Adoração e Serviço ao Senhor no Livro de Levítico
O livro de Levítico é diferente do que os outros livros do Pentateuco porque relata quase exclusivamente o sistema das leis para governar Israel na sua vida religiosa, civil, dietética e diária.
Este livro não relata a história de Israel, mas as leis dadas por Deus a ela. O livro de Levítico é tópico em vez de ser cronológico.
TEXTO BÍBLICO Levítico 27.28-34
Neste artigo você estudará sobre:
ToggleSíntese do Livro de Levítico
1 – Autor: Moisés
Tema: Santidade – A santidade de Deus na separação e na santificação. A palavra chave do livro é santidade e esta palavra em várias formas é falada muitas vezes; santificar, santíssimo, santo, santuário, limpo e santidade.
O versículo chave é 19:2: “santos sereis, porque eu, o senhor vosso Deus, sou santo”. Outro versículo que diz a mesma verdade é 11:44.
Podemos ver uma grande verdade neste tema; temos que pregar tanto a expiação pelo sangue de Cristo quanto a vida de santidade baseada na expiação feita pelo sangue de Cristo. O salvo tem que saber como andar com Deus na comunhão.
2 – Data: Cerca de 1445-1405 a.C.
Este livro relata as leis levíticas que Deus deu a Moisés na tenda (tabernáculo) da congregação. Deus deu estas leis a Moisés logo depois que o tabernáculo foi feito e pronto e a glória de Deus o encheu (Êx. 40:34). Foi durante um mês que Deus falou a Moisés o livro de Levítico? Compare Êx. 40:34, Lv. 1:1 e Nú. 1:1.
3 – O livro de Levítico e o Novo Testamento.
Há algumas 40 referências ao livro de Levítico no Novo Testamento. Uma delas fica em Mt. 8:4. O livro de Levítico é explicado mais perfeitamente no livro de Hebreus.
Esboço do Livro
- O Caminho para Deus: A Expiação (1.1—16.34)
- Através dos Sacrifícios (1.1—7.38)
- O Holocausto (1.1-17)
- A Oferta de Manjares (2.1-16)
- O Sacrifício Pacífico (3.1-17)
- A Oferta pelo Pecado Não Intencional (4.1—5.13)
- A Oferta pela Culpa (5.14—6.7)
- O Holocausto Contínuo e as Ofertas dos Sacerdotes (6.8-23)
- A Disposição da Vítima na Oferta pelo Pecado, na Oferta pela Culpa, e no Sacrifício Pacífico (6.24—7.27)
- A Oferta Alçada e o Resumo das Ofertas (7.28-38)
- Através da Intercessão Sacerdotal (8.1—10.20)
- Através das Leis da Purificação (11.1—15.33)
- Através do Dia Anual da Expiação (16.1-34)
Requisitos para andar diante de Deus
- Santidade (17.1—27.34)
- Santidade Através da Revelação do Sangue (17.1-16)
- Santidade Através dos Padrões Morais (18.1—22.33)
- Santidade Através da Adoração Normal (23.1—24.23)
- Santidade Através das Leis da Reparação, da Obediência e da Consagração (25.1—27.34)
- Considerações Preliminares
Levítico está estreitamente ligado ao livro de Êxodo.
Êxodo registra como os israelitas foram libertos do Egito, receberam a lei de Deus, e construíram o Tabernáculo segundo o modelo determinado por Deus; termina quando o Santo vem habitar no Tabernáculo recém-construído (Êx 40.34).
Levítico contém as leis que Deus deu a Moisés durante os dois meses entre o término do Tabernáculo (Êx 40.17) e a partida de Israel do monte Sinai (Nm 10.11). O título “Levítico” deriva, não da Bíblia hebraica, mas das versões em grego e latim.
Esse título poderia levar alguém a julgar que o livro trata somente do sacerdócio levítico. O caso é diferente, pois boa parte do livro relaciona-se com todo o Israel. Levítico é o terceiro livro de Moisés.
