Os Artesãos do Tabernáculo
Os artesãos do Tabernáculo foram chamados por Deus, Bezaleel e Aoliabe, para desempenharem o ofício artístico que também fora uma missão espiritual.
Texto Bíblico (Êxodo 31.1-11)
Neste artigo você estudará sobre:
ToggleBezaleel e Aoliabe
Besaliel – Betsal’el – בצלאל é um personagem bíblico filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, sendo um artesão que trabalhou na construção do tabernáculo. Seu nome que pode ser encontrado na bíblia também como Bezaleel, o significado deste nome é “Debaixo da sombra de Deus.”
Aoliabe: (Hebraico) “A tenda de meu pai”. Um artista da tribo de Dã, nomeado para trabalhar na preparação dos materiais para o tabernáculo (Ex 31:6; Ex 35:34; Ex 36:1,2; Ex 38:23).
Bezaleel desde de sua meninice aprendeu o oficio de joalheiro com seu avô Hur, adquirindo vasta experiência em confeccionar jóias a partir do ouro, prata, bronze e pedras preciosas.
O talento de Besaliel na construção do Mishcan (Tabernáculo) e de seus utensílios era inato, dado por Deus. Era um verdadeiro milagre, pois no Egito os judeus só realizavam trabalhos de escravo, construindo casas e fazendo tijolos.
Nenhum deles tivera experiência, ou mesmo contato, com algum tipo de trabalho artístico ou artesanal mais delicado. O mais sagrado de todos os objetos era a Arca. Besaliel era o principal trabalhador na construção da Arca, e realizou essa tarefa com o maior cuidado e atenção.
Bezaleel é o maior artífice do velho Testamento. Investido pelo Espírito Santo fez, juntamente com Aoliabe, todos os utensílios do Tabernáculo. Com habilidade incomum, trabalhou o ouro e a prata, o bronze e a madeira.
Dos planos que lhe passou Moisés, produziu uma obra mais do que admirável. Decorridos tantos séculos, ainda perguntamos: “Como pode Bezaleel produzir as peças do tabernáculo com tanta perfeição, se naquele tempo não havia tantos recursos como hoje? Se a tecnologia ainda estava a ensaiar seus primeiros passos?”
Não nos esqueçamos, entretanto, que a capacidade de Bezaleel não vinha dele. Era originaria do Espírito Santo que continua a capacitar-nos a realizar os trabalhos mais difíceis e as mais espinhosas tarefas. Vamos, pois, nos entregar inteiramente nas mãos de Deus para que, à semelhança de Bezaleel e Aoliabe, possamos ser úteis ao reino dos Céus.
O Espírito Santo capacita
A história de Bezaleel:
Não temos muito a dizer acerca de Bezaleel. Filho de Hur pertencia à tribo de Judá. Quando da peregrinação do povo de Israel pelo deserto, foi chamado pelo próprio Senhor para encarregar-se do fabrico dos utensílios do tabernáculo (Ex 31.2).
Embora não tenhamos outros dados biográficos de Bezaleel, abemos que ele foi um poderoso instrumento nas mãos do Senhor. Porque tudo o que fez, contou com o aval do santo Espírito.
Se confiarmos igualmente no Senhor, ainda que não tenhamos uma nobre ascendência, em seu nome faremos proezas. Na seara do Mestre, o mais importante é esquecer-se das possibilidades humanas e apegar-se Àquele que tudo pode.
O ofício de Bezaleel:
Capacitado pelo Espírito Santo, Bezaleel iria trabalhar os mais diferentes materiais para que o tabernáculo, onde estaria representada a glória do Senhor, fosse um local digno de honra. E, assim, o neto de Hur começou a manejar suas ferramentas.
Trabalhou o ouro, a prata, o bronze. Também trabalhou a madeira e as pedras preciosas. Em suas mãos, os mais delicados objetos ganharam, forma e beleza. E todo o Israel orgulhava-se de ter um lugar de culto tão magnifico. Como não se extasiar diante da beleza do altar do incenso e da arca do concerto? Da mesa da apresentação e do altar do holocausto.
Quando o Espírito Santo nos investe do seu poder, tornamo-nos capazes também de desempenhar as mais delicadas funções no Reino. Se alguém tem falta de sabedoria, recomenda Tiago, peça-a a Deus.
