Sal da terra e Luz do mundo

Sal da terra Luz do Mundo

Sal da Terra e Luz do Mundo

 Jesus chamara seus discípulos para serem pescadores de homens (Mt 4.19). Ele quer que sejam, também, o sal da terra e a luz do mundo: ‘Vós sois o sal da terra’ (v.13). O Mestre proferiu essas palavras afastado das multidões (v.1), mas com o alvo de abençoá-las por intermédio daqueles a quem ensinava. A relevância cristã é um imperativo para todos os chamados a exercer influência neste mundo corrompido.

Texto Bíblico (Mateus 5.13-16)

Os relevantes efeitos do Sal

O sal nos tempos antigos.

Eu me alimento das mãos de Deus

Jesus tornava compreensível o seu ensino mediante o uso de recursos simbólicos comuns ao contexto de seus ouvintes (cf. Mt 18.11-13). Assim, Ele trata da relevância cristã, no Sermão do Monte, aludindo inicialmente ao sal, largamente utilizado em todos os estratos sociais nos tempos antigos (cf. Ed 7.21,22; Mc 9.50; Cl 4.6).

Entre outras formas de uso, destacava-se a sua função monetária nas transações comerciais. É tanto que o termo salário deriva do latim salarium , que significa “dinheiro de sal”, como parte do pagamento aos soldados romanos. Jesus, portanto, contextualiza a sua mensagem, utilizando um símbolo comum aos discípulos para que eles compreendessem a importância de sua vida de retidão em meio à sociedade corrupta.

O valor médico do sal.

Para além do valor nutritivo do sal, principalmente quanto ao sabor dos alimentos (cf. Jó 6.6), há que se considerar, também, o seu elevado valor medicinal. Enquanto o consumo excessivo traz prejuízos ao organismo, a abstenção absoluta e continuada provoca danos à saúde, daí porque o crente não só tem que tornar suas ações espiritualmente palatáveis, no ambiente em que está, como também precisa exercer papel restaurador entre os doentes (cf. Is 61.1; Lm 1.16).

O poder de preservação do sal.

Todavia, o que mais se destaca, no sal, quanto à relevância do crente no mundo, é o seu poder de preservação. Nos tempos antigos, e até mais recentes, este era o recurso para evitar a deterioração dos alimentos perecíveis, de modo que podiam ser ingeridos a qualquer tempo, sem a perda de seus valores nutricionais. Ora, o mundo não está pior porque as ações do crente submisso ao Espírito Santo contribuem para evitar a sua deterioração (cf. 2Ts 2.1-8).

Os relevantes efeitos da Luz

A luminosidade da luz.

Outro símbolo de forte impacto empregado por Jesus foi a luz. Eis algumas lições que podem ser extraídas: a) a escuridão não consegue jamais prevalecer ante a luz. Quando esta chega, as trevas desaparecem; b) por outro lado, a ausência absoluta de luz permite que a escuridão prevaleça em termos absolutos de modo que nada fica visível aos olhos humanos. Por isso, a afirmação peremptória do Mestre: “Vós sois a luz do mundo” (v.14). Ou seja, o meio de os homens conhecerem na prática a verdade divina é através do testemunho de cada crente.

A visibilidade da luz.

Pela sua própria natureza a luz tem, ainda, visibilidade. Haja vista os faróis marítimos construídos junto à costa para orientar os navios. Estes, ao contemplá-los, são capazes, mesmo à distância, de ajustar o seu posicionamento na região costeira. Ora, Jesus afirmou que não se põe a candeia debaixo do alqueire (v.15). Visibilidade é a conotação desta assertiva. Isto posto, onde o crente estiver a visibilidade positiva de sua tem o efeito de atrair outros a Cristo.

A necessidade da luz.

