A criação de Eva, a primeira mulher
A mulher évica é aquela que dá assistência a seu Adão, prestando-lhe ajuda secundária nas tarefas da vida conjugal e familiar. Adão é o líder, pois foi criado primeiro e é mais maduro (1Tm 2:13, 14); Eva é sua colaboradora; co-líder com ele e ele submissa (Ef 5:2; Col. 3:18; 1Pe 3:1). Salomão reconhece que “melhor é serem dois do que um”, tanto nos aspectos de apoio financeiro quanto emocional e físico (Ec 4:9-12).
TEXTO BÍBLICO (Gênesis 2.18-25)
Neste artigo você estudará sobre:
ToggleA biografia de Eva e sua História
A Bíblia não traz muitos detalhes sobre a vida de Eva. Dessa forma, pouco se sabe sobre sua biografia além do que é informado nos primeiros capítulos de Gênesis.
Eva é mencionada pelo nome apenas duas vezes em todo Antigo Testamento. (Gênesis 3:20; 4:1), e a palavra “mulher” é a mais utilizada para se referir a ela. Após o nascimento de Sete, existem apenas meras referências sobre ela na Bíblia. No Novo Testamento ela é citada por Paulo em 2 Coríntios 11:3 e 1 Timóteo 2:13.
OBS: Adão declarou que ela seria chamada “varoa” (ou mulher). Essa palavra traduz o hebraico ishah. Seu significado está relacionado ao fato de que do varão (hebraico ish) ela foi tomada (Gênesis 2:23).
O que se sabe é que Eva foi tentada pela serpente e não conseguiu resistir a essa tentação. Dessa forma ela também serviu como instrumento pelo tentador para fazer com que Adão comesse do fruto proibido por Deus. Essa atitude foi uma transgressão da Palavra de Deus, e resultou na entrada do pecado no mundo.
Por causa da desobediência daquele primeiro casal, toda a humanidade foi lançada num estado de rebelião e desobediência contra Deus. Por conta de seu pecado, Eva foi especialmente sentenciada por Deus a ter o trabalho de parto acompanhado por grande dor.
Além disso, ela também passaria a ser dominada por seu marido. Antes mesmo do pecado a mulher já era subordinada ao homem. Porém, a liderança do homem era boa e moralmente pura. Depois do pecado essa liderança passou a ser moralmente corrompida, fazendo com que muitas vezes a subordinação da mulher fosse custosa e sofrida. https://estiloadoracao.com/
Deus criou o homem conforme a sua imagem e semelhança – Gn 1.27
Em pureza, inocência, sabedoria, bondade, verdadeiramente semelhante ao seu Criador. Colocou-o num jardim, que Ele mesmo plantara, o Éden (ou “paraíso”, “lugar de deleite”). Depois de algum tempo, após receber e cumprir uma tarefa especial, isto é, dar nomes aos animais criados, Adão sentiu-se só (Gn 2.19-20).
Não havia entre todos os animais nenhum sequer que se parecesse com ele, com o qual pudesse dividir seu coração, seus sonhos, seus anseios, projetos; que tivesse sensibilidade para compartilhar os pensamentos de seu coração.
O Senhor, então, fez Adão dormir o sono da anestesia. Que ele não sentisse dor alguma ao ser retirada uma costela de seu próprio corpo. E esta seria transformada em doce companheira e ajudadora idônea (G 2.21-22).
Assim surgiu a mulher: foi feita sob medida para o homem. Foi formada da cálida matéria prima existente: do corpo de Adão. Ela provinha de um lugar de honra: cobria o coração daquele que seria o seu amado
O nome Eva significa “vivente”; pelo visto, palavra aparentada com o verbo hebraico hhayáh, “viver Sem dúvida, informado por revelação direta de Deus, seu Criador e Pai, de como a mulher veio à existência, Adão teve prazer em aceitá-la como sua esposa, dizendo: “Esta, por fim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne”, conforme até os seus próprios sentidos lhe evidenciavam.
Adão chamou a sua esposa, seu complemento, de ’ishsháh (mulher, ou, literalmente, homem feminino), “porque do homem foi esta tomada”. (Gên 2:18-23) Daí, Deus proferiu sua bênção paternal sobre os dois: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a.” Deviam ter em sujeição também a criação animal. (Gên 1:28) A mulher, por ser obra das mãos de Deus, era perfeitamente adequada para ser complemento do seu marido, Adão, e também para ser mãe.
Época
Criada pelas mãos de Deus, Eva tinha uma vida perfeita, tudo era paz, alegria, saúde, tranquilidade, a vida que qualquer mulher sonha.
Seu lar era lindo, não tinha falta de nada, era feliz com seu marido, tinham domínio de tudo, melhor impossível. Mas de repente pela sua desobediência á palavra de Deus, seu mundo veio abaixo, sua sentença foi dura, seu erro lhe custou caro e Eva foi considerada culpada.
Seu pecado trouxe consequências terríveis para ela, seu marido e o mundo. Esta verdade é encenada em cada cerimônia de casamento que assistimos: o pai da moça a conduz até o noivo. Com um beijo, este se despede da filha e a entrega àquele que será seu marido a partir daquele momento.
É como se estivesse dizendo ao noivo: “Olha, jovem, até aqui eu cuidei de minha filha com todo carinho. Agora eu a estou entregando a você. Cuide bem dela: de sua saúde física, emocional e espiritual. Proteja-a e ame-a, como Deus espera de você”.
E, dentro desta característica de “ser frágil”, “necessitada de proteção”, enquadra-se a palavra dirigida à mulher após o pecado: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás a luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.” (Gn 3.16.)
Deus estava tornando a mulher ainda mais necessitada de proteção (com o fato de uma gravidez sofrida) e a colocava em posição de submissão ao marido. Essa submissão era para lhe conferir proteção.
Não tem o caráter de subserviência ou de ser inferior ao marido; pelo contrário, a mulher deveria ser protegida e amada como ao próprio corpo. O marido lhe devia amor e honra, para desfrutar da verdadeira felicidade como família (Ef 5.25-33).
Situação
Adão foi tão responsabilizado por Deus pela queda de todo cosmos que nenhuma palavra poderia ser tão clara quanto esta: Gn. 3:17 “Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa”.
Afinal, o Mandato Espiritual havia sido dado apenas a ele e não a ela. Nesse novo estado, agora, de conhecimento desnecessário e nocivo, homem e mulher passaram não apenas a pecar, mas a não aceitar suas culpas, preferindo sempre transferi-la. Foi assim com Adão em Gn. 3:12 atribuindo “a mulher que me deste por esposa”, e depois ela quando disse em Gn. 3:13 “a serpente me enganou”.
Deus sabia o que tinha acontecido, na realidade Ele só estava esperando eles pedirem perdão pela desobediência, se arrependerem, mas isso não aconteceu por isso a sentença de Deus.
Sua alegria
Não é maravilhoso sabermos que Deus nos criou com as Suas próprias mãos e ainda nos fez à Sua imagem e semelhança? Ele criou Adão e Eva para viverem no Jardim do Éden, tendo comunhão diária com Ele.
Sem qualquer dor física ou emocional, sem jamais se sentir confusa, envergonhada ou com sentimento de culpa, desfrutando sempre o amor e a amizade de Deus. Ter um marido companheiro, os olhos deles eram abertos para coisas espirituais, era plena e feliz com o que tinha, e acima de tudo via e conversava com Deus todos os dias.
Seu sofrimento
Eva cedeu à tentação e fez com que não só ela mas também Adão e toda a humanidade sofressem as consequências deste seu ato de insubordinação e orgulho. Este ato de desobediência custou caro para todos nós.
Agora, Adão teria que trabalhar arduamente para obter o seu sustento e o de sua família. Deus lhe disse: “… Porquanto deste ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.
No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gênesis 3:17-19). Eva, por causa do seu pecado e orgulho de querer saber igual a Deus, afastou da sua vida e da vida de Adão muitos privilégios.
Ela perdeu a comunhão perfeita e constante com Deus. Mas que perdas de privilégios ela teve? Dentre tantas coisas boas que Eva perdeu. Ela perdeu o privilégio de ter o seu lar dentro do Jardim do Éden.
“O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado” (Gênesis 3:23). Ela perdeu a pureza que tinha antes de conhecer o mal.
Lição
O papel da mulher é ajudar, apoiar e sustentar o marido no cumprimento dessa missão. Ela era, de fato, a “parte mais frágil”, pois com essa atitude ela abriu portas para o ataque sedutor de Satanás afirmar exatamente aquilo que ela queria ouvir (Gn. 3:4,5).
A sedução estava completa com o desejo dos olhos Gn. 3:6a – “vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e boa para dar entendimento”; daí para cometer o ato pecaminoso foi apenas um passo, pois “tomou-lhe do fruto e comeu”.
Deus criou o homem para ser romântico, protetor e provedor, com isso bem claro em mente, as mulheres entenderão que a submissão bíblica é, na verdade, uma grande bênção do carinho especial de Deus.
Assumir o papel de liderança no trato com a serpente foi um grande erro, assim, muitas têm errado hoje buscando sair debaixo da proteção que o próprio Deus providenciou para elas.
