A Igreja de Cristo

A Igreja de Cristo

A Igreja de Cristo

A Igreja, o conjunto de todos os salvos em Cristo, foi edificada por Jesus para anunciar a salvação em Cristo e triunfar sobre o pecado, a injustiça e o mal.

Texto Bíblico (1 Coríntios 12.12-20,25-27)

Neste artigo você estudará sobre:

O que é a Igreja

Definição.

A palavra “igreja”, no grego, ekklēsia, significa “chamados para fora”.

Originalmente, os cidadãos de uma cidade eram chamados mediante o toque de uma trombeta, que os convocava para se reunirem como assembleia em determinado local, a fim de tratarem de assuntos comunitários.

Da mesma forma, a Igreja é um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo, para formar um povo seleto, especial, pertencer a Deus e servi-lo (1Pe 2.9,10; 1Ts 1.9).

A visão cristológica da igreja

Certa ocasião, Jesus interrogou os seus discípulos acerca do que as pessoas pensavam a respeito dEle. Após ouvir suas várias respostas, o Mestre lhes fez uma derradeira pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15).

Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, respondeu-lhe imediatamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). A partir desta resposta, Jesus fez uma enfática declaração revelando aos seus discípulos a edificação, a jornada e o futuro da sua Igreja na Terra.

O Senhor afirmou a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).

Quando o Mestre enunciou: “edificarei a minha igreja”, identificou-se como seu Arquiteto, cuja edificação estender-se-ia até “à consumação dos séculos” (Mt 28.20).

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O fundamento sobre o qual Ele edifica a Igreja está indicado nas palavras do texto: “sobre esta pedra”. A pedra não se refere a Pedro e, sim, à verdade que este acabara de afirmar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).

Jesus não disse: “sobre ti edificarei a minha igreja”, mas declarou que sobre a confissão revelada pelo Espírito Santo a Pedro, a igreja seria edificada.

O próprio Pedro afirma que Jesus é a Pedra sobre a qual a Igreja é edificada — “pedra angular, eleita e preciosa” (1Pe 2.5; At 4.11).

A referência a Cristo como a “pedra angular” (1Pe 2.5 — ARA), figura um edifício construído com pedras espirituais, isto é, vidas regeneradas ao longo da existência da Igreja na Terra (1Co 3.9; Ef 2.22).

A Igreja de Cristo é Indivisível

A Igreja não é constituída por cimentos, tijolos e ferros, mas por aqueles que experimentaram o novo nascimento e amam a Jesus de todo o coração.

O valor da Igreja não é resultado de sua arquitetura, de suas obras sociais ou da quantidade de filiais que possui, mas do precioso sangue de Cristo.

Embora classificada em universal e local, a Igreja de Cristo é apenas uma. É um só corpo constituído por membros de todas as nações, raças e línguas.

A verdadeira Igreja de Cristo é indivisível – pois não há duas Igrejas de Cristo -; militante, porque é composta por todos os salvos vivos; triunfante, visto ser caracterizada por aqueles que já se encontram na glória com o Senhor.

Essas verdades são bálsamos para a vida de cada cristão, pois veremos na glória àqueles que, triunfantes, partiram para estar para sempre com o Senhor.

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Enquanto não alcançamos essa gloriosa promessa, nós, os crentes militantes em Cristo, seguimos a nossa marcha triunfal até o maravilhoso encontro com o Senhor da Igreja. Exaltemos, pois, a Jesus que nos resgatou e constituiu-nos seu corpo místico!

As Sagradas Escrituras empregam diversos símbolos com o intuito de descrever a natureza, caráter e missão da Igreja.

Como já é de seu conhecimento, um símbolo é uma figura literária que apresenta uma verdade moral ou religiosa por meio da correspondência entre a figura e o conceito por ela representada.

As dimensões da Igreja de Cristo na Terra

Universal

A Igreja universal é o conjunto de todos os salvos em Cristo. É citada no Novo Testamento no singular — “igreja” — nos textos de At 20.28; 1Co 12.28; Ef 1.22; 5.27; 1Tm 3.15; Hb 12.23.

No plano eterno de Deus, a Igreja universal foi arquitetada por Ele antes da fundação do mundo (Ef 1.4,9,10), e, tem um caráter geral porque inclui todos os cristãos remidos por Cristo, dentre todos os povos.

Local

A palavra igreja, em sentido literal, abrange o conceito de “congregar” e “reunir”, pois se trata da reunião dos fiéis em um local específico.

A Bíblia emprega o plural “igrejas”, a fim de referir-se às igrejas locais (At 9.31; 16.5; Rm 16.4; 16.19; 2Co 8.1; Gl 1.2).

No entanto, quando o termo está no singular, cita-se a região na qual a igreja local encontra-se (At 14.23; Rm 16.1; 1Co 1.2; 4.17; 1Ts 1.1).

A perspectiva local da igreja fortalece o fato de que o trato e relacionamento de Deus com ela não é só universal, mas local, congregacional e direto.

Tipos da Igreja

A Igreja de Cristo é apresentada de diferentes formas pelos escritores sagrados, mostrando-lhe a natureza, a missão e os recursos com os quais foi dotada pelo Senhor.

