A Salvação na Páscoa Judaica

A Salvação na Páscoa Judaica

A Salvação na Páscoa Judaica

 A Páscoa, além de ser uma das principais festas Judaicas, é para nós, uma instituição importante, pois nos traz a memória a celebração da libertação do povo de Israel e significados importantes para a nossa Salvação.

Texto Bíblico (Êxodo 12.21-24.29)

Conceito e significado da Páscoa

Do hebraico pesah, que significa “passagem”, e de acordo com Êxodo 12.13,23,27, o termo hebraico significa que o Senhor “passou por cima”, isto é, “pulou as casas israelitas” marcadas com sangue quando o Senhor feriu os egípcios.

A palavra hebraica aplicada no Êxodo traz a ideia de “proteção”, “libertação” e “salvação“. Assim, o significado literário da Páscoa remonta à festa com que os israelitas comemoraram a saída do Egito e a passagem da escravidão à libertação. Da separação à comunhão com o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (Êx 12).

Para os judeus, é o acontecimento mais importante do Antigo Testamento. E para os cristãos, é a história que culmina gloriosamente em o Novo Testamento.

Significado da Páscoa para os judeus.

A primeira ocorrência da Páscoa na Bíblia está registrada em Êxodo 12. O texto remonta o legislador Moisés aspergindo o sangue do cordeiro; para que os primogênitos israelitas não fossem atingidos pelo juízo de Deus reservado a Faraó por meio da morte ;os primogênitos do Egito.

Foi um acontecimento tão assombroso e maravilhoso que os israelitas tinham um compromisso firmado em Lei; para que tal ocorrência fosse passada de geração a geração (Dt 20-23).

A fatídica noite para os egípcios foi o dia de libertação para os judeus; foi quando o povo de Israel viu o grande livramento do Senhor; foi a noite que Deus demonstrou tamanho amor sem medida pela nação escolhida.

Significado da Páscoa para os cristãos.

A revelação progressiva de Deus no Antigo Testamento mostra que o livramento de Israel do Egito era o preâmbulo histórico-divino para a execução do seu plano salvífico.

O sentido da Páscoa atingiu seu significado pleno na crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro pascal. Esse foi dia do grande livramento da humanidade condenada para viver a ira Deus.

Foi a extraordinária ação do amor de Deus, intermédio do seu filho unigênito, provendo livramento para os seres humanos.

Para nós, os cristãos, a páscoa representa a liberdade, o recomeço, o perdão, a segunda chance, a nova vida, a alegria, a paz, a comunhão, a vida com Deus, a vida com o próximo.

O Cordeiro e o Sangue

O cordeiro da Páscoa no Êxodo 12 deveria ser morto e comido na noite da Páscoa, e o seu sangue deveria ser espargido nos umbrais das portas.

O Senhor Jesus Cristo associou a Santa Ceia à festa da Páscoa judaica (Mt 26.17-19). Dessa forma, a Páscoa está tipificando que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7).

O cordeiro a ser oferecido não deveria ter manchas ou defeitos (Êx 12.5) e nenhum osso deveria estar quebrado (Êx 12.45), o que nos mostra que nenhum osso de Cristo seria quebrado em sua morte na cruz.

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O conceito do Cordeiro de Deus foi tão completamente desenvolvido em Isaías 53 que estava claro para os santos do Antigo Testamento que Ele não era outro senão o Servo do Senhor. Parece que Isaías 53 é o capítulo que contém mais referências cruzadas com o Novo Testamento em toda a Bíblia Sagrada.

No primeiro capítulo de seu Evangelho, João registra como João Batista aponta para Jesus como o ‘Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’ (Jo 1.29,36).

Pedro, em sua primeira epístola, diz que Cristo foi o cordeiro conhecido antes da fundação do mundo (1Pe 1.19, 20).

Portanto, o conceito do Antigo Testamento do cordeiro sacrificial revela tipicamente e profeticamente o plano de Deus para oferecer Cristo como o sacrifício propiciatório pelos pecados do homem (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 454).