Mudar a Palavra de Deus é uma estratégia antiga de Satanás para iludir o ser humano, mas não menos perigoso que isso é a tentativa pseudo-piedosa de adicionar alguma coisa à Palavra de Deus, ainda que seja para se proteger ( Colossenses 2:20-23).
As mulheres devem guardar muito bem os seus olhos (o que vêm, assistem, procuram), pois Satanás sabe muito bem como usar seus próprios olhos contra você. Não o subestime, pois foi assim que o pecado entrou no mundo. Quão fortemente o caso de Eva ilustra que a desconsideração da lei divina traz sérios problemas! Que nunca nos esqueçamos do que aconteceu com Eva, sempre que se façam tentativas de tornar a transgressão atraente para nós.
Simplesmente não pode haver felicidade quando se desconsidera a norma de nosso Criador quanto ao que é bom e ao que é mau. Não sejamos como Eva e não nos deixemos enganar para o nosso eterno prejuízo. Submeter-se ao marido é uma forma de ser preservada.
Um lar onde marido e mulher querem ter a palavra final é um lugar insuportável de se viver. Um lar onde a mulher é regida por seus próprios interesses é um lar cheio de conflitos.
A mulher tem um papel especial dentro da família, e ao atuar em colaboração com o marido, respeitando-o como chefe da casa, ela coopera para a manutenção da ordem e felicidade familiar.
As esposas devem se submeter à autoridade de seus maridos (Ef 5.22-23). A submissão, neste caso, não deve ser entendida como um jugo, tampouco a autoridade deve ser entendida como ditadura e opressão. A submissão deve ser uma entrega incondicional que visa o preenchimento mútuo.
Ela envolve sacrifício, visando que o relacionamento entre ambos seja saudável. Ao marido foi dada a responsabilidade de constituir e guiar a família a Deus, ainda que tenha que sacrificar a sua própria vida por isso. https://wildadarzan.blogspot.com/p/blog-page_29.html.
Considerações
Segundo Josefo, historiador judeu do primeiro século, tanto os direitos como os deveres religiosos das mulheres eram limitados. Elas só podiam entrar no templo até o átrio dos gentios e das mulheres. Havia rabinos que sustentavam que não se devia ensinar-lhes o Torah (o livro religiosos dos judeus).
As escolas onde se ensinava a ler e a escrever, bem como os preceitos da lei, eram exclusivas aos homens. Somente algumas filhas de famílias de elevado grau social podiam estudar. Nas sinagogas haviam uma separação entre homens e mulheres.
Durante os cultos, elas tinham que permanecer caladas; não podiam ensinar. Em casa a mulher não podia dar graças pelo alimento. Na cultura judaica, assim como nas culturas vizinhas da época, a mulher era, de uma forma geral, colocada em segundo plano. […] “Somente partindo deste contexto – diz Joaquim Jeremias – podemos compreender plenamente a postura de Jesus em relação à mulher”.
João Batista já havia batizado mulheres (Mt 21. 32), mas Jesus permitiu que as mulheres o seguissem (Lc 8. 1-3; Mc 15. 40-41; Mt 20.20). Jesus não só falou com mulheres (Jo 4, 8. 2-11), mas até discutiu temas teológicos com elas (Lc 10. 38-42; Jo 11. 21-27), numa época em que nenhum rabino se atrevia a fazê-lo. Esses acontecimentos não têm similar na história da época.
Mais ainda, Jesus não se contenta em colocar a mulher numa posição mais elevada que aquela em que a cultura do seu tempo a colocava, mas a coloca em posição de igualdade com o homem diante de Deus (Mt 21. 31-32). É verdade que Jesus não incluiu mulheres entre os doze discípulos, porém isso não significa que pelo restante da história as mulheres ficariam de fora das funções oficiais de ensino e governo na igreja.
A professora Irene Foulkes encontra exatamente nisso a chave hermenêutica para o início do novo Israel. A indicação dos doze, disse ela, era uma espécie de lição objetiva: significava o início de um povo novo “que ultrapassaria em muito a velha nação definida em termos de descendência humana dos doze patriarcas.”
OBS: “Havia um aspecto da criação de Deus que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda estar só (18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, Deus determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele, literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e adequada para ele. ‘Uma ajudante certa que o complete’ (VBB).
A Bíblia Confraternidade traduz: ‘Uma ajudante como ele mesmo’. […] De imediato, Adão (23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome. Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial.
Desde o princípio, Deus quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a responsabilidade do homem. Deus ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (24) no compromisso mútuo de verdadeira união” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, pp.38,39).
Conclusão
Os homens e as mulheres devem ser igualmente ativos na obra de Deus. Nenhum deles deve fazer o que Deus não lhes atribuiu, mas quando cada um trabalha dentro do papel que Deus ordenou, o nome do Senhor será glorificado e sua obra cumprida.