A sutileza do Materialismo e do Ateísmo

A sutileza do Materialismo e do Ateismo

A Sutileza do Materialismo e do Ateísmo

 Diante de uma sociedade secular e globalizada, precisamos estar atentos ao materialismo, ateísmo e todos os “ísmos” contrários à teologia bíblica. Ante o perigo do materialismo e do ateísmo, os líderes devem instruir os crentes não apenas a respeito de Deus como Criador e Senhor do mundo, mas também sobre a primazia que Ele tem de possuir em nossa vida.

Texto Bíblico (Romanos 1.18-23)

QUE O ATEÍSMO AFIRMA SOBRE:

  • DEUS — Quem? Onde encontrá-lO? Não se deve perder tempo tentando achá-lO.
  • PECADO — Equívoco. Sem consequências espirituais. Se Deus não existe, então o pecado é invencionice humana.
  • O QUE O MATERIALISMO AFIRMA SOBRE:
  • REALIDADE ESPIRITUAL — Não existe.
  • MATÉRIA — É incriada e indestrutível.

O Materialismo e o Ateísmo

O materialismo.

O materialismo, como o termo deixa entrever, parte do falso princípio de que tudo no Universo se reduz à matéria, e que nada existe além desta. Não admite o sobrenatural, como os saduceus faziam no passado (At 23.8). Segundo os materialistas, o Universo com todos os seus infinitos componentes, as inimagináveis complexidades, a assombrosa precisão e detalhes, é incriado; sem nenhuma causa originadora. A Palavra de Deus, repetidas vezes, expõe com clareza como Deus criou e sustentou todas as coisas, como em Gn 1.1; Cl 1.13-17; Hb 11.3; Ap 4.11.

Ora, de acordo com a Palavra de Deus, a Criação é um meio à disposição dos homens para que as coisas invisíveis de Deus, bem como o seu eterno poder e a sua divindade, sejam compreendidas e aceitas como testemunho da sua existência (v.20). Os materialistas e ateus, por estarem vivendo na cegueira espiritual, não conseguem enxergar nada além do mundo físico, apesar de todas as coisas criadas apontarem para sua causa primária, que é Deus (Jó 12.7-9; Sl 19.1-6; Jo 1.3). Além disso, a mente humana quando sincera, sequiosa e partindo de princípios lógicos, requer uma razão da existência do Universo, uma vez que do nada sem Deus, nada surge, nada começa, nada existe (Rm 4.17).

Em sua infinita graça, Deus quer salvar o materialista e o ateu para que ambos o glorifiquem; este é o dever de todo homem. Toda a natureza louva incessantemente ao seu Criador. Já o homem, que pensa ser alguma coisa, não enaltece a Deus. E, assim, vai descendo abaixo do nível dos irracionais. Só lhe resta uma esperança: que conheça a Deus, converta-se a Ele e alegremente o sirva.

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O ateísmo.

O ateísmo é a outra fachada do materialismo. Diversas são as correntes ateístas, mas todas correm na mesma vala da descrença. Enquanto alguns afirmam radicalmente que Deus jamais existiu, outros o veem apenas como um mito que perdeu o seu significado graças ao progresso do conhecimento humano. Os ateus vivem em constante conflito, pois a negação teórica de Deus não condiz com o que pensam ao se defrontarem com a necessidade racional de se crer na existência de Deus, apesar de a negarem verbalmente. Segundo a Palavra de Deus, as consequências dessa incredulidade virão (v.24).

Muitas pessoas aderem ao ateísmo, mas diante do perigo, e das crises e da própria morte, o seu ateísmo confesso desaparece como atesta a história e os depoimentos individuais. Os ateus e agnósticos questionam: “Se Deus é o criador de todas as coisas; se Ele é perfeito, justo e bom, como explicar a existência do sofrimento e do mal?”. O sofrimento e o mal decorrem da queda do homem, que afetou toda a raça humana. Como escreve Mathew Henry, isto acontece sob a permissão de Deus em virtude da obstinada apostasia de suas criaturas. Mas ao fim acaba sendo um instrumento para a realização do seu santo propósito, embora não saibamos como, a exemplo do que aconteceu com Jó (Jó 1.1-22).

OBS: Atribui-se a Tomás de Aquino um pensamento extremamente simples e profundo: “Se todo ser humano sente sede, pressupõe-se que exista água. Se todo ser humano carece de Deus, pressupõe-se que exista um Deus”. A despeito de muitos filósofos buscarem argumentos racionais para negarem a existência divina, ao longo da história, muitos outros estudiosos também formularam argumentos comprovando que Deus existe.

Dentre esses, podemos citar: o ontológico, que admite haver na mente do próprio homem o conhecimento básico da existência de Deus, posto lá pelo próprio Criador; e o histórico, que se baseia na evidência de que o homem é um ser religioso em potencial, e se a natureza do homem tende à prática religiosa, isto só encontra explicação na existência de um Ser Superior que originou tal natureza. Contudo, o crente não necessita de tais argumentos, porquanto sua e convicção não estão fundamentadas em explicações racionais, mas na inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.

O fundamentalismo Ateísmo

O fundamentalismo ateu é a expressão intelectual de diversos filósofos desses tempos pós-modernos. Todos se uniram, em suas idéias e seus escritos, para destruir os postulados da fé em Deus. A Filosofia tornou-se o martelo, usado pelo Diabo, para tentar esmigalhar as religiões, principalmente o cristianismo.

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Vejamos algumas teorias de dois ateus modernos: Richard Dawkins e Michel Onfray.

Richard Dawkins.

Os ateus estão desesperados com o avanço da pregação do evangelho. O biólogo Richard Dawkins, discípulo de Darwin, em seu livro Deus, Um Delírio, trata a Bíblia como um livro espúrio e perigoso, e procura, em vão, demonstrar que Deus é um mito. Ele propõe o fim da ideia de Deus, e de todas as religiões. Dawkins tornou-se um terrorista contra a fé, no Século XXI.

Michel Onfray.

Discípulo de Darwin e filósofo francês, Michel Onfray é admirador de Friederich Nietzsche, que se considerava um anticristo e morreu louco. Ele diz que “só o homem ateu pode ser livre, porque Deus é incompatível com a liberdade humana… se Deus existe, eu não sou livre; por outro lado, se Deus não existe, posso me libertar…” (sic). Sua influência na França e na Europa tem aumentado. Na França, quase ninguém mais vai às igrejas. Apenas 7% dos ingleses frequentam algum tipo de culto. A Inglaterra, berço de avivamentos cristãos, é considerada, hoje, uma “nação pós-cristã”. “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?” (1Jo 2.22). O relativismo e as leis infames são dois instrumentos utilizados pelo Diabo para provocar a rebelião do homem contra Deus.

O Materialismo e o Ateísmo na sociedade

Imposições ideológicas.

A igreja vive em meio a uma sociedade puramente secularista e sem Deus. Os governantes de maneira geral tratam o mundo como se este se resumisse à matéria e não houvesse nada além disso, inclusive o próprio Criador. Em seus discursos vãos, obscurecem o próprio entendimento (v.21; Sl 10.1-11).

Imposições socioeconômicas.

Quanto à questão econômico-financeira, prevalece no ateísmo o princípio de que os bens materiais simbolizados pelo dinheiro são a coisa mais importante em detrimento da busca de Deus (Sl 14.1-4).

Imposições espirituais.

Muitos crentes esquecem-se do que afirmou Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24). É interessante notar que o vocábulo empregado por Cristo, aqui, para referir-se à idolatria do materialismo — Mamom — significa “riquezas”, personificando tudo aquilo que se opõe a Deus. A colocação dos bens materiais como prioridade pessoal, ou coletiva, contribui para a perda dos verdadeiros valores da vida e alimenta a expansão do materialismo ateu.

Refutando o Materialismo e o Ateísmo

O combate pela nossa vivência da Palavra.

Não é porque o mundo está aprisionado nas teias do materialismo ateu (v.24), que vamos, agora, ficar indiferentes ao erro. Este combate se dá pela nossa vivência da Palavra, tendo Deus como o centro da nossa vida e como o Criador e Senhor do Universo. A perspectiva correta da relação do crente com os bens materiais foi definida por Jesus: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Devemos sempre ter Deus em primeiro lugar em nossa escala de valores, para que, pelo nosso testemunho, os homens possam ver a ação do Criador no mundo. Por outro lado, quando os ateus argumentam que o sofrimento, o mal e as injustiças depõem contra a existência de um Deus perfeito, santo, bom e justo, em que padrão moral eles se baseiam para fazer semelhante alegação? Essa afirmação deixa absolutamente implícita a seguinte verdade: para se chegar à conclusão do que é justo ou injusto, do que é bom ou mal, o homem precisa dispor de um padrão maior que permita esse raciocínio. Esse padrão é Deus revelado na Bíblia.

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OBS: ARGUMENTO TEOLÓGICO – “Se os ateístas não acreditam em um deus, logo, eles não têm uma religião, não é mesmo? Bem, isso não quer dizer que não sejam religiosos apenas porque não acreditam em Deus. Eles têm uma religião, a do ‘não-Deus’. Há muitas ramificações bem interessantes dessa crença do ‘não-Deus’ e essas ramificações são a essência das religiões ateístas (embora algumas delas não admitam isso prontamente). (…) No entanto, as teorias de Darwin foram adotadas como um sistema de crenças por muitas pessoas. Esse é um sistema de crenças em que encontramos a doutrina do ‘não-Deus’. Sem sombra de dúvida, há religião no naturalismo (embora seus adeptos jamais caracterizam suas crenças como uma ‘religião’, pois este termo tem traços muito próximos de ‘deus’, que é negado por eles). Você jamais lerá uma placa com os seguintes dizeres: ‘Primeira Igreja do Ateísmo’. Tampouco encontrará um templo dedicado a Darwin, o Divino. Contudo, não deixe que isso o ludibrie” (BICKEL, Bruce & STAN, Jantz. Guia de seitas e religiões. RJ: CPAD, 2005, p.282).

Conclusão

Concluindo, declaramos embasados na Bíblia que o Universo não é auto-existente, mas veio à existência mediante a ação criadora de Deus. Isso lança por terra as teorias fantasiosas que sustentam o materialismo ateu. Mais do que nunca, fica evidente a veracidade das Escrituras acerca de Deus e do mundo, bem como do anseio manifesto da alma do homem pelo seu Criador, como bem expressou Davi: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42.2).

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