Mais de cinquenta vezes, o livro declara que seu conteúdo encerra as palavras e a revelação que Deus deu diretamente a Moisés para Israel, as quais, Moisés, a seguir, reduziu à forma escrita. Jesus faz referência a um trecho de Levítico e o atribui a Moisés (Mc 1.44).
O apóstolo Paulo refere-se a um trecho deste livro ao afirmar “Moisés descreve… dizendo…” (Rm 10.5). Os críticos que atribuem Levítico a um escritor sacerdotal de época muito posterior, rejeitam a autenticidade do testemunho bíblico (ver a introdução a Êxodo).
Propósito
Levítico foi escrito para instruir os israelitas e seus mediadores sacerdotais acerca do seu acesso a Deus por meio do sangue expiador e para expor o padrão divino da vida santa que deve ter o povo escolhido de Deus.
Visão Panorâmica
Dois temas muito importantes sobressaem em Levítico: a expiação e a santidade. (A) Os caps. 1—16 contêm o provimento de Deus para a redenção do pecado e para desfazer a separação entre Deus e a humanidade, em consequência do pecado.
O substantivo“expiação” (hb. kaphar) ocorre cerca de quarenta e oito vezes em Levítico. O seu significado básico é “cobrir, prover uma cobertura”. Os sacrifícios vicários do Antigo Testamento (1—7) cobriam temporariamente o pecado, mediante o sangue (cf. Hb 10.4), até o dia em que Jesus Cristo morresse como o sacrifício perfeito para “tirar o pecado do mundo” (cf. Jo 1.29; Rm 3.25; Hb 10.11,12).
Os sacerdotes levíticos (8—10) prenunciam o ministério de mediador de Cristo, enquanto que o dia anual da expiação (cap. 16) prenuncia a sua crucificação. (B) Os caps. 17—27 apresentam uma série de normas práticas, pelas quais Deus chamava o seu povo à pureza e à vida santa.
O mandamento reiterado por Deus é: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (19.2; 20.7, 26). Os termos hebraicos que significam “santo” ocorrem mais de cem vezes em Levítico, e, quando aplicados ao ser humano, falam de pureza e de obediência.
A santidade é vista nas cerimônias (cap. 17) e na adoração (23—25), mas principalmente nos eventos da vida diária (18—22). Levítico termina com uma admoestação por Moisés (cap. 26) e com instruções a respeito de certos votos especiais (cap. 27).
Características Especiais
Quatro características assinalam Levítico.
(1) A revelação divina, no sentido da palavra direta da parte de Deus, é mais patente em Levítico do que em qualquer outro livro da Bíblia. Nada menos que trinta e oito vezes, o livro de Levítico declara expressamente que o Senhor falou a Moisés.
(2) O livro dá instruções detalhadas sobre os diversos sacrifícios e a expiação vicária.
(3) O cap. 16 é o principal da Bíblia no detalhamento do Dia da Expiação.
(4) Levítico ressalta o fato de que o povo de Israel devia cumprir sua vocação sacerdotal, vivendo em pureza moral e espiritual, separado doutras nações e obediente a Deus.
O Livro de Levítico e Seu Cumprimento no Novo Testamento
Devido à ênfase redobrada à expiação pelo sangue e à santidade, Levítico tem relevância permanente para os crentes do novo concerto.
O NT ensina que o sangue expiador de animais sacrificiais, realçado em Levítico, era “a sombra dos bens futuros” (Hb 10.1) a indicar o sacrifício, uma vez para sempre, de Cristo, pelo pecado (Hb 9.12).
O mandamento bíblico para que o crente seja santo pode ser perfeitamente cumprido pelo crente do novo concerto, através do sangue precioso de Cristo; a chamada do crente é para que ele seja santo em todas as áreas da sua vida (1 Pe 1.15).
O segundo grande mandamento, conforme Jesus o definiu, deriva de Lv 19.18: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39). (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL – CPAD).
Ordenação:
O ato histórico separa para sempre o sacerdócio dos outros israelitas. Mesmo após o tempo de Jesus, somente quem podia provar sua descendência de Arão por completos registros genealógicos era permitido atuar no sacerdócio.