O Cordeiro

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei.

No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para nós, cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: “morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida”. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

O Sangue

O sangue também desempenhou um papel significativo nas práticas religiosas do Antigo Testamento. Vale a pena observar que o sangue não representava nenhum elemento básico nos sacrifícios. Nem tinha alguma função especial ou significado nos rituais de quaisquer outros povos do antigo Oriente Próximo ou do Mediterrâneo.

O sistema de sacrifícios da lei, baseado nos primitivos sacrifícios de animais do período patriarcal, exigia a morte da vítima em nome do pecador e consistia na aspersão do sangue ainda morno pelo sacerdote como prova de sua morte pela expiação dos pecados (Lv 17.11,12).

Nos sacrifícios, era exigida a morte da vítima para que sua vida fosse oferecida a Deus como substituto da vida do pecador arrependido. Dessa maneira, o pecador era limpo e a culpa era removida (Hb 9.22). Esse cenário forma a base para a presença do sangue de Cristo no Novo Testamento.

O derramamento do sangue de Jesus, na cruz, encerrou sua vida terrena, pois Ele, voluntariamente, ofereceu-se para morrer em nosso lugar, como o Cordeiro de Deus que foi assassinado para nos redimir (1Pe 1.18-20); e a aspersão desse sangue trouxe o perdão de todos os pecados dos homens (Rm 3.25).

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Seguindo o padrão do Dia da Expiação dos judeus (Lv 16), Cristo é o nosso sacrifício expiatório (Hb 9.11-14) e também a nossa oferta pelo pecado (l Pé 1.18,19).

Assim como Moisés selou o pacto entre Deus e a antiga nação de Israel, no Sinai, com a aspersão do sangue (Êx 24.8), também o novo pacto de Jeremias (31.31-34) foi selado pelo sangue de Cristo (Hb 9.14).

Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus falou do cálice como ‘o Novo Testamento [ou aliança]’ no seu próprio sangue (1Co 11.25) (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1758).

O Livro de Êxodo

O livro de Êxodo fala da saída de Israel do Egito e da sua transformação em propriedade peculiar de Deus dentre os povos.

O livro de Êxodo é chamado pelos hebreus de “Shemot”(שמות ), que é a palavra “nome”, com que se inicia a narrativa do livro (Ex.1:1: ” Estes são pois os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa). Alguns hebreus denominam o livro de “We’ele”(ואלה ), que significa “estes são”.

A denominação “Êxodo” foi dada pelos tradutores das Escrituras para o grego (a Septuaginta), uma vez que a mensagem principal deste livro é precisamente a da história da libertação do povo de Israel do Egito, ou seja, a sua “saída” do Egito. A palavra grega “êxodo” quer dizer “saída”.

“O Livro de Êxodo e seu cumprimento no Novo Testamento – A prefiguração da redenção que temos no novo pacto, é evidente em todo o livro de Êxodo. A primeira Páscoa, a travessia do Mar Vermelho e a outorga da lei no monte Sinai são, para o velho concerto, aquilo que a vida, morte e ressurreição de Jesus, e a outorga do Espírito Santo no Pentecoste, são para o novo concerto.

Os tipos de Êxodo que prenunciam Cristo e a redenção no NT são: (1) Moisés, (2) a Páscoa, (3) a travessia do mar Vermelho, (4) o maná, (5) a rocha e a água, (6) o Tabernáculo, e (7) o sumo sacerdote. As exigências morais absolutas dos dez mandamentos são repetidas no NT, para os crentes do novo concerto.”( BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, p.116).

Cristo Revelado

Moisés é um tipo de Cristo, pois ele liberta da escravidão. Arão funciona como um tipo de Jesus assim como o sumo sacerdote (28.1) faz intercessão junto ao altar do incenso (30.1). a Páscoa indica que Jesus é o Cordeiro de Deus que foi oferecido pela nossa redenção (12.1-22).

