BATALHA ESPIRITUAL
A REALIDADE NÃO PODE SER SUBESTIMADA
De fato, a Batalha Espiritual consiste na luta contínua da Igreja contra o reino das trevas, porém a Igreja de Cristo já está predestinada á vitória, cabe eu e você lutar pra fazer parte desta igreja vitoriosa (Mt 16:18).
Texto Bíblico 1 Pedro 5.5-9
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É muito comum ouvirmos no meio evangélico o termo “Batalha Espiritual”; houve uma época na qual o tema virou “modismo”, soldados levantaram-se aos milhares e manuais de guerra foram escritos às centenas, detalhando ações, ensinando estratégias.
A guerra foi travada, mas, poucos resultados positivos foram colhidos. Qual o motivo para tantos fracassos? Porque em alguns lugares funcionou e em outros não? Um dos pontos importantes, geradores de fracassos é menosprezar o inimigo ou não conhecê-lo o suficiente.
A Bíblia deixa claro, que o diabo é extremamente sagaz e poderoso, tem em suas mãos poder para fazer grandes feitos e conhece profundamente o ser humano.
Ele conhece todas as chamadas estratégias de guerra e está devidamente preparado com o seu exercito para anular os possíveis ataques e pronto para um contra-ataque eficaz contra a igreja.
As histórias narradas em livros, vitoriosas, não se aplicam necessariamente em outras regiões ou cidades, o opositor já conhece os passos e está pronto para a resistência. É aconselhável ler tais narrativas, mas, fazer uso das mesmas práticas não é sábio.
Ocultismo
“Ocultismo é a crença nas forças ocultas e práticas adivinhatórias da magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia, reencarnação, ufologia, ioga, meditação transcendental, hipnose e outras ciências ocultas. Todas essas coisas são a marca registrada da Nova Era.
A palavra vem do latim occultus, que significa ‘secreto, misterioso’. Foi Eliphas Lévi, na França, em 1856, que usou pela primeira vez a palavra ‘ocultismo’ e seus derivados com o sentido de esoterismo.” Leia mais em Manual de Apologética Cristã, CPAD, pp.364-65.
A Batalha Espiritual, como o nome afirma, é travada no mundo espiritual e é necessário que haja homens santos e cheios do Espírito Santo, agraciados com dons (visão, revelação, profecia, etc.) para que sejam canais, através dos quais o Senhor Deus orientará o Seu exercito de servos, revelando as estratégias certas para cada ocasião, bem como, os passos do inimigo.
A Batalha não é segundo a carne (“Embora andando na carne, não militamos segundo a carne.” 1Co 10.3), não é contra homens, sim, contra satanás (“Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão.” Ef 6.12; veja mais: Gn 3.15; 2Co 2.11; Tg 4.7).
Chamados a guerrear
Os servos chamados à guerrear precisam ser irrepreensíveis em suas ações, a santidade é uma qualidade imprescindível. Neste exército não há espaço para os chamados “crentes carnais”, ou desprovidos de compromisso verdadeiro com Deus. Aventurar-se na batalha com brechas é morte certa!
A recomendação de Paulo a Timóteo foi: “Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” (1Tm 1.18,19).
O soldado de Deus precisa manter-se firme na fé e procurar desempenhar com seriedade e zelo a missão confiada. A vigilância (“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos”. 1Co 16.13) deve ser constante, não se contaminar com o mundo, abrindo brechas através das quais o inimigo possa tocá-lo.
A oração é tão importante quanto o ar que se respira (“com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”. Ef 6.18), se não houver vida de oração, a derrota está próxima.
Observação
“Entre estes dois momentos na narrativa está a estranha conversa entre Jesus e o endemoninhado, nos versículos 6 a 12. […] No versículo 10 (‘E rogava-lha muito que os não enviasse para fora daquela província’), então, de novo no versículo 12 (‘ E todos aqueles demônios lhe rogaram dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles’). A imagem está densamente acondicionada, com referências repetidas à submissão e humilhação.
Entrosado com a imagem de mesura está o fato de quem o demônio tenta ameaçar e dominar Jesus, deixando escapar o nome e o título do Senhor (v.7) e afirmando ser chamado por ‘Legião’, […] porque somos muitos’ (v.9). Talvez mais distintivo seja o uso que o demônio faz da linguagem de libertação ao se dirigir a Jesus: ‘Conjuro-te por Deus que não me atormente’ (v.7).
Esta expressão é frase técnica usada por exorcistas no desempenho do exorcismo (e.g., At 19.13). Que estranho que tal linguagem fosse usada por um demônio’. E que esquisito que Jesus concedesse o pedido do demônio, no versículo 13.
Estas imagens são fundidas num tipo de quebra-cabeça narrativo: Há algo mais do que os olhos percebem, mas o quê? Esse ‘algo mais’ é a batalha pela alma humana. Na luta entre o povo da cidade, o homem e o demônio, está claro quem até agora tem vencido.
O poder selvagem do endemoninhado é compendiado nas correntes quebradas e neste animal humano que se esquiva da sociedade, dilacera a própria carne e à noite uiva de agonia num cemitério.
O ponto é que Jesus não vê um animal humano, mas um ser humano, que foi saqueado por este espírito maligno e violento” (STRONSTAD, Roger; ARRTNGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.214-15).
A Batalha Espiritual em um termo geral
A Batalha Espiritual engloba todos os servos que procuram vivenciar o senhorio de Cristo Jesus (Fp 1.30), não apenas alguns: “Por isso peguem agora a armadura que Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar.” (Ef 6.13).
Mas, como já foi tratado antes, é indispensável que haja compromisso e vida santa. Os soldados são capacitados e protegidos pelo próprio Senhor a desempenharem a missão (“Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo.” Is 41.13; “Ó SENHOR, meu Deus e meu Salvador, tu me protegeste na batalha.” Sl 140.7).
A força vem de Cristo! (“Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!” 2Tm 4.17,18).
A vitória na guerra vem do próprio Senhor! (“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1Co 15.57). Não é à força do homem, não são objetos e recitações de textos que nos fará vencedores. Somos nesta batalha apenas soldados sob o comando do nosso General. http://vivos.com.br/batalha-espiritual/ – Pr Elias R. de Oliveira
Observação
“É verdade, ‘o príncipe do reino da Pérsia’ impediu, por três semanas, que o anjo (presumivelmente, Gabriel) viesse até Daniel (Dn 10.12,13). No entanto, Daniel estava aspirando à visão profética, e jamais pensou em ‘amarrar’ o ‘espírito territorial’ da Pérsia. Nem o anjo o instruiu para empreender tal ‘batalha’.
Na verdade, em lugar algum da Bíblia sugere-se a ideia de que certos demônios tenham autoridade específica sobre certas cidades ou territórios e que devam ser ‘amarrados’.
[…] Paulo nunca tentou ‘amarrar espíritos territoriais’ para ensinar o evangelho ao mundo de sua época, portanto, por que deveríamos fazê-lo?” (HUNT, Dave. Em Defesa da Fé Cristã: Respostas a perguntas difíceis. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.223-24).
Conclusão
Portanto, Lutamos no exército de Deus, somos seus soldados, devemos aprimorar nossas armas e capacidades para nos mantermos numa excelente posição de combate! (Ef 6:11-12).