E à mulher do sacerdote era exigido ser uma israelita de sangue puro, de urna família sem qualquer tipo de imperfeição. Hoje, cada crente é um sacerdote, um membro adotado da família de Deus (1Pe 2.5). Orelha e polegar, dedo do pé: Alguns têm sugerido que tocar essas partes do corpo com sangue simboliza a necessidade dos sacerdotes de estarem sempre prontos para ouvir a voz de Deus, sempre prontos a segui-lo.
Parte da cerimônia de ordenação envolvia restringir Arão e seus filhos à câmara do Tabernáculo por sete dias. O ato simbolizava separar os sacerdotes do restante do povo, e separá-los para Deus.
Porém, isso sugere ainda mais: Somente aqueles que vivem diariamente na verdadeira presença de Deus podem servir ao Senhor efetivamente. Precisamos permanecer junto a Ele, se desejamos ter um ministério junto aos outros (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 80).
As Ofertas no Livro de Levítico
( Lv 1-7).
Eram cinco ofertas ordenadas para ser feitas ao Senhor. 1. O holocausto de gado. 2. A oferta de manjares. 3. O sacrifício pacífico. 4. O sacrifício de pecado. 5. O sacrifício do pecado cometido.
1 – O Holocausto de Gado.
1. É chamado também a oferta queimada e de cheiro suave ao Senhor (v. 9). Esta oferta é falada em Hb. 9:14. Esta oferta fala do sacrifício do Senhor Jesus como o Filho de Deus que se entregou ao Pai para morrer e por isso revelar o seu amor pelo seu Pai.
Esta oferta mostra que o Pai gozou e deleitou-se no seu Filho que se sujeitou totalmente ao seu Pai por causa do seu amor grandíssimo, inefável e insondável pelo Pai. O amor do Filho pelo Pai causou glorificar e magnificá-lo perfeita e plenamente em tudo.
O amor do Filho de Deus pelo Pai eterno e o prazer do Pai eterno no seu Filho são simbolizados nesta oferta. Como? Vamos ver. Macho sem mancha.
O homem Jesus Cristo, o Filho de Deus, era perfeito na sua vida em tudo. Jesus cumpriu a vontade do seu Pai na sua vida por amor dele. Jesus fez uma vida tão perfeita e glorificadora que a Bíblia diz: “que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus”.
A – Oferta voluntária.
Esta oferta foi trazida pelo povo de Deus voluntariamente. Para salvar o homem do seu pecado, era necessário para fazer uma expiação que tirasse seu pecado. Só podia ser feito por Deus mesmo, e na forma de homem. Para fazer isto era necessário para Deus se fazer carne e habitar no mundo e morrer.
A única pessoa da Trindade que podia ter feito era Jesus, porque foi só ele que sempre se manifestou visivelmente desde o princípio. Então, só Jesus mesmo podia ter salvo o pecador da ira de Deus. Foi só Jesus que podia ter sido o sacrifício aceitável pelo Pai do pecado.
Só Jesus o Filho Amado de Deus podia ter satisfeito as exigências justas do Pai para salvar o pecador. Para fazer isto Jesus tinha que se aniquilar a si mesmo e tomar a forma de homem. Jesus quis fazer isto pela glória e amor do seu Pai! Aleluia que o Filho nem tinha que pensar nem considerar para fazer isto, porque desde a eternidade o Filho amou o Pai perfeitamente e por isso se entregou a ele voluntariamente para ser o sacrifício pelo pecado.
O amor do Filho pelo Pai é tão grande que se entregou a ele para ser o Salvador. Vemos nisto também o tanto que o Filho amou os eleitos do Pai que se entregou para salvá-los voluntariamente. O Filho ama o Pai e por isso amou os eleitos do Pai.
B – O sacerdote pôs os pedaços do sacrifício em ordem sobre a lenha que estava no fogo em cima do altar. v. 7, 8, 12.
Isto quer dizer que o boi foi cortado em pedaços e os pedaços foram colocados sobre a lenha e fogo segundo os detalhes ordenados por Deus.