João afirma que Jesus é o Pão da Vida; Moisés fala de duas maneiras do pão de Deus: o maná (16.35) e os pães da proposição (25.30). João nos conta que Jesus é a Luz do Mundo; no tabernáculo, o candelabro serve como fonte de luz permanente (25.31-40).” (BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, p.64).

Segundo Finnis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Êxodo, o segundo livro da Bíblia, tem 40 capítulos, 1.213 versículos, 1.089 versículos de história, 129 versículos de profecias cumpridas, 2 versículos de profecias não cumpridas, 58 questões, 73 mensagens distintas de Deus, 827 ordenanças, 240 predições, 28 promessas e 35 dos 42 milagres realizados por meio de Moisés. – Segundo alguns estudiosos da Bíblia, o livro de Êxodo corresponde à letra hebraica “bete” (ב), cujo significado é “casa”.

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Cristo, Nossa Páscoa

(Êxodo 12:1-8,11-14)  (I Corintios 5:7).

O autor da Salvação é a nossa Páscoa (Cristo Jesus). De acordo com o calendário civil o ano começa no mês de “Tisri ou Ethanim” (Setembro-Outubro), Israel estaria no sétimo mês do ano “Abibe ou Nisâ” (Março-Abril) que passou a ser o primeiro mês do ano sagrado ficando Tisri em sétimo (Êxodo 12:2) (Levítico 23:5).

Entretanto, na saída do Egito, o Senhor determinou nova contagem dos tempos, considerando o início dos meses do ano, a contar daquele dia em que haveriam de serem libertados.

O ano sagrado, decretado na páscoa, passou a começar no mês de Abibe ou Nisâ (Março-Abril), no Equinócio da primavera. Um novo tempo para Israel. Do mesmo modo, quando alguém é salvo hoje por Cristo, começa uma nova vida: “As coisas velhas ficaram para trás” (II Co.5.17;Ef.4:24).

No dia da libertação, tudo foi feito apressadamente, entretanto, para as gerações futuras, o Senhor determinou que a festa tivesse a duração de sete dias.

Possivelmente isso só poderia ser feito após a partida do Egito. A Páscoa propriamente dita, o cordeiro, que era a vítima estava ali, sobre a mesa conforme o texto básico citado acima. Era um tipo de Cristo.

Símbolo x Realidade

O símbolo foi substituído pela realidade (Mt 26:26). O cordeiro como animal não precisa ser mais imolado, pois Cristo é o cordeiro que tira o pecado do mundo, aleluia! (Jo 1:29).

Em Lucas 22:19, Jesus mandou que o pão fosse comido em memória dele, e não mais o cordeiro em memória á saída do Egito; nem tampouco adoçarmos o paladar com um suposto “ovo da Páscoa”. Além do mais vindo de um Coelho como vergonhosamente ensinam as nossas crianças nas Escolas.

Fujamos das ofertas pagãs deste mundo embriagado pelo consumismo, adormecido pala idolatria, hedonismo, luxúria e o exagerado materialismo.

O que se percebe em relação a comemoração da Páscoa, é uma interpretação errônea dos  textos Bíblicos com a finalidade de lucrarem mais, pois, para muitos é somente isso que importa e nada mais (Co 15:19).

Na Bíblia, a Páscoa não está simplesmente como um evento histórico do povo Hebreu, mas como uma figura de nossa libertação do pecado, do mundo e de Satanás.

Agora podemos celebrar com ousadia a nossa Páscoa, todos os dias, que nada mais é que a nossa vitória em Cristo desde a cruz do calvário quando alguém deveria morrer. E ELE MORREU!

Conclusão

Portanto, após a ressurreição de Cristo todos que o recebem como Salvador e Senhor têm esse direito (de celebrar) que seja Judeu ou Gentio, Glória a Deus!

Cristo nos livrou da escravidão do pecado e da condenação eterna, portanto, exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

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