O fato de estarmos acostumados à luz, por outro lado, leva-nos muitas vezes a não compreendê-la como algo essencial à vida. Só quando desaparece damos conta da sua real importância. As plantas, por exemplo, sobrevivem porque metabolizam substâncias orgânicas através da energia oriunda da luz do sol. Na verdade, a Terra depende da energia solar para a sua sobrevivência. Isto significa que só a presença de Cristo — o sol da justiça — é capaz de pôr ordem no mundo e permitir que os crentes reflitam o brilho dessa luz para trazer vida aos que os cercam (cf. Jo 8.12).

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A importância do Sal para a nossa sociedade

A declaração de Jesus sobre a importância do sal, nos leva a refletir vários aspectos dos benefícios que o sal pode nos trazer. O sal (cloreto de sódio) é um dos mais preciosos alimentos que se tem conhecimento. As nossas células precisam dele o tempo todo, pois, o sódio controla as substâncias que entram e saem dentro delas, ingerindo de 6 a 8 gramas de cloreto de sódio por dia (um pouco mais de duas pitadas) conseguimos manter o equilíbrio do corpo, isto é, um balanço ideal dos nutrientes e de água dentro das células, sem o sódio o organismo não conseguiria reter líquidos e as células perderiam seu volume normal.

O sal tem um função importantíssima, que é de conservar os alimentos, principalmente carnes e peixes , o sal com a interação com o sol , tem o poder de desidratar os alimentos ,ao absorver a água ,impede a proliferação de bactérias, pois, elas precisam de umidade para sobreviver ,a exemplo o bacalhau ,que sem refrigeração, tem prazo de validade longo.

O sal pode representar pela sua imagem, porém , se estiver misturado com elementos impuros e estranhos ,perderá a sua propriedade ,na palestina o sal vinha das costas do Mar Morto, e muitos viajantes da época confirmavam, que dependendo de certas condições, ele perderia o sabor, ou seja, mantinham aparência de sal ,porém, perdiam seu caráter.

O sal também era usado nos ritos dos sacrifícios, porém ,os que continham impurezas misturadas eram lançados nos degraus e declives ao redor do templo ,para impedir que o terreno se tornasse escorregadio, dá-se o motivo de serem pisados.

Eu me alimento das mãos de Deus

Aplicação : Assim como o sal é capaz de nutrir nossas células humanas, como igreja devemos nutrir nossa sociedade ,a fim ,de gerarmos vida aos que já perderam as esperanças ,pessoas, que não querem mais viver, estamos vendo um alto índice de suicídio na sociedade ,de acordo com a fonte CNN BRASIL, Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam que o número de suicídios no Brasil em 2020 foi de 12.895, com variação de apenas 0,4% em relação a 2019, quando foram registrados 12.745 casos. Os estados que apresentaram maior número, repetindo o ano anterior, foram São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre, nessa ordem.

– Como igreja de Cristo, somos influenciadores do bem, que possamos perseverar em ganharmos almas para Cristo e conservá-las até a vinda do Senhor, cumpramos a missão pela qual fomos enviados, para não nos tornarmos inúteis perante a grande Obra de Cristo. Autor : Pastor Leopoldo Jansen – http://ujucasp.org.br/site/2020/02/07/o-sal-da-terra-e-a-luz-do-mundo-mateus-513-16/.

“Se quisermos restaurar o nosso mundo, em primeiro lugar devemos nos libertar da noção confortável de que o cristianismo é uma mera experiência pessoal, que se aplica somente à vida privada de alguém. ‘Nenhum homem é uma ilha’, escreveu o poeta cristão John Donne. Mas um dos grandes mitos de nossos dias é o de que nós somos ilhas — que as nossas decisões são pessoais e que ninguém tem o direito de nos dizer o que fazer nas nossas vidas particulares. Nós nos esquecemos facilmente de que cada decisão particular contribui para o ambiente moral e cultural em que vivemos […]. Os cristãos são salvos não apenas de alguma coisa (o pecado), mas também para alguma coisa (a soberania de Cristo sobre toda a vida).

A vida cristã começa com a restauração espiritual, que Deus opera pela pregação da sua Palavra, da oração, da adoração e do exercício dos dons espirituais em uma igreja local. Este é apenas o começo indispensável, pois somente a pessoa redimida pode ser cheia do Espírito de Deus e pode verdadeiramente conhecer e realizar o plano de Deus.

