A Bondade que confere vida para o crente

Bondade que confere vida

Bondade que confere Vida

Conheçamos e vivamos a bondade que confere vida. Vivemos em uma sociedade onde as pessoas acreditam, erroneamente, que ser bom é ser fraco.

Mas, tal virtude revela um caráter maduro e forte, leal a Deus e ao próximo. Como discípulos de Jesus, nosso exemplo maior de bondade, precisamos evidenciar nossa afabilidade por intermédio de ações e palavras.

Não basta apenas dizer que é bondoso, as pessoas precisam ver esse aspecto do fruto do Espírito em suas palavras e ações, em seu dia a dia.

Texto Bíblico (Mateus 5.20 – 26).

Definição de Bondade

Bondade como fruto do Espírito é tradução de uma palavra grega que é encontrada apenas quatro vezes na Bíblia: agathosune.

Quando comparada com chrestotes vemos que a bondade é a prática ou a expressão da benignidade, ou seja, fazer aquilo que é bom.

O termo agothosune só é usado nos escritos de Paulo nas seguintes passagens; Romanos 14.14; Gaiatas 5.22; Efésios 5.9; 2Tessalonicenses 1.11.

A razão básica dos dons é ser uma bênção ao próximo. A bondade, ou generosidade, nos leva à preocupação com as pessoas de modo prático e dinâmico, onde quer que estas se encontrem.

A Igreja Primitiva sabia praticar a mútua generosidade, sem medo de exagerar nos cuidados” (LIM, David. Os dons espirituais. In HORTON, Stanley M. (ed.). Teologia sistemática: Uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.490).

No primeiro destes textos. Romanos 15.14-16, Paulo reconhece que os cristãos romanos estão prontos para ministrar uns aos outros e, portanto, os exorta a ministrar, lembrando-os de sua chamada para ser ministro (literalmente, servo) de Jesus Cristo.

No versículo 16 (NVI), Paulo se compara a um sacerdote que oferece a Deus os gentios salvos como oferta santificada pelo Espírito Santo.

Em todos estes versículos é vista a expressão da bondade. Bondade, então, fala de serviço ou ministério uns aos outros, um espírito de generosidade posto em ação; diz respeito a servir e dar.

É o resultado natural da benignidade — a qualidade interior de ternura, compaixão e brandura. Tudo isso está resumido na palavra amor. O amor é benigno, que é o oposto do maligno.

O amor é bom, sempre buscando ministrar às necessidades dos outros (GILBERTO, António. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 92).

Bondade

“O Espírito Santo transmite esta virtude como um fruto, para que cada um do bom tesouro possa tirar o bem (Lc 6.45). Barnabé foi cheio do Espírito Santo e por isso se tornou um homem bom (At 11.24).

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Ele deixou um brilhante exemplo de que maneira esse fruto se manifesta. O seu coração era aberto para doar (At 4.37). Ele viu o que a graça de Deus havia operado (At 11.23), por isso conseguiu ajudar a Saulo (At 9.26-28; 11.25-26).”

Para conhecer mais leia. Teologia Sistemática – Coleção Ensino Teológico, CPAD, p. 28. Leia mais sobre bondade no artigo O propósito do Fruto do Espírito.

O Sexto Mandamento

1 – “Não matarás (20.13).

‘Assassinar é mais precioso aqui do que ‘matar’. A palavra hebraica rasah é a única sem paralelo em outras sociedades do segundo milênio a.C.

Ela identifica ‘morte de pessoas’ e inclui assassinatos premeditados executados com hostil intenção e mortes acidentais ou homicídios culposo. Dentro da comunidade da aliança, precisava-se tomar um grande cuidado para que ninguém perdesse a vida, mesmo por acidente.

O termo rasah não é aplicado em mortes na guerra ou em execuções judiciais” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse Capitulo por Capítulo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 64).

2 – Cidades de Refúgio

Entre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de refúgio, ou asilo, para o “homicida (Nm 35.6,7).

O próprio Moisés escolheu três delas no lado leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas, Ramote, em Gileade, para os gaditas; Golã, em Basã, para os manassitas (Dt 4.41-43).

Mais tarde, na época de Josué, as outras três foram indicadas na parte oeste do Jordão. Elas estavam convenientemente situadas nas regiões norte, central e sul da terra que habitavam. Seriam construídas e mantidas abertas estradas para essas importantes cidades (Dt 193).

Em Hebreus 6.18 está indicado que as cidades de refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala daqueles que fugiram procurando um refúgio, e também da esperança oferecida a eles.

Nós procuramos o refúgio em Cristo, e nele estamos a salvo do Vingador do sangue divino (Rm 5.9) (PFEIFFER, Charles F (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 417-18).

Argumento Teológico

A história do bom samaritano ensina ao doutor da lei que o seu próximo é qualquer um que ele encontrar que tenha uma necessidade.

Jesus encerra a história com a pergunta: ‘Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? O doutor da lei sabe a resposta, mas ele não quer falar a menosprezada palavra ‘samaritano’ e ainda quer escolher seu próximo. Por isso ele só se refere a ele como o que usou de misericórdia para com ele’ (v, 37).

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A resposta do doutor da lei está correta, porque o samaritano é aquele que agiu com o próximo. Mostrando compaixão, ele se alinhou com o amor a Deus e ao próximo. Ao contrário do sacerdote ou do levita, ele se submeteu ao mandamento de amor que resume toda a lei. Ele lhe fala: ‘Vai e faz da mesma maneira’.

O doutor da lei também pode cumprir a ordem de amar a Deus e ao próximo satisfazendo as necessidades dos outros a despeito de raça, cor ou sexo (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento, Vol. 1. 4ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009 p. 91).

Exemplos de Bondade na Bíblia

A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que procederam com bondade para com seu semelhante.

A seguir, examinaremos alguns destes modelos a fim de aprendermos como este fruto espiritual pode ser manifestado em nossa vida.

1. Jó.

Este servo de Deus não foi apenas paciente, mas também um exemplo significativo de bondade: “Eu era o olho do cego e os pés do coxo; dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência; e quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa. O estrangeiro não passava a noite na rua; as minhas portas abria ao viandante” (Jó 29.15,17; 31.32).

2. Davi.

É comovente a bondade imparcial de Davi em favor da casa de seu inimigo, Saul. O salmista demonstrou o mais sublime grau desta virtude, considerando-a como “beneficência de Deus” (2Sm 9.1-3).

Também aprendemos a agir desta forma através da instrução de Paulo a Timóteo: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso [benigno] para com todos” (2Tm 2.24).

3. Jesus.

O Mestre demonstrou bondade até ao final, na cruz. Enquanto estava pendurado na cruz, providenciou alguém para cuidar de sua mãe (Jo 19.26,27), suplicou perdão em favor de seus inimigos (Lc 23.34), e demonstrou, em sua forma mais sublime, o sentido real de ser benigno e misericordioso com os outros ao entregar-se por nós.

4. Paulo.

Antes de sua conversão, era conhecido por sua inclemência para com os cristãos, segundo ele mesmo testemunhou. Contudo, ao tornar-se uma nova criatura em Cristo, declarou: “Fomos brandos [benignos] entre vós, como a ama que cria seus filhos” (1Ts 2.7).

5. Estevão.

Ele foi um exemplo de benignidade. Ao invés de desejar a morte de seus opressores, orou por eles enquanto estava sendo apedrejado até morrer (At 7.59,60).

Princípios de Bondade que Confere Vida

a) Servir ao próximo.

A piedade e a bondade não podem ser dissociadas. Há dois preceitos divinos incluídos aqui: relacionamento com Deus e com o próximo.

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Podemos ilustrá-los através das seguintes perguntas bíblicas: “Onde estás?” (Gn 3.9) e “Que farei para herdar a vida eterna?” (Lc 10.25), referindo-se ao primeiro preceito, e “Onde está […] teu irmão?” (Gn 4.9) e “E quem é o meu próximo?” (Lc 10.29), aludindo ao segundo.

Em Gênesis, Deus pergunta a Adão, imediatamente após este desobedecê-lo, a respeito da condição espiritual do casal. Já Caim, logo depois de assassinar Abel, é questionado pelo mal cometido contra seu irmão.

Nas passagens de Lucas, as duas interrogações foram feitas a Jesus por um doutor da lei. A primeira reporta-se à sua condição espiritual, e a segunda, à sua situação social.

Quando os frutos da bondade e da benignidade são desenvolvidos em nós, contemplamos as pessoas com o olhar divino e alcançamo-las através do amor de Deus manifestado em nós.

Nosso serviço é conduzir as pessoas a conhecer Jesus como seu Salvador pessoal e atender às necessidades que porventura possam ter. Isso implica ser companheiro, oferecer hospitalidade, ajudar com os problemas, encorajar e, acima de tudo, demonstrar amor.

b) Generosidade.

O homem bom, que serve aos outros, é rico, embora lhe falte bens materiais. Certamente esta era a situação dos cristãos na igreja de Esmirna (Ap 2.9) e nas igrejas da Macedônia (2Co 8.2,3).

Conforme está descrito no texto bíblico precedente, uma característica distintiva da bondade cristã é a generosidade. Segundo a Bíblia, Deus abençoa os que ajudam os pobres e necessitados (Dt 15.10,11).

Os dízimos e as ofertas do crente são um modo de reconhecermos a soberania de Deus sobre nossa vida e bens, inclusive o dinheiro.

Davi louvou ao Senhor pelas ofertas do povo em proveito da construção do templo (1Cr 29.9,14). A entrega dos dízimos e ofertas demonstra o que está em nosso coração, ou seja, desprendimento das coisas temporais (Mt 6.19-21).

c) Bondade, justiça e verdade.

A relação entre bondade, justiça e verdade revela-nos alguns princípios importantes. Em Efésios 5.9, lemos: “O fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade”. A bondade diz respeito à misericórdia, à justiça, à retidão; e a verdade, ao conhecimento.

A excelência da bondade é resumida na denominada Regra de Ouro: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o o também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Em outras palavras, devemos tratar os outros da mesma maneira que Deus nos trata — com misericórdia e graça.

Conclusão

Portanto, a bondade que confere vida é o nosso firme compromisso com Cristo para o benefício do próximo. A vida é um ato da bondade de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la, por se só, isso se contrapõe ao famigerado aborto.

Na verdade, o crente é vitorioso diante das tentação “Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade, aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.9,10).

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