É o Senhor quem nos abre o entendimento para compreendermos sua Palavra e expor todos os seus mistérios. É o mesmo Senhor quem inspira os cânticos e as poesias. Sem Ele, nada podemos fazer!
O companheiro de Bezaleel:
Apesar de sua capacitação, Bezaleel não trabalharia sozinho. Como seu companheiro, designa o Senhor a Aoliabe. Desta vez, entretanto, era o próprio Bezaleel quem prepararia o novo artífice, Bezaleel revelou-se um excelente professor.
E, dentro de pouco tempo, ambos estavam executando dificílimas tarefas. Como é grato o trabalho onde há união e confiança! O Senhor deseja de igual modo que compartilhemos nossas experiências e avanços. Caso contrário, jamais teremos obreiros preparados e que saibam manejar com perfeição a Palavra da Verdade.
Acaso não agiram assim Moisés, Samuel e Paulo? Moisés soube preparar Josué para introduzir os israelitas na Terra de Promissão, Samuel, não obstante pesaroso, ungiu a Saul como o primeiro rei de Israel.
Com muito carinho e paciência, Paulo deixou obreiros, valorosos e fiéis, em vários continentes. E, o que dizer do próprio Cristo? Soube fazer daqueles rudes galileus, grandes pescadores de homens.
Vamos, portanto, preparar melhor nossos obreiros. Ensinemo-lhes os segredos deste ofício maravilhoso. Compartilhemos com eles nossas dores e também alegrias. Vamos conscientizá-los de que, em Cristo, nosso trabalho não é vão.
O Espírito Santo capacita os Obreiros
Foi no dia de Pentecoste que os discípulos receberam diversos dons ministeriais que os transformaram em grandes campeões de Deus. Sem aquele batismo de fogo, jamais teriam capacidade para revolucionar o mundo.
O apóstolo Pedro, por exemplo, com o seu sermão, ganhou três mil almas e inaugurou uma era de poder e milagres que só será encerrada quando Cristo voltar. Mas tarde, sob a mesma unção, Paulo evangeliza o férreo império. Pequenos e grandes ouvem a sua voz e conscientizam-se de que não existe nenhuma mensagem mais poderosa do que a da cruz de Cristo.
Eis o que o apóstolo diz em sua Epístola aos Efésios: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12).
Desta forma, mune-se a Igreja de Cristo com os obreiros necessários para que os santos não percam o vínculo de sua perfeição. Os obreiros, portanto, nada podemos fazer se não contarmos com a unção do Espírito.
À semelhança de Bezaleel e Aoliabe, os apóstolos necessitam de capacitação espiritual para abrir novas frentes de trabalho. Sem essa mesma capacitação, os profetas jamais poderão entregar os recados de Cristo.
Se os evangelistas prescindirem do auxilio do Espírito, não ganharão uma alma sequer. E o que dizer dos pastores? Sem a orientação do santo Preceptor, não passariam de mercenários.
Paulo ainda dá outras duas listas de dons ministeriais. Uma se encontra em 1 Co 12.28: a outra acha-se em Rm 12.6-8. É com estes dons maravilhosos que o Senhor Jesus tem capacitado seus Bezaleéis e Aoliabes para a grande tarefa da atual dispensação.
Nesta última década do milênio, carecemos mais do que nunca de homens que possuam verdadeiramente os dons ministeriais. Afinal de contas, estamos em plena Década da Colheita.
Ministros – Labaredas de Fogo
Os ministros de Deus são ‘labaredas de fogo’. Ele quer que todos os homens e mulheres estejam em chamas. O seu desejo não é apenas que sejamos salvos do pecado, mas que estejamos ardendo em fogo espiritual. O Espírito Santo é dinamite e fogo na alma do crente.
Ele deseja que tenhamos o poder do trovão do raio. O Espírito Santo é o raio. Ele atinge os homens com a convicção, mata-os para o mundo e os faz reviver em Cristo. Eu coloquei tudo no altar, entreguei ao Senhor tudo pelo que havia esperado e desejado.
Então, quando orei, o fogo desceu e Deus me santificou e tornou-me santo. Depois fui para a casa e disse: ‘Tenho outra religião’. Na verdade, não era outra religião. O velho Ismael fora expulso, e a natureza carnal, destruída. Deus encheu-me de amor, fechou a porta e deixou-me naquele estado.