Simboliza que todos os detalhes da morte de Cristo foram ordenados e predestinados desde a eternidade pelo Pai. Quando Jesus, o sacrifício, foi colocado na cruz (a madeira) para sofrer a ira de Deus (o fogo) tudo estava em ordem e cumprindo a vontade ordenada, predestinada e profetizada pelo Pai exatamente.
C – O sacrifício foi esfolado.
Isto significa tirar a pele pelo cortar descobrindo a carne no interior. Mostra que Jesus era puro não somente no exterior, mas também no interior. Satanás tentou achar lugar no Senhor Jesus Cristo, mas não achou. Porque Jesus é perfeito por fora e por dentro. João 8:46 e 14:30.
D – Lavaram a fressura (estranhas) e as pernas do sacrifício com água. v. 9 e 13.
A água fala da Palavra de Deus, a fressura do seu interior (motivos, desejos, vontade e coração) e as pernas da sua maneira de viver e andar. Jesus guardou sempre perfeitamente a Palavra de Deus no seu coração e no seu andar. João 8:29. Só Jesus pode ser o substituto pelo pecado aceitável ao Pai.
E – O sacrifício todo foi queimado no altar mostrando que Jesus se entregou ao Pai pelo amor dele e foi aceitável ao Pai em tudo, porque o cheiro subiu ao Pai e ele aceitou como um cheiro suave.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, se ofereceu ao Pai por amor dele para ser o sacrifício perfeito na cruz para sofrer a ira de Deus pelo pecador.
2 – A Oferta de Manjares.
2. Esta oferta foi sem sangue. Ela simboliza o Senhor Jesus Cristo como sendo perfeito na sua pessoa e caráter e por isso o único Mediador entre Deus e os homens. I Tm. 2:5.
A – A flor de farinha. v. 1. Significa farinha fina (pó fino e bem moído) sem desigualdade e granulosidade. A flor simboliza a humanidade perfeita e equilibrada do Senhor Jesus Cristo. “Jesus tudo fez bem”, Mc. 7:37. Jesus fez tudo igualmente bem, não uma coisa melhor do que outra. Pregou perdão e juízo, abençoou e amaldiçoou, salvou e condenou, falou graça e verdade, e se comportou em tudo igualmente bem.
B – Deitou azeite nela. v. 1. Azeite simboliza o Espírito Santo. Fala da sua encarnação. Da concepção até a morte de Jesus Cristo, ele andou no mundo como o homem ungido ao máximo no Espírito Santo. Mt. 1:20. Lc. 1:35. João 3:34. At. 10:38. Is. 61:1.
C – Colocou o incenso sobre a oferta. v. 1. O incenso é mirra. O incenso quando estava se queimando soltou um cheiro suave. Jesus Cristo o homem sempre agradou Deus em tudo. O fogo da tentação, tribulação e dificuldade na sua vida somente fez Jesus soltar cada vez mais o cheiro suave ao Senhor. João 4:34.
D – oferta foi salgada com sal. v. 13. Sal preserva contra corrupção. O falar do Senhor Jesus Cristo sempre ficou cheio do Espírito Santo porque ele mesmo estava cheio do Espírito Santo. Nenhuma Palavra que Jesus falou tem que ser mudada, modificada, corrigida nem perdoada. João 6:63. Cl. 4:6.
E – Sem fermento. v. 11. Fermento simboliza pecado e heresia. Jesus Cristo foi perfeito na vida e na palavra. O pecado nem heresia achou lugar nele.
F – Sem mel. v. 11. O mel é a doçura do mundo. O mundo ofereceu a sua doçura ao homem Jesus, mas ele sempre recusou-a. O mel do mundo é o prazer do pecado, e é muito atraente aos homens do mundo. Mas, este prazer do pecado não achou lugar no homem Jesus Cristo. O prazer de Jesus era gozar em Deus e na sua vontade.
G – Esta oferta foi feita pelo fogo do altar ao Senhor. v. 16. Jesus Cristo foi o sacrifício perfeito para aguentar, sofrer e satisfazer a ira de Deus. Só este homem perfeito podia ter feito.
H – Um punho cheio da flor foi oferecida no altar ao Senhor, e o restante foi comido pelos sacerdotes. v. 14-16. Isto mostra que pela fé no Senhor Jesus Cristo a sua vida perfeita é imputada a nós na salvação. Jesus Cristo é o único homem que pode ser o Mediador entre Deus e os homens.
3 – O Sacrifício Pacífico.
3. Este sacrifício mostra a reconciliação recebida em Cristo para com Deus. Leia os versículos II Cor. 5:18-21 e Cl. 1:20-22.
A – O sacerdote e o ofertante receberam uma parte do sacrifício oferecido ao Senhor para comer. 7:15. Isto mostra que o pecador tem paz para com Deus porque está comendo ou recebendo comunhão com Deus, está reconciliado para com Deus através do sacrifício. O pecador pode ser reconciliado com Deus para ter paz e comunhão com ele só através do sacrifício de Jesus Cristo. Assim Deus continua justo e ao mesmo tempo justifica o pecador dos seus pecados e os dois tem paz e comunhão um ao outro. João 16:33. Rm. 3:24-26 e 5:1-2. Ef. 2:14. Esta paz veio somente pelo derramamento do sangue do Cordeiro de Deus.
B – O sacerdote e o ofertante comeram juntos. Os reconciliados (salvos) para com Deus não só tem paz e comunhão com Deus por Jesus Cristo o sacrifício pelo pecado, mas também tem paz e comunhão um ao outro em Jesus Cristo.
C – O sacrifício tinha que ser sem mancha. Jesus Cristo é tudo que o pecador precisa para ter paz e comunhão com Deus. Jesus Cristo é o único substituto perfeito pelo pecado e justiça que faz paz e comunhão com Deus.
D – O sacrifício podia ser macho ou fêmea. Porque o alvo deste sacrifício era mostrar os efeitos do sacrifício mais do que a maneira de fazer o sacrifício. Este sacrifício está chamando a nossa atenção para o sangue derramado do animal mais do que o animal mesmo. É “O SANGUE” do cordeiro que reconcilia o pecador para com Deus para que possa ter paz e comunhão com Deus.
4 – O Sacrifício de Pecado.
O holocausto de gado (oferta queimada) mostrou que Jesus Cristo o Filho de Deus se ofereceu ao Pai por amor dele para ser o sacrifício pelo pecado. No sacrifício de pecado revela que Cristo Jesus morreu como um malfeitor para salvar o pecador. O justo pelos injustos. Jesus Cristo levando em si o pecado do seu povo. Leia os seguintes versículos: II Cor. 5:21, João 1:29, Hb. 9:27-28, I Pd. 2:24 e 3:18, I Cor. 15:3, Gl. 1:4, I João 4:10.
A – Não foi sacrifício de cheiro suave. O pecado do povo de Deus estava imputado a Jesus Cristo para o salvar.
B – Foi novilho sem mancha. v. 28 e 32. O justo pelos injustos.
C – Este sacrifício foi feito por causa do pecado do ofertante. O ofertante se identificou com o novilho como levando seu pecado. v. 4.
D – O novilho foi queimado fora do arraial de Israel. v. 12 e 21. A gordura com os rins e fígado foram queimados sobre o altar do tabernáculo e o resto levado e queimado fora do arraial. Para mostrar que em Jesus mesmo não teve pecado, mas estava levando os pecados dos outros.
E – Não especificou um pecado em particular. Mas, mostra que o homem é pecador pela natureza.
5 – O Sacrifício pela culpa do pecado.
5. O sacrifício anterior mostrou que Jesus morreu para salvar o homem porque é pecador pela natureza. Este sacrifício é pelos pecados feitos ou cometidos mesmos. Pode ser pecados ocultos, de sacrilégio e de ignorância. Apesar do tipo que seja é pecado. I João 1:9-2:1.
