A humildade de Maria mãe de Jesus
Maria mãe de Jesus uma serva humilde. Maria foi a escolhida, dentre tantas mulheres que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o Filho de Deus.
Maria ainda era uma menina quando foi chamada para tão nobre missão, porém ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto confiava e amava ao Senhor.
Ela não pensou o que poderia acontecer com sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos de Deus. Maria não somente deu à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do Filho.
Texto Bíblico Lucas 1:45-49
Neste artigo você estudará sobre:
ToggleQuem era Maria
Maria (hebraico: מִרְיָם, Miriam; aramaico: Maryām; árabe: مريم, Maryam; grego koiné: Μαριας ou Μαριαμ,), também conhecida como Maria de Nazaré.
1 – Os evangelhos canônicos de São Mateus e São Lucas descrevem Maria como uma virgem (grego: παρθένος, parthenos).
Tradicionalmente, os cristãos acreditam que ela concebeu seu filho milagrosamente pela ação do Espírito Santo. Os muçulmanos acreditam que ela concebeu pelo comando de Deus.
Isso ocorreu quando ela estava noiva de José e aguardava o rito do casamento, que tornaria a união formal. Ela se casou com José e o acompanhou a Belém, onde o Senhor e Salvador Jesus nasceu.
De acordo com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha cerca de 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano depois.
O Novo Testamento relata sua humildade e obediência à mensagem de Deus e faz dela um exemplo para cristãos de todas as idades.
Mas, fora das informações fornecidas no Novo Testamento pelos Evangelhos sobre a dama da Galileia, a devoção cristã e a teologia construíram uma imagem de Maria, que cumpre a previsão atribuída a ela no Magnificat. Como já visto o nome “Maria” vem do grego Μαρίας.
O nome do Novo Testamento foi baseado em seu nome original em aramaico Maryām. Ambos, Μαρίας e Μαριάμ, aparecem no Novo Testamento.
2 – As palavra de Maria refletem a sua conduta e humildade revelando que era uma serva de Deus com um exempla caráter:
Na Anunciação:
… Como poderá ser isto, se não conheço varão? (Lucas 1:34).
“… Eis aqui a serva do senhor, faça-se em mim, segundo a Tua palavra (Lucas 1:38)
Na Visitação (o Magnificat):
“… A minha alma engrandece o Senhor.” (Lucas 1:46-55)
Jesus entre os doutores:
“Filho, porque fizeste isto conosco? eis que teu pai e eu te procurávamos angustiados.” (Lucas 2:48).
Bodas de Caná:
“Não têm mais vinho”… (João 2:3).
“… Fazei tudo o que Ele vos disser” (João 2:5).
(Wikipédia, a enciclopédia livre).
Obs.: Cerca de seis meses após o anúncio do nascimento de João, o Batista, o anjo Gabriel é enviado a Nazaré, lugar onde moravam José e sua noiva, Maria.
Ela era uma virgem e estava noiva de José. O anúncio de que ela geraria um filho, sem que para isso fosse necessário haver intercurso sexual, deixou-a apreensiva (Lc 1.34).
O anjo informa-lhe que desceria sobre ela o Espírito Santo e o poder de Deus a envolveria com a sua sombra (Lc 1.35). Aqui está o milagre da encarnação — O Filho de Deus fazendo-se carne, a fim de que, através desse grande mistério, possamos alcançar a salvação (Jo 1.1,14).
A humildade de Maria mãe de Jesus
A maternidade é um privilégio doloroso. A jovem Maria, de Nazaré, teve o privilégio único de ser mãe do Filho de Deus. Maria foi o único ser humano presente no nascimento de Jesus que também testemunhou sua morte.
Ela o viu chegar, como seu bebê, e o viu morrer, como seu Salvador. Maria achou que a visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e assustadora, a princípio, mas o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais espantosa: filho seria o Messias, o Salvador prometido de Deus.
Maria não duvidou da mensagem, mas perguntou como possível a gravidez. Gabriel lhe disse que o bebé seria Filho de Deus. A resposta de Maria foi perfeita: ‘Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra’ (Lc 1.38).
Mais adiante, seu cântico de alegria nos mostra como ela conhecia bem a Deus, pois seus pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento.