E nada podia entrar, senão o amor” (SEYMOUR. Devocional: O Avivamento da Rua Azusa. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.139-40). Que estejamos prontos como instrumentos disponíveis a serem usados na maravilhosa obra de Deus.
A relevância da Oferta
A Oferta de Manjares (Levítico 2) – Esta oferta significa no hebraico um “dom” (no latim “Donatio”). Era oferta sem sangue e nos apresenta os símbolos da pessoa e caráter de nosso Senhor Jesus Cristo.
Logo após o Senhor escolher estas pessoas, a palavra nos diz que ele moveu novamente o espírito e coração do povo, mas dessa vez para levantarem uma oferta ao senhor, para o tabernáculo obra da tenda da congregação- essa oferta era todo material necessário na construção do santuário de Deus, que em todos os aspectos deveria comunicar a santidade e a presença viva de Deus ao povo.
Para todo o serviço- essa oferta foi levantada pelo Espírito de Deus para sustentar todo processo de trabalho e construção do tabernáculo de Deus, ou seja para sustentar o trabalho em si. E para as vestes santas(êxodo 35 v-20-21) –Essa oferta era destinada a confecção das roupas que os sacerdotes, usariam no ministério (roupas consagradas ao ministério, que deveriam simbolizar a pureza e a santidade de Deus).
Em êxodo 35 v-27-28 nós vemos que os príncipes, ou seja os líderes e representantes, de cada uma das doze tribos de Israel, Deus moveu o coração deles para ofertarem pedras preciosas, para afixa-las nas vestimentas do sumo sacerdote, e da arca do concerto; No peitoral que o sumo sacerdote usava, haviam fixadas doze pedras preciosas, gravadas como um selo com o nome das doze tribos de Israel, elas nos falam simbolicamente de fundamentos, alicerces, nobreza e majestade que Deus queria e quer dar ao seu povo, uma vida espiritual firme e majestosa perto do coração dele.
Eles também trouxeram especiarias, azeite para a luminária, e para o óleo da unção, também especiarias para o incenso aromático que o sacerdote queimava no altar; Simbolicamente as especiarias nos fazem lembrar, que os cristãos devem ser a diferença onde vivem, o azeite fala de vida de oração a Deus, de consagração de busca de Deus, e o incenso aromático fala de adoração e relacionamento com Deus; Tudo isso o Espírito Santo moveu para que fosse ofertado pelos líderes do povo.
Depois disso todo o povo, tanto homem quanto mulher , levaram aos pés de Moisés servo de Deus ofertas voluntárias ao Senhor. Ofertando todo o povo Deus comunica ao seu servo Moisés, que por sua vez comunica ao povo oralmente – http://artesateliemafra.blogspot.com/2013/09/o-chamado-de-um-artista-bezaleel
Os Dons Manifestados
1 – Coríntios 12.7 e 11 – “A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. (…) Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.”
Os Dons Espirituais são capacitações divinas, concedidas àqueles que o temem e querem realmente servi-lo. Estes dons (capacitações) são distribuídos entre o povo de Deus pelo Santo Espírito, para serem usados para propósitos espirituais, visando uma contribuição relevante e significativa na obra da edificação da Igreja, que é o Corpo Espiritual de Cristo.
Cada crente possui pelo menos um dom espiritual, logo, cada crente é um ministro (servo). Deus nos concede estes dons ou capacitações, para melhor servirmos uns aos outros.
Uma grande prova do uso correto dos Dons Espirituais é o resultado que redunde na glória de Deus e na edificação de outros, com isso proporcionando também a edificação daquele que serve.
Quando verdadeiramente desejamos servir a Deus, Ele mesmo nos orienta para aquilo que de melhor podemos fazer para glorificá-lo, e deste modo também edificar a igreja.
Administração ou Governo – Apostolado – Artesanato ou Habilidades Manuais – Auxílio ou Serviço ou Ministério – Conhecimento – Comunicação Criativa ou Louvor – Contribuição ou Liberalidade – Cura – Discernimento – Encorajamento ou Consolo – Mestre ou Ensino – Evangelismo – Fé – Hospitalidade – Intercessão – Interpretação – Liderança – Línguas – Misericórdia ou Compaixão – Milagres – Profecia – Pastorado – Sabedoria – Textos de Referência: 1 Co. 12.8-10,28; Rm. 12.6-8; Ef. 4.11; 1 Pe. 4.9-10; Ex. 31.3; 1 Tm. 2.1-2; Salmo 150.3-5. http://www.ebdonline.com.br/estudos/dons.htm
O propósito dos Dons: O aperfeiçoamento dos santos – Para a obra do ministério – Para edificação do corpo de Cristo – Para chegar a unidade da fé(Ef 4:13). Para chegar ao conhecimento do filho de Deus – Para chegar à estatura de varão perfeito.