Este sacrifício foi feito não porque era pecador pela natureza, o fato que o pecado vem da fonte corrupta e depravada do coração humano; mas porque tem praticado mesmo os atos de pecado. Jesus Cristo pagou mesmo a conta exata de pecado de cada um dos seus eleitos.
Esta conta paga de pecado foi a conta passada, presente e futura. Porque para ser salvo a conta passada de pecado tem que ser paga, mais também a conta presente de pecado porque ainda estamos pecando depois de ser salvos, e a conta futura de pecado porque ainda vamos pecar mais futuramente sendo os salvos por Jesus Cristo. Nota a restauração exigida. v. 15. O pecador pelo seu pecado prejudicou Deus, mas Jesus Cristo restaurou a Deus o que perdeu pelo sacrifício de si mesmo. É só assim o salvo pode ser restaurado quando peca.
O Sacerdócio no Livro de Levítico
( Lv 8-10).
O tabernáculo estava tudo pronto e as ofertas dadas e explicadas por Deus, portanto Deus escolheu, ordenou, comissionou e consagrou o seu sacerdócio para fazer os deveres do tabernáculo. Tudo isto foi o que o Senhor mandou fazer, 8:5.
Podemos aplicar isto para o povo de Deus, porque a Bíblia em I Pe. 2:9 diz que somos o sacerdócio real de Cristo e em Ap. 1:6 e 5:10 que nos fez os sacerdotes para Deus. Todo crente (salvo) é o sacerdote de Cristo nosso Sumo Sacerdote, Hb. 10:19-22.
Vamos notar algumas coisas que fizeram parte da consagração do sacerdócio de Aarão que tem aplicação para nós os sacerdotes (sacerdócio real) de Cristo. Tudo isto não tem nenhuma semelhança ao sacerdócio católico.
A consagração do sacerdócio de Aarão. 8-9.
Ordenado por Deus.
É Deus que faz isto na salvação e no ministério. Nesta passagem Moisés representa Deus. Observa os versículos At. 2:39 e I Tm. 2:7. Na salvação foi Deus que escolheu, salvou e consagrou os eleitos para ser os servos da sua obra. No ministério também é Deus que chama e coloca os homens na obra dele.
É o Senhor que decide quais homens serão os pastores do seu povo. Devemos reconhecê-los como sendo enviados por Deus. Também temos que manter com muito cuidado as qualificações deles.
Podemos ver esta verdade nas qualificações dos sacerdotes em Levítico 21. O povo de Deus não tem direito para negar o homem chamado por Deus para pregar, nem colocar no ministério o homem desqualificado, I Tm. 3:1-13 3 Tt. 1:5-9. O homem chamado por Deus para pregar deve ser reconhecido pelo povo de Deus como sendo “chamado” e “qualificado” para este fim.
Eles foram lavados com água, 8: 6.
Água fala da Palavra de Deus. Ser separados a Deus pela Palavra de Deus e puros para servir o Senhor aceitavelmente, João 17:17-19.
Neste sentido Jesus mesmo se separou assim para ser o Salvador. Deus não usa alguém no seu serviço, nem no ministério, que não está separado do mundo. Para entrar no serviço do sacerdócio era necessário para o corpo ser lavado todo, depois foi só necessário para lavar as mãos e os pés para fazer as coisas de Deus no tabernáculo, João 13:10 3 I João 1:9-10.
Para entrar no sacerdócio real, o pecador tem que ser lavado dos seus pecados no sangue pela obra do Espírito Santo através da Palavra de Deus, Tt. 3:5.
Ser vestidos na roupa do sacerdócio. 8:7-13.
Nota que primeiramente o Sumo Sacedote (Aarão) foi vestido e ungido com o azeite e depois os outros sacerdotes (os filhos de Aarão).
Aarão era mais exaltado, a roupa mais bonita, e ungido antes dos sacrifícios ser feitos. Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote, não tinha que ser separado pelo sangue para ser ungido pelo azeite (o Espírito Santo), porque é o Filho perfeito de Deus que recebeu o Espírito Santo sem medida. Ele é exaltado sobre todos, vestido na beleza da sua própria justiça, ungido no Espírito Santo sem medida e o sacrifício salvador do seu povo.
Nós somos vestidos na justiça imputada dele. Os outros sacerdotes foram vestidos depois de Aarão e ungidos só depois de ser consagrados pelo sangue.
Consagrados pelo sangue dos sacrifícios. 8:4-26.
A única maneira de ser consagrado (santificado e salvo) é pela imputação da justiça de Cristo (a roupa do sacerdote) e pelo sangue do sacrifício de Deus (Jesus Cristo que derramou seu sangue para nos salvar). V. 23-24 dizem que os sacerdotes foram marcados da cabeça ao pé para o serviço do Senhor pelo sangue.
Somos comprados pelo sangue para glorificar a Deus no nosso corpo e no nosso espírito, os quais todos pertencem a Deus, I Cor. 6:20. Pôs o sangue sobre a ponta da orelha direita, sobre o polegar da mão direita e sobre o polegar do pé direito de Aarão primeiro e depois dos outros sacerdotes. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, se separou para ser o Salvador para que nós possamos ser salvos e separados a Deus e ao seu serviço.
A orelha direita, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito falam do fato que Deus separou nosso ouvir, servir e andar ao seu serviço pelo sangue do Cordeiro. Nosso ouvir, servir e andar não pertencem mais a nós, mas a Deus exclusivamente.
“Tudo isto pôs nas mãos de Aarão e seus filhos”. 8:27-29.
Moisés (representa Deus) botou um bolo asmo, um bolo de pão azeitado e um coscorão sobre a gordura e a espádua direita e tudo isto pôs nas mãos dos sacerdotes. Simbolicamente (os sacerdotes moveram tudo isto que tinham nas suas mãos por oferta de movimento perante o Senhor) eles estavam oferecendo a Deus seus sentidos e motivos mais íntimos (gordura), o melhor que tinham da vida (a cauda), sua força (espádua direita), o andar digno do Senhor (os pães de vários tipos). O Senhor merece o melhor?
Espargiu o sangue sobre eles e os ungiu com o azeite. 8:30.
Eles foram salvos, separados e consagrados pelo sangue e pelo Espírito Santo (azeite). Agora também o sangue foi espargido sobre os vestidos. Os vestidos simbolizam a maneira de viver. A nossa maneira de viver deve ser santificada e separada a Deus. Jd. 23. Ap. 3:4 e 16:15.
A comida dos sacerdotes. v. 31-32.
Simboliza a paz e a comunhão que temos com Deus através do sacrifício Jesus Cristo que sofreu a ira (fogo e calor) de Deus por nós.
A separação durante sete dias. 8:33-36.
Mostra a separação do sacerdócio real para o serviço de Deus exclusivamente durante a vida toda. Sete é o número de perfeição ou complemento. A nossa vida deve ser devotada a Jesus até que venha (o dia em que saiu, v. 9:1).
O fogo estranho. 10. Exemplo solene para nós termos muito cuidado para não mudar nenhuma coisa que Deus mandou.
O que Nadabe e Abiú fizeram era uma grande negligência e desprezo da vontade de Deus. Observa o que estes dois filhos de Moisés fizeram: ascendeu incenso com fogo que não veio do altar de cobre (16:12), sem autorização para fazer, incenso falso e no lugar errado.
A obra de Deus é para ser feita como ele diz ou a conseqüência é severa. A obra é do Senhor e ele exige uma exatidão na sua obra. Tem lugar para novidades e invenções na obra dele?
Conclusão
Neste livro estão as leis e os mandamentos que Deus mandou Moisés dar ao povo de Israel, especialmente as leis a respeito das reuniões de adoração, dos sacrifícios que o povo devia oferecer a Deus e dos deveres dos sacerdotes.
Todos os que serviam no Templo eram da tribo de Levi, tanto os sacerdotes como os seus ajudantes, os levitas. A lição principal do livro é que o Deus do povo de Israel é santo. Portanto, esse povo que Ele escolheu precisava ser santo também, isto é, precisava ser completamente fiel a Deus.