  1. Virgem imaculada. Tendo em vista a sua pureza e candura, provenientes do sangue vertido por Cristo, o apóstolo Paulo denomina-a uma virgem imaculada (2Co 11.2).
  2. Esposa do Cordeiro. A igreja é assim conhecida, em virtude da aliança que o Senhor Jesus com ela estabeleceu por intermédio do sangue do Novo Testamento (Ap 21.9).
  3. Corpo de Cristo. Sendo o Filho de Deus a sua cabeça, a igreja é conhecida como o Corpo de Cristo, pois dEle recebe toda orientação e governo (1Co 12.27).
  4. Edifício. Edificada por Deus através de Jesus, tem ela como fundamento a doutrina dos apóstolos e dos profetas (1Co 3.9).
  5. Nação santa. Separada do mundo e consagrada para o serviço de Deus, a Igreja é assim vista pelo apóstolo Pedro (1Pe 2.9).
  6. Castiçal. Luz do mundo, tem a Igreja como missão acabar com as trevas espirituais e morais deste mundo (Ap 1.20).
  7. Israel de Deus. Já que Abraão é o nosso Pai na , somos hoje o Israel de Deus. Afinal, a parede que nos separava da comunidade espiritual dos hebreus foi derribada (Gl 6.16).
  8. Universal assembleia. Refere-se o apóstolo à Igreja de Cristo como universal e invisível (Hb 12.22).
  9. Família de Deus. Sendo os crentes filhos de Deus por adoção, reunimo-nos, todos os que aceitaram a Cristo, como a família de Deus (Ef 2.17-22)”.
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(ANDRADE, C. Verdades centrais da fé cristã. RJ: CPAD, 2006, p.209-10.)

A Igreja e Cristo

“Precisamos nos identificar primeiro com o Senhor Jesus Cristo parecer com Ele no amor, no trato com as pessoas, nas estratégias de trabalho, no aproveitamento das oportunidades, no uso de autoridade para libertar os oprimidos e na compaixão pelas pessoas. Enfim, identificar-se com Cristo é ser parecido com Ele no projeto de transformar o mundo […].

Precisamos também de identificação entre nós mesmos, ou seja, precisamos entender e praticar o que é ser Igreja. Não me refiro a uma comunidade com estatuto e CGC, endereço e liderança, que faz o que quer, como quer e quando quer.Uma comunidade burocrática e fria, cheia de deveres e direitos, sem vida nem poder.

Atenção

Igreja não é um lugar onde uma multidão ali chega triste e sai vazia. Nem tampouco um meio através do qual se possa ganhar dinheiro, explorando-se a boa fé alheia. Igreja não é uma facção dividida por um grupo de radicais e outro de liberais, onde só há confronto e não há vida.

Igreja não é lugar de promessas mirabolantes, mas um lugar de vida onde Jesus se manifesta, onde há sinceridade, onde acontecem maravilhas, onde o amor tem liberdade de atuar, onde há comunhão e onde há poder” (FERREIRA, Israel Alves. Igreja Lugar de Soluções: Como recuperar os enfermos espirituais, 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.12-13).

“A fim de enfatizar e visualizar a relação viva dos crentes com o Cristo, a Bíblia o apresenta como o ‘cabeça’ da Igreja, e a Igreja como seu ‘corpo’ (1Co 12.27; Ef 1,22,23; Cl 1.18). Há várias razões para esta analogia.

A igreja é a manifestação física – visível – de Cristo no mundo, a fazer seu trabalho, tal como chamar os pecadores ao arrependimento, proclamando a verdade de Deus às nações e preparando-se para as eras vindouras.

A Igreja também é um corpo, composta de um arranjo complexo de diversas partes, cada qual discreta, cada qual recebendo do Cabeça, cada qual com seus próprios dons e ministérios, contudo, todos necessários à obra de Deus por vir (Rm 12.4-8; 1Co 6.15; 10.16,17; 12,12-27; Ef 4.15,16). (MENZIES, Wiltiam W.; HORTON, Stanley M, Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.134-35).

A Organização funcional da Igreja

A organização administrativa da igreja.

A Igreja é tanto um organismo espiritual quanto uma organização que necessita do trabalho de pessoas nos vários órgãos funcionais da igreja local.

Organização funcional da igreja refere-se à administração dos recursos materiais e humanos de que ela dispõe, para que não haja interrupções no seu crescimento quantitativo e qualitativo.

A organização ministerial da igreja.

Esta forma de organização diz respeito ao governo da igreja local através de homens vocacionados e capacitados por Deus para o exercício do santo ministério eclesiástico. Ao longo da trajetória da igreja, temos várias formas de governo eclesiástico: local, distrital, regional e nacional.

Por meio do Novo Testamento, verificamos que a autoridade administrativa e espiritual da igreja local é competência do pastor. Todos os demais cargos e funções submetem-se à autoridade pastoral. Na igreja também há cargos de caráter espiritual, conforme expõe a Escritura em Ef 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.

A organização espiritual da igreja.

Essa organização refere-se, essencialmente, à sua liturgia. Trata-se da ministração do culto, da adoração coletiva, das ordenanças deixadas por Jesus, como a Ceia do Senhor e o batismo em águas (Mt 28.19,20; Lc 22.16-20).

Mesmo que não haja uma forma prescrita e específica de liturgia dos cultos, devemos primar em manter os princípios ensinados por Jesus, no sentido de promover a comunhão com Deus e com os irmãos.

Na realização do culto, deve-se evitar tanto o formalismo que engessa a liberdade da adoração a Deus em “espírito e em verdade” (Jo 4.23,24), quanto à espontaneidade individual sem limites, que vulgariza e profana o “culto racional” que devemos prestar continuamente a Deus (Rm 12.1; Sl 95.1-6).

Conclusão

Contudo, Igreja não é apenas uma organização, mas um organismo vivo e divino que tem como encargo precípuo a salvação dos pecadores e a congregação dos salvos a caminho da glória.

A Igreja não é obra humana (Mt 16.18), mas criação especial de Deus mediante Cristo, seu Filho Amado. Jesus, como cabeça da Igreja (Ef 1.22,23), amou-a e se entregou por ela (Gl 2.20).

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