O estado civil de Maria (Lc 1.27)
“Em grego, o estado específico de Maria era de parthenos, uma virgem. Ela estava comprometida em se casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um contrato matrimonial.
Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo de relacionamento, era como se Maria estivesse ‘casada’ com José.” Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 652.
Quando Maria levou o menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo, para ser consagrado a Deus, encontrou duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que reconheceram a criança como o Messias, e louvaram a Deus.
Simeão dirigiu a Maria algumas palavras que ela deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se seguiram: ‘uma espada transpassará também a tua própria alma’ (Lc 2.35).
Uma grande parte de seu doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho rejeitado e crucificado pelo povo que Ele tinha vindo para salvar.
Podemos imaginar que, mesmo que ela tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mãe de Jesus, Maria ainda teria oferecido a mesma resposta. Como Maria, você também está disponível para ser usado por Deus?” (Bíblica Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1283).
A semente da Mulher
Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20.
A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado.
O versículo de Gênesis 3.15 é chamado de ‘proto-evangelho’, pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador.
O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre. Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter neste versículo.
Em 3.14,15, vemos ‘Calcanhar Ferido’.
1) O Salvador prometido era a Semente da mulher— o Deus-Homem.
2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente— conquistar o pecado.
3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, ele morreu” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. led. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 41).
Maria não desprezou a Obra do Espírito Santo
“Maria tem dificuldade em entender o que o anjo lhe contou. Sendo virgem, ela não tem ideia de como ela pode ter um filho. Seu casamento não fora consumado fisicamente.
Gabriel diz que o nascimento de Jesus será provocado pela vinda do Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de Deus. Lucas tipicamente vincula o Espírito Santo com o poder de Deus.
O verbo ‘descer’ (eperchomai, em Lucas 1.35) também é usado para se referir à promessa do Espírito que vem sobre os discípulos no Dia de Pentecostes (At 1.8).
A sombra (episkiazo) diz respeito à presença de Deus (Êx 40.35) e nos faz lembrar da nuvem que deu sombra como sinal da presença divina na transfiguração (Lc 9.34).
A presença poderosa de Deus repousará sobre Maria, de modo que a criança que ela gerar será o Filho de Deus, Concebido pelo Espírito Santo, Ele será santo como alguém especialmente ungido pelo Espírito (Lc 4.1).
Mas, a linguagem de Lucas é claramente trinitária: o Altíssimo, o Filho de Deus e o Espírito Santo, Lucas não dá indicação exata de quando Maria concebeu Jesus; esse nascimento milagroso não tem paralelo.
Pessoas como Abraão e Sara e Zacarias e Isabel, que estavam em idade avançada para gerarem filhos, receberam filhos por Deus.
O poder extraordinário de Deus
O poder extraordinário de Deus superou a esterilidade e idade avançada desses casais. Mas o nascimento de Jesus não se ajusta a esse padrão. No seu caso, Deus não venceu a incapacidade dos pais terem filhos, mas a engravidou na ausência completa de um pai humano.
Assim, o nascimento de Cristo é um acontecimento dos últimos dias e introduz uma nova era que culminará no julgamento final e na salvação dos redimidos.
A glória da vinda de Deus em carne exigia um milagre como o nascimento virginal para indicar a coisa poderosa que Deus estava fazendo por nossa salvação“. (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Vol. 1, 4.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 322).
Obs.: “A legislação sobre o parto (2.21-24). O texto em Levítico 12.1-5 registra o compromisso materno de oferecer um sacrifício para o ritual de purificação após o nascimento da criança.
Portanto, foi para dar cumprimento a esse dispositivo legal do Antigo Testamento que a família se dirigiu ao Templo (veja também Lv 12.6-8)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.653).
O Perigo da Mariolatria
O culto a Maria é o divisor de águas entre católicos romanos e evangélicos. O clero romano confere a Maria a honra e a glória que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus.
Essa substituição é condenada nas Escrituras Sagradas e, como resultado, conduz o povo à idolatria. Reconhecemos o honroso papel de Maria na Bíblia, como mãe de nosso Salvador, mas a Palavra de Deus deixa claro que ela não é co-autora da salvação e muito menos divina.
É, portanto, pecado orar em seu nome, colocá-la como mediadora, dirigir a ela cânticos de louvor.
Mas, o teólogo católico romano Ludwig Ott, defendendo a doutrina espúria da veneração a Maria, mãe de Jesus, em sua obra Fundamentals of Catholic Dogma (Fundamentos do Dogma Católico), afirma: ‘À Maria, a mãe de Deus, confere-se o direito de receber o culto de hiperdulia’.
Em outras palavras, segundo o catolicismo romano, ‘Maria deve ser venerada e honrada em um nível muito mais alto do que o de outras criaturas, sejam anjos ou santos.
Contudo, essa veneração a Maria é substancialmente menor do que a cultus latriae (adoração) que é devida somente a Deus, no entanto, maior do que a cultus diliae (veneração) devida a anjos e aos outros santos’.
Doutrina Frágil
Essa doutrina católica romana é uma das mais frágeis em argumentação, uma vez que cria uma confusão terminológica em torno dos termos adoração e veneração.
Além de defender pontos sem respaldo bíblico. Veneração significa ‘render culto’, ‘adoração’, sendo condenada pela Bíblia, seja em relação a anjos ou a santos (Ap 22.9), exceto a Deus.
Além disso, em nenhum momento a Bíblia fala que Maria é superior a qualquer outra criatura e que deva receber orações ou mesmo veneração.
Outra amostra do subterfúgio sem nexo do catolicismo romano está no fato de que a adoração a Maria (que por si só já é absurda) não está acima da adoração a Deus.
Contudo, em suas orações, como na Novena de orações em honra a Nossa Mãe do Perpétuo Auxílio, declara-se, sem censura, que Maria é superior a Jesus: ‘Porque se me protegeres, querida Mãe, nada temerei daquilo que me possa sobrevir: nem mesmo dos meus pecados, pois obterás para mim o perdão dos mesmos [a Bíblia diz que só há perdão através de Jesus — At 4.12; 1 Tm 2.5; 1 Jo 1.7].
Nem mesmo da parte dos demônios, porque és mais poderosa do que o inferno junto [a Bíblia diz que somente Jesus despojou os principados e potestades e só podemos expulsar demônios por Jesus — Cl 2.15; Mc 16.17].
Nem mesmo de Jesus, o meu juiz, pois através de uma oração tua Ele será apaziguado [Maria seria a advogada e Jesus, o juiz, mas a Bíblia diz que hoje Jesus é o nosso advogado — 1 Jo 2.1]’” (MARIOLATRIA. Revista Resposta Fiel, RJ: Ano 4, n° 12, p.6, junho/agosto 2004).
As tentativas inglórias de fundamentar o marianismo na Bíblia fracassaram. As expressões: “O Senhor é contigo”; “bendita és tu entre as mulheres” (v.28) e “bendito o fruto do teu ventre” (v.42), não são a mesma coisa que: “bendita és tu acima das mulheres”.
Devemos esclarecer esses pontos aos católicos, com respeito e amor, mas discordando de suas crenças, com base na Palavra de Deus. Muitos são sinceros e pensam estar fazendo a vontade de Deus.
Imagens e Canonizações
As primeiras ornamentações e pinturas nos templos cristãos surgiram a partir do século III, a fim de representar o cenário e os fatos do texto bíblico. Já no século V, as imagens foram inseridas no contexto das gravuras existentes e começaram a ser usadas como meio de instrução aos analfabetos.
Frequentadores dos cultos não tinham acesso à educação formal. Entretanto, no Concílio de Nicéia (787 d.C), foi oficializado a veneração às imagens e relíquias sagradas.
Quase cem anos depois, em 880, a igreja estabeleceu a canonização dos santos. Desde então, a Igreja Católica Romana ensina que para cada ocasião e dia da semana há um “santo protetor”.
Em 1125, surgiram os primeiros ventos doutrinários concernentes a imaculada conceição de Maria — dogma definido em 1854. Em 1311, estabeleceu-se a oração da Ave-Maria e, somente em 1950, a assunção de Maria é transformada em artigo de fé. Título: Heresias e Modismos — Combatendo os erros doutrinários – 2º Trimