O exílio de Davi

O Exílio de Davi

O Exílio de Davi

As adversidades da vida que o cristão enfrenta serve-lhes de crescimento e amadurecimento espiritual, tal qual aprendemos com os conflitos enfrentados por Davi onde Deus trabalhou em sua causa cumprindo as suas promessas…

Texto Bíblico (1 Samuel 22.1-5)

O Exílio de Davi e seu Refúgio

Eu me alimento das mãos de Deus

O segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez.

Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel.

Obs: O texto bíblico narra quando Samuel foi à casa de Jessé, pai de Davi. O motivo da visita era ungir o novo rei. Nesse caso, Davi não fora a primeira opção apresentada pelo pai ao profeta (1 Sm 16.11-13).

Entretanto, o jovem amava-o e honrava-o. Assim, é importante destacar uma atitude cristã que os pais devem ter para com os seus filhos, conforme escreve o Dr. Stephen Adei: “No entanto, dar uma visão a um filho não é tão fácil quanto parece. Isto é porque os pais, às vezes, procuram viver as suas próprias aspirações, não satisfeitas, em seus filhos.

Um adolescente certa vez confessou: ‘Tudo o que eu quero estudar é francês, mas meus pais insistem que eu estude medicina. Vou fazer isso, desde que seja em francês’. Uma das maiores injustiças que podemos fazer aos nossos filhos é impor a eles uma visão que é contrária à sua tendência.

Devemos desafiar nossos filhos a explorar seus interesses, mas não tentar impor a eles a nossa visão, especialmente na sua escolha de carreiras. Como podemos fazer isso? Devemos incentivá-los a ser holísticos, isto é, não focados indevidamente na área acadêmica e profissional, mas na maturidade cristã.

Permitir que tenham uma visão de servos do Senhor em relação a todos os outros aspectos – profissões, ganhos, casamento, etc. – sendo subordinados a ela” (ADEI, Stephen. Seja o Líder que sua Família precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.129).

Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt.

A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio.

Obs: “Irado, não convencido e tomado por um ódio selvagem, o rei ordenou a execução de todo o grupo de sacerdotes. Quando seus próprios soldados se recusaram a obedecer, o rei ordenou que Doegue executasse o crime.

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O edomita assassinou oitenta e cinco sacerdotes, e destruiu a cidade sacerdotal de Nobe com todos os seus habitantes (17-19). Existe um vívido contraste entre a recusa dos próprios homens de Saul e a perversa disposição de Doegue – o que ressaltou a atrocidade do acontecimento. Vestiam éfode de linho (18), ou seja, eram sacerdotes do Senhor. Os de peito (19) eram bebês de colo.

Eu me alimento das mãos de Deus

Abiatar, um dos filhos de Aimeleque, conseguiu escapar do massacre e fugiu ao encontro do grupo de Davi, a quem relatou o brutal crime que Saul incitara (20,21). O filho de Jessé foi tomado pela tristeza, e contou a Abiatar sobre o seu medo quando reconheceu Doegue em Nobe, durante a sua primeira e precipitada fuga (21.1-9). Ele confessou ser a causa da morte de todos os sacerdotes e do povo de Nobe, embora não intencionalmente  (22)” (Comentário Bíblico Beacon:2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.218).

Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão –

Obs: Davi e seus homens se conheceram em situações bem semelhantes. Estes são aqueles que se achavam em aperto, endividados, e de espírito desgostoso, que estavam na caverna de Adulão (ISm 22.2). Eles se tornaram não somente sua guarda de honra, seus valentes; mas sim, amigos fiéis que compartilharam juntos momentos alternados de lutas e glórias.

Davi não possuía amigos interesseiros ou que compartilhavam de sua presença por ser o rei, eles eram uma parte de si mesmo. Se um guerreava todos guerreavam, eles estavam juntos, tinham tudo em comum. O mais interessante nesses homens, é que sabiam que Deus estava com Davi, sabiam que Deus o havia escolhido, respeitavam seu chamado, e trabalhavam para que nada lhe atrapalhasse.

Com Davi, reconheceram que se tornaram importantes, que estar ao seu lado era mais importante que tudo, e dispostos estavam a dar a própria vida para não o ver derrotado. Será que nossas cavernas geraram amigos assim? Que bela amizade!

E  foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25).

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Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30).

Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5).

Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino.

A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11).

Eu me alimento das mãos de Deus

Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24).

Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes.

É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13.22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12).

Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’. https://biblia.com.br/dicionario-biblico/d/davi/

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Davi, a lâmpada de Israel

1 – A grande preocupação dos guerreiros era não deixar que alguém ferisse ou matasse o rei.

Eles sabiam muito bem qual a importância e valor que ele tinha para eles e para toda a nação. Eles disseram que ele era a lâmpada de Israel, o que dava luz à nação, e, sem ele. Israel estaria em trevas perante outros reinos.

E triste ver que, em nossos dias, muitas pessoas não se importam mais com o rei com a nação, mas consigo. O rei precisa de amigos, não somente de guerreiros, mas de pessoas que reconheçam quem Ele é, e lutem para que sempre esteja vivo.

Obs: “Porém, Abisai, filho de Zeruia, o socorreu, e feriu o filisteu, e o matou. Então os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel”. 2 Sm 21.17 – Os grandes amigos sabem reconhecer a nossa importância, respeitar o que existe de Deus em cada um de nós, e são capazes de se arriscar para conservar acesa a chama que arde em nós.

2 –  Não deixe o rei morrer

“Então os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel”. (2Sm 21.17). Acerca da luz, a Torá diz o seguinte: “Assim como a luz não diminui quando uma chama é acesa a partir dela, aquele que pratica o amor não é diminuído nas suas posses, nem nossas luzes são enfraquecidas, não importa quantas chamas sejam acesas a partir dela”.

O que os amigos de Davi queriam dizer era: “Você acendeu nossa chama com o seu exemplo, você é a lâmpada, e não vamos deixar que se apague”. É nosso dever não deixar que o rei morra. Que exemplo! Em um tempo em que as pessoas pensam apenas em seus grandes nomes, grandes ministérios, e grandes posições.

Poucos pensam em quem lhes deu a luz que os faz brilhar. Muitos estão deixando o rei morrer para defender seus próprios interesses. Mas, e se ele morrer? Que alegria haverá na batalha? Só entende isso quem é verdadeiramente seu amigo e caminha ao seu lado.

Conclusão

Assim como Davi, quando esteve na caverna de Adulão, na Era presente Cristo e seu povo também se encontram desprezados, perseguidos e considerados insignificantes pelo mundo. Mas Davi não sucumbiu na caverna de Adulão.

Ao contrário! Tão logo a promessa de Deus se cumpriu e ele foi recebido como rei de todo Israel. Da mesma forma, a promessa de Deus acerca da consumação de todas as coisas se cumprirá, e seu reino de glória será manifestado em toda sua plenitude.

Então aqueles que hoje tomam cada um a sua cruz e compartilham do sofrimento de Cristo, em breve estarão glorificados com Ele na bem-aventurança eterna (Romanos 8:17). https://estiloadoracao.com/caverna-de-adulao/

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