descendência de Cam, filho de Noé, teve muita resistência de aceitação, pois esse povo era considerado vil e desprezível.

Porém, essa murmuração ia mais longe. Por serem mais velhos que Moisés, Miriã e Arão queriam ter um tratamento protagonista como o de Moisés (Nm 12.2). A inveja na família é um sentimento perigoso.

IV. OS MURMURADORES DE ISRAEL

Número 11:4-15; 16:41-50; 20: 1-13; 21:4-9. Devemos extrair lições importantes sobre o pecado da murmuração, esse sempre foi um dos que mais causaram problemas no meio do povo de Deus. Encontramos nas escrituras exemplos que marcaram os israelitas deixando sequelas até o presente. As murmurações são motivadas por insatisfação que muitas vezes são veladas, com possibilidade de crescer e induzir multidões ase insurgirem contra lideranças e causar grandes estragos. Os murmuradores contagiam outros para se unirem com os mesmos propósitos. Veremos nesse mote o significado, as origens das murmurações dos israelitas, as revoltas geradas pelas murmurações, as consequências na Igreja primitiva, na atualidade, o que causa na Igreja e Deus proíbe o murmúrio.

  1. Seu significado: Conforme o nosso dicionário português “Aurélio” significa: dizer mal, Maldizer, fazer mau juízo, falar contra alguém, conversar difamando ou desacreditando, criticar. Esse era um dos pecados mais comum entre o povo de Deus. E se você conhece algum fiquem de olho nele, limite seus espaços, porque amanhã criticará você.
  2. A origem das murmurações dos israelitas. Nm 2.1. A falta de alguns elementos necessários para satisfazerem as suas necessidades básicas como: água, comida, proteção do sol, cansaço, fadiga e frio entre outros. (Nm 11:1). 2.2. Povos estranhos (o vulgo) esse termo refere-se a outros povos que acompanharam os israelitas quando saíram do Egito (Ex 12:38), povos de outros costumes, eles influenciaram negativamente nomeio dos israelitas. Eles acusavam Moisés de maus tratos ao povo e questionavam sobre a alimentação como: carnes, cebolas e pepinos e até sepulcro. (Ex 16:2,3; Nm 11:4-7). 2.3. Insatisfação, os insatisfeitos murmuram, e aonde chegam, surge à murmuração. Aonde chega um murmurador outros murmuradores serão produzidos, cada um deles tem a incumbência de produzir outros, a murmuração é de origem satânica.
  3. As murmurações geram revoltas – Nm 3.1. Os murmuradores angustiaram Moisés a ponto de fazê-lo querer deixar o cargo, ele estava profundamente abatido (Nm 11:11-16); 3.2. Induziram a Miriã e Arão se revoltarem contra o seu próprio irmão (Nm 12:1-8); 3.3. Fizeram os filhos de Coré se revoltar e se rebelarem contra Moisés (Nm 16:1,2); 3.4. Os murmuradores questionavam o governo de Moisés tanto nas questões Civis e-commerce como Religiosas (Nm 16:41-50).
  4. As consequências sobre os murmuradores.
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4.1. Miriã foi ferida por sua sedição (Nm 12:10).

4.2. Arão foi induzido pelos murmuradores a criar um bezerro de ouro, achando que Moisés não desceria mais do Monte Sinai;

4.3. Os filhos de Core foram sepultados vivos, a terra se abriu;

4.4. Moisés e muitos israelitas foram impedidos entrar em Canaã (Nm 14:26-30);

4.5. Os que entram pelo caminho da murmuração sofrerão punição (Nm 11:1; 14:27-29; Sl 106:25).

  1. As Murmurações na Igreja Primitiva

5.1. Murmuraram a respeito de Jesus (Jo 7:12);

5.2. A Murmuração nos dias da Igreja pelos helenistas (At 6:1);

5.3. A Murmuração entre os irmãos que causaram contenda na igreja (I Co 1:12,12; 3:4);

V. A MURMURAÇÃO NOS DIAS ATUAIS

A Murmuração na Igreja de Hoje Atualmente acontecem às mesmas coisas, as murmurações têm causado sérios prejuízos para obra, especialmente para os novos crentes.

Geralmente os murmuradores são desobedientes e desrespeitadores até da própria doutrina de Cristo, em relação a estes nos afastemos deles;  O que causa na Igreja?

a) Enfraquecimento espiritual dos crentes

b) Enfraquece a propagação do evangelho.

c) Induz as pessoas ao erro, porque são dominadas por esse mal.

d) Causa divisão, tal qual aconteceram nas igrejas, e Paulo refutou essas pessoas com muita ousadia do Espírito Santo. (I Co 1:10;10:10);

e) Os murmuradores estão em todos os lugares causando insatisfação no povo, fujam deles, não queiram acompanhá-los.  Deus proíbe o murmúrio (I Cor 10:10). Não murmurar contra Deus (Pv 19:3);7.2. Contra Cristo (Lc 5:30); Contra o Clérigo ou aquele que pertence à classe eclesiástica, sacerdotes cristãos (Ex 17:3); 6.4. Não é razoável que lamentemos (Lm 3:39);  Esta é uma característica dos maus (Jd 16).

CONCLUSÃO

 As murmurações como já dissemos está em todos os lugares, não há lugar que não exista pelo menos um, isso em qualquer segmento da sociedade, eles criam problemas, são insatisfeito, ou seja, com nada se contentam, seus governos estão sempre errados, somente eles consideram-se perfeitos.

Esse é um mal que precisa ser instinto, porque assim como os murmuradores não entraram em Canaã, os que murmuram se prejudicam e prejudicarão outras pessoas, isso trouxe muitos males para a igreja primitiva. Deus proíbe o murmúrio. – Pr Elis Clementino-Paulista -PE Postado por Estudos |Bíblicos e sermões às 20:11 Marcadores: Sermões 8.http://prelisclementino.blogspot.com/2014/06/os-murmuradores-de-israel.htmlIII –

 

– Bibliografia

Bíblia de Estudo Palavra Chave (ARC)

– A Bíblia de Estudos das profecias. E.R.A.

– Dicionário Online

– Apontamentos Teológico do Autor

– Lições Bíblicas CPAD – Jovens e Adultos – 1º Trimestre de 2014 – Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual – Comentarista: Antonio Gilberto – Lição 6: A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai – Data: 9 de Fevereiro de 2014.

– LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS – 2º Trimestre de 2023 – Título: Relacionamentos em Família — Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus – Comentarista: Elienai Cabral – Lição 5: Motim em família – Data: 30 de Abril de 2023.

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