“Cultive a disposição de compartilhar com os outros.
Os dons são manifestos quando as pessoas têm a expectativa de ouvir um recado de Deus, quer através das Escrituras, dos cânticos ou de um sussurro suave. Ensine-as a ouvir a voz de Deus. Ofereça aplicações práticas com exemplos pessoais e da vida de outras pessoas. Quando os dirigentes determinam um horário para compartilhar os dons, eles mesmos devem ter uma bênção para contar.
Não deixe que ninguém diga, depois de longo período de silêncio: ‘Ninguém ouviu um recado de Deus’. Pelo contrário, devemos dizer: ‘Permaneçamos na presença do Deus que nos inspira reverência, e, se alguém tiver uma bênção para contar, fale’.
Chegue, então, a um término positivo, contando aos demais as impressões de Deus sobre você. Como líder, esteja disposto a compartilhar. Seja um exemplo de semelhante expectativa” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.492).
Cabe a nós, crentes fiéis em Jesus Cristo, buscar os dons para realizar o serviço da agência do Reino de Deus na terra, a igreja, com a única e suficiente finalidade de edificar esta mesma igreja – Corpo de Cristo, conforme: 1 Co 14.12, – “Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja.”
O Espírito Santo capacita a Igreja
No capítulo 12 da 1ª Epístola aos Coríntios, discorre Paulo acerca dos dons espirituais. Nesta relação, deparamo-nos com três categorias de dons que desde o Pentecoste, têm capacitado milhões de homens e mulheres a desempenhar as mais diversas funções na Igreja de Cristo.
Os dons verbais:
Através do dom de línguas, de interpretação e de profecia, a Igreja de Cristo fala sobrenaturalmente. Com as línguas estranhas, o crente fala sobrenaturalmente. Com as línguas estranhas, o crente ora em espírito e é fortalecido, e a sua comunhão é estreitada com o Senhor.
Mas, se no momento em que falamos línguas, alguém as interpretar, então, temos uma mensagem profética. Finalmente, temos o dom da profecia que tem tríplice finalidade: consolar, edificar e exortar. Aos desorientados coríntios, recomenda o apóstolo a procura dos melhores dons, principalmente o de profetizar.
Os dons de inspiração:
Por intermédio destes dons, a Igreja de Cristo conhece sobrenaturalmente. Se algum fato precisa ser revelado, manifesta-se o dom da ciência. Se algum problema difícil precisa ser resolvido, entra em ação a palavra da sabedoria.
E, se não sabemos se determinada manifestação procede de Deus, contamos com o dom de discernir Espíritos. Que o Senhor continue a capacitar mais Bezaléeis com esta categoria de dons.
Os dons de poder:
Finalmente temos os dons de poder. Por meio dos dons de curar, da fé e da operação e milagres, a Igreja de Cristo age sobrenaturalmente. Não podemos desprezar estes dons, pois são uma prova bastante palpável de que o Senhor Jesus Cristo ainda está a operar em nosso meio.
Lembre-se de que o Senhor prometeu: “Estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16.17). Busquemos também estes dons para que a Igreja de Cristo jamais deixe de operar de forma sobrenatural. Lições Bíblicas (Jovens e Adultos). Editora: CPAD. Trimestre: 3º/ 1991. Comentarista: Adilson Farias Soares – Tema Central: Personagens do Antigo Testamento – Páginas: 24 – 26
Conclusão
Portanto, não podemos nos mostrar negligentes ao buscar os dons de Deus, estamos no fim dos tempos.
A igreja de Cristo precisa de homens e mulheres verdadeiramente poderosos e que exerçam os dons concedidos pelo Cordeiro.
Onde estão os nossos Bezaleéis? Onde estão nossos Oaliabes? Na Seara do Mestre, há lugar para todos trabalharem. Basta apenas disposição e coragem.