Mas então devemos proceder à restauração de toda a criação de Deus, o que inclui as virtudes privadas e públicas; a vida pessoal e familiar; a educação e a comunidade; o trabalho, a política e a lei; a ciência e a medicina; a literatura, a arte e a música. Este objetivo redentor permeia tudo o que fizermos, porque não existe uma linha divisória invisível entre o que é sagrado e o que é secular. Devemos trazer ‘todas as coisas’ sob a soberania de Cristo” (COLSON, C.; PEARCEY, N. O Cristão Na Cultura de Hoje. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, pp.36,37,39,40).

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Sal e Luz

Jesus disse a seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. Com estas duas comparações, Jesus chama sua gente para o trabalho de evangelizar o mundo através da prática da sua palavra.

O sal dá sabor aos alimentos e também é usado para impedir a putrefação de muitos deles. Pois estas duas utilidades também emanam da palavra de Jesus contida em seu Evangelho, porque ela dá sabor à vida, tornando-a bela, mais amena e agradável, e isto é o que se experimenta quando há amor e paz no ambiente em que se vive, exatamente o amor e a paz que o Cristo pregava.

Ao contrário do que muitos pensam incautamente, ou por desconhecimento, o Evangelho de Jesus não é uma tábua de proibições, prescrições contrárias ao que agrada aos homens e mulheres deste mundo, até porque Deus, criador desta gente, à qual deu a liberdade do livre arbítrio, não iria, na contramão, escravizá-la com impedimentos para fazer o que deixou aberto para ser feito e usufruir. O que está na contramão é o pecado, que sempre violenta de algum modo o amor e causa a desunião.

Realmente, o Evangelho, que significa “boa nova”, é o ensinamento para bem viver este mundo e a vida pessoal e social de cada um, projetando amor e paz para todos. E, se isto acontecer, haverá alegria e satisfação, tanto quanto o sal melhora o sabor dos alimentos. Ao mesmo tempo, com este bem viver as pessoas estarão evitando a podridão espiritual em que muitos caem e que os leva à destruição aqui mesmo nesta vida, a qual, para estes, fica insossa e irremediavelmente decadente. E os comandados de Jesus não devem ser o sal apenas para si próprios e dentro das suas almas, pois sua conduta deve servir de farol para quem os rodeia, dando o exemplo de como se deve agir e mostrando, com a alegria que têm, as benesses desse bem agir.

– Nenhum farol serve se ficar apagado, assim com nenhuma lâmpada tem serventia se ficar escondida e não se projetar sobre o ambiente escuro em que é acesa. Não se deixa um farol inutilmente desligado ou uma lâmpada sem sua única utilidade. Assim também, os seguidores de Jesus não devem se esconder do mundo, nem devem ter vergonha ou receito de mostrar a quem os rodeia como vivem e como são felizes. Ao contrário, sem se julgar melhores ou se jactarem do que são, devem fazer como o farol e a lâmpada, ou seja, simplesmente continuarem a ser o que são à vista de todos, porque todos receberão a luz que é projetada dos seus atos e da sua felicidade.

Eu me alimento das mãos de Deus

– Afinal, assim eles estarão imitando seu Mestre, que declarou cristalinamente: “Eu sou a luz do mundo: quem me segue não anda no escuro, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). E aqui ele nos diz também com muita clareza: “Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. http://ujucasp.org.br/site/2020/02/07/o-sal-da-terra-e-a-luz-do-mundo-mateus-513-16/. Dr. Ricardo Mariz de Oliveira.

 “Jesus chamara seus discípulos para serem pescadores de homens (Mt 4.19). Ele quer que sejam, também, o sal da terra e a luz do mundo: ‘Vós sois o sal da terra’ (v.13). O Mestre proferiu essas palavras afastado das multidões (v.1), mas com o alvo de abençoá-las por intermédio daqueles a quem ensinava. Os profetas eram o sal da terra de Canaã; os crentes são o sal de toda a terra, porque devem ir por todo o mundo e pregar o Evangelho.

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Cristo disse que um punhado de discípulos seriam o sal da terra. Os crentes são o sal da terra porque conservam-na na corrupção, dão gosto ao que é insípido, refrescam e purificam ao que dá mau cheiro espiritual. Não se aplica o sal aos animais vivos, mas à sua carne depois de mortos. Cristo quer que seus discípulos sejam o sal da terra porque a sociedade humana está morta e, sem esse sal, estraga-se. ‘Vós sois a luz do mundo’ (v.13): o sal opera no interior da massa; a luz opera no exterior. A ilustração do sal fala do nosso caráter; a luz fala do nosso testemunho.

Note-se que, como Cristo falou primeiro no sal da terra e depois na luz do mundo, assim o caráter precede o testemunho. Em que sentido podemos ser a luz do mundo, quando o próprio Cristo o é (Jo 8.12), e o maior dos profetas testificou que ele mesmo não era? (Jo 1:6-8) A resposta é que brilhamos como luz refletida. Cristo é como o sol que brilha com a sua própria luz. Nós somos como a lua que brilha com a luz espelhada do sol. Cristo não disse no Sermão do Monte: ‘Brilhai diante dos homens’, mas disse: ‘Brilhe a vossa luz…’. ‘Não são chamados para receber honra para si, mas para que Deus seja glorificado’ (Fp 2.14,15)” (Espada Cortante, CPAD, pp.407-409).

Implicações da relevância Cristã

Onde ser relevante.

À luz desses dois ricos símbolos entendemos que o testemunho do cristão de uma vida transformada, reta, justa e altruísta tem que se fazer notar em todos os segmentos da sociedade. Assim como o sal e a luz podem ser encontrados e percebidos desde as mais simples choupanas aos mais esplendorosos palácios, desde uma extremidade à outra, porque são indispensáveis à vida, igualmente requer-se dos salvos uma presença ativa e marcante que faça diferença no mundo e demonstre a excelência do evangelho, que é poder de Deus e salvação para todo o que crê.

Como ser relevante.

A importância vital desses dois símbolos pode ser notada pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor (v.13). Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente (v.14). Partindo daí, há pelo menos três áreas gerais da relevância cristã.

a) A primeira é a do exemplo. Atitudes e atos falam mais alto do que mil palavras (ver 2Co 3.2,3). Quando o nosso comportamento não condiz com o que falamos, de nada adiantam eloquência e verbosidade. A falta de lisura e nitidez em nossas ações levam-nos à perda da credibilidade.

b) A segunda é a do compromisso. Há por aí um evangelho fácil e descomprometido com Deus, com sua Palavra e com a igreja, onde o deslumbramento de práticas ritualistas está de mãos dadas com a superficialidade da fé ao mesmo tempo em que a visão materialista da vida cristã toma o lugar da renúncia exigida por Cristo e vislumbrada nas bem-aventuranças (ver Mt 5.1-12; 16.24-26). Todavia, o compromisso de viver os princípios do Reino com todas as suas implicações é parte da relevância do crente no mundo.

c) A terceira é a do serviço. Há três palavras gregas no livro de Atos fortemente relacionadas à relevância cristã: Martiria tem a ver com a disposição do discípulo de Cristo de dar a própria vida pela causa do evangelho; koinonia define todos os aspectos que envolvem a comunhão entre os crentes, e diaconia  expressa em sua dimensão mais profunda o serviço que os salvos dedicam ao próximo. Servir, portanto, é a decorrência natural quando se experimentam a martiria  e a koinonia .

Conclusão

O sal e a luz são relevantes pelo efeito que exercem. Sem eles não haveria qualidade de vida. Portanto, cada cristão deve ser relevante, isto é, brilhar o máximo por Jesus, primar pela excelência espiritual, realçar a distinção entre o crente e o mundo. Com isto todos perceberão que ser crente é muito mais do que frequentar a igreja. É demonstrar amor pelo próximo na mesma medida de Cristo (Jo 13.34).

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