Uma Salvação Grandiosa

Uma Salvação Grandiosa

UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA

 Precisamos ser vigilantes e não negligenciarmos a salvação divina na sua grandiosidade.

Leitura Bíblica Hebreus 2.1-18:

Neste artigo você estudará sobre:

A grandiosidade da Salvação está no Salvador

1. Sõteria denota ‘libertação, preservação, salvação’. O termo ‘salvação’ é usado no Novo Testamento para se referir a:

(a) o livramento material e temporal de perigo e apreensão: (1) nacional (Lc 1.69,71; At 7.25, ‘liberdade’); (2) pessoal, como do mar (At 27.34, ‘saúde’); da prisão (Fp 1.19); do dilúvio (Hb 11.7);

(b) o livramento espiritual e eterno concedido imediatamente por Deus aos que aceitam as condições estabelecidas por Ele referentes ao arrependimento e no Senhor Jesus, somente em quem será obtido (At 4-12), e sob confissão dEle como Senhor (Rm 10.10); para este propósito o Evangelho é o instrumento de salvação (Rm 1.16; Ef 1.13 […])”. “Dicionário Vine”, CPAD, p.967.

Um grande Salvador, uma grande Salvação:

Herdeiro de tudo e criador do mundo. No v.2, lemos que Deus constituiu Jesus como “herdeiro de tudo e criador do mundo”.

a) Todas as coisas foram feitas por Jesus.

No evangelho segundo João (1.1), temos uma declaração profunda da divindade de Cristo, quando lemos: “Todas as coisas foram feitas por ele, e nada do que foi feito sem ele se fez”. Ele foi o agente de Deus na Criação, fazendo vir à luz as coisas criadas pelo poder do Espírito Santo.

b) Todas as coisas foram feitas para Ele.

Jesus teve do Pai a outorga para criar todas as coisas, e também para ser o herdeiro de todas as coisas criadas. Paulo, escrevendo aos Colossenses, diz: “Tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1.16). O Diabo usurpou parte da criação, mas, na sua vinda, Jesus tomará posse de tudo o que lhe pertence por direito de criação, de autoria e por direito de herança.

Cristo, o resplendor da glória de Deus (v.3). Esta é uma revelação da maior transcendência. No Antigo Testamento, Deus manifestou a sua glória, em certas ocasiões, de modo terrível e aterrador.

Em alguns momentos, a glória de Deus se manifestou sobre o povo de Israel, deixando-o atordoado. Ezequiel viu a glória de Deus junto ao rio Quebar de modo estranho e terrível.

E concluiu, dizendo: “Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto e ouvi a voz de quem falava” (Ez 1.1-28). Tudo isso que o profeta viu foi apenas a “semelhança da glória do Senhor”. Mas em Cristo, Deus revelou “o esplendor da sua glória”.

Cristo, “a expressa imagem” de Deus (v.3). Essa revelação, no texto, amplia a visão de Cristo, dada ao escritor. Mostra que Ele não é só o resplendor da glória de Deus, mas tem a mesma natureza, o mesmo caráter.

O termo, no grego, para “expressa imagem” ou “a expressa imagem de seu ser” é charakter, que dá ideia de um carimbo, uma gravação, de gravura indelével. Sendo o Filho do Homem quanto à sua condição humana, Cristo apresentou-se ao mesmo tempo com a natureza do Pai, divina. Ele disse: “eu e o Pai somos um” (Jo 10.30).

Devocional Eu me alimento das mãos de Deus

Cristo sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (v.3). Jesus é o agente da criação de Deus. Sua palavra criadora teve efeito não apenas imediato, mas transformou-se em lei, executada no momento em que, como Deus, Ele disse: “Haja luz”; “haja uma expansão…”; “façamos o homem…” (Gn 1.1-26).

Artigo Relacionado  A Graça de Deus e a Salvação

O poder da palavra de Deus foi tão grande, que sua eficácia continua por todos os séculos. O salmista diz: “tu coroas o ano da tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura” (Sl 65.11). No Gênesis, lemos: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (Gn 8.22).

Devemos agradecer a Deus por todos os dias que despertamos, pois, vendo a luz do sol, sentindo o ar que respiramos, vendo as pessoas à nossa volta, cada animal que nasce, e cada ser humano que vem à luz, constatamos que isso é obra da criação de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo.

Cristo, o Salvador, fez a purificação dos nossos pecados (v.3). O escritor aos Hebreus recebeu a revelação da obra redentora de Cristo, como aquele que, pelo seu sangue, nos purifica de todo o pecado (cf. 1 Jo 1.7). As religiões feitas pelos homens e seus líderes não têm esse poder.

Pelo contrário, as religiões orientais, como o Budismo, o Hinduísmo e o Islamismo, pregam uma salvação que pretende purgar os pecados, através de reencarnações, dum carma, ou de obras, levando o homem a crer na mentira da salvação efetuada pelo próprio homem. Com Cristo é diferente. Ele é o agente eficaz da salvação, remindo o homem que o aceita como Salvador.

Assentado à direita de Deus (v.3). Nos antigos impérios e reinos, o lugar de honra era ao lado do monarca, ou do imperador. A comunicação sobre a posição de Cristo, quando elevado aos céus, evoca essa metáfora. Após sua ascensão, Jesus foi recebido à direita de Deus (Mc 16.19); Estêvão viu Jesus à destra de Deus, no momento de seu martírio (At 7.55); (ver ainda Rm 8.34).

Uma salvação que alcança

A grandeza da Salvação em Cristo postula que a mesma abrange todas as pessoas, sem exceção. Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu ‘até aos tempos da restauração de tudo’.

Alguns entendem que a expressão grega apokastaseõs parttõn (restauração e todas as coisas) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente ‘todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas’.

Artigo Relacionado  O amor e a misericórdia de Deus através da Salvação

Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura, não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos, usar este versículo para apoiar o universalismo.

Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática; Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 358).

A salvação que Cristo oferece é tão abrangente que alcança o mais vil pecador independentemente de cor, raça, sexo, credo, e etc.

De uma vez que fomos alcançados pela salvação em Cristo Jesus, cabe a nós estarmos firmes e esperançosos sabendo que a nossa redenção se cumprirá cabalmente quando não estaremos mais sujeitos a tropeçarmos na salvação que é para todos que Nele crêr.

Paulo afirma que estamos mais perto da salvação do que quando aceitamos a fé: “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”.

Uma Solene Advertência

Hebreus 2.1-4

“Esta é a primeira de sete passagens em Hebreus onde o autor combina uma urgente exortação com uma solene advertência a fim de mover seus leitores a uma confiança renovada, a uma esperança e perseverante em Cristo, Estas sete advertências não são divagações, no entanto se relacionam diretamente com o principal propósito do autor.

A íntima conexão entre este parágrafo e a interpretação em 1.5-14 demonstra que a exposição bíblica do autor não era propriamente um fim, mas originou-se de sua preocupação por seus leitores e sua perigosa situação. O rico vocabulário e os dons do autor como orador são novamente evidentes.

A construção grega de 2,1-4 consiste em duas sentenças: uma declaração direta (2.1), seguida por uma longa sentença explicativa (2,2-4), que inclui uma pergunta retórica (“como escaparemos nós?’) com uma condição (‘se atentarmos para [ou negligenciarmos] uma tão grande salvação’, 2,3a).

A expressão “Portanto” (2.1) liga este parágrafo ao esplendor e â incomparável supremacia do Filho no capítulo 1. Pelo fato de o Filho ser superior aos profetas e aos anjos, se o que Deus “nos falou pelo Filho’ (1.2) for negligenciado, seremos muito mais culpáveis;

‘Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas” (ARRINCTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.), Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1549).

A superioridade de Cristo revela sua Grandeza

1 – “Jesus, superior aos anjos em sua missão redentora (Hb 2.5-18)

Esta seção dá continuidade ao pensamento iniciado em 1.5-14 a respeito da superioridade do Filho em relação aos anjos, porém sob uma perspectiva diferente.

No capítulo l a ênfase estava na divindade da natureza do Filho; aqui o enfoque está em sua humanidade e no sofrimento como componentes necessários de sua missão redentora.

Artigo Relacionado  Batalha Espiritual - A realidade não pode ser subestimada

Os anjos, por um lado, são servos,” sua missão para o homem como ‘espíritos ministradores’ é “servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação’ (1.14).

O Filho, por outro lado, é o Salvador; sua missão para o homem como ‘o Príncipe da salvação deles’ (2.10) é ‘salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus’ (7.25). Entretanto, como Salvador, a missão redentora do Filho envolvia tanto a humilhação como a glória.

Como o homem perfeito, Jesus se tornou o verdadeiro representante da raça humana e o cumprimento absoluto do Salmos 8. Somente Ele poderia cumprir ‘o propósito declarado do Criador quando trouxe a raça humana à existência. Mas, assim fazendo.

Ele teve de se identificar plenamente com a condição humana, incluindo o sofrimento humano (cf. Hb 4.15,16; 5.6), a fim de ‘abrir o caminho da salvação para a humanidade e agir eficazmente como o Sumo Sacerdote de seu povo na presença de Deus.

Isto significa que Ele não é apenas aquEle em quem se cumpre a soberania destinada à humanidade, mas também aquEle que, por causa do pecado humano, deve concretizar esta soberania por meio do sofrimento e da morte.

Portanto, o Filho, que já foi apresentado como superior aos anjos, teve de ser feito ‘um pouco menor do que os anjos’ (2.7a) antes de poder ser ‘coroado de glória e de honra’ (2.7b) como Senhor sobre todas as coisas” (AR-RINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 1551,52).

2 – Cristo é superior á Moisés

Os israelitas tinham grande respeito aos profetas e sacerdotes da antiga aliança, destacando-se entre eles Moisés e Arão. Na Nova Aliança, Jesus é superior a todos eles, pois encarnou-se tomando a forma humana, ou seja, tornou-se o Emanuel, “Deus entre nós”, concedendo a gloriosa e eterna salvação para todos os que nEle crêem.

“Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou” (Hb 3.3).

Conclusão

No passado, o instrumento principal de Deus para sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas as coisas.

A Palavra de Deus falada mediante seu Filho é final: ela cumpre e transcende tudo o que foi anteriormente falado da parte de Deus. Absolutamente nada, nem os profetas (v.1) nem os anjos (v.4) têm maior autoridade do que Cristo.

Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador entre Deus e o homem. Por isso, não devemos negligenciar uma salvação do grandioso Cristo, mas que possamos sempre estar vigilantes até a sua vinda!



Sobre

Categorias

Categorias

Extras

No Portal você encontrará Comentários da EBD, Resumo de Livros e Esboços para Sermões

Subsídios para EBD
Sermões Bíblicos
Resumo de Livros

Dicas de Leitura
Subsídio para Missão

Aprenda Mais

Copyright © 2016 – 2025 CTEC Vida Cristã. Todos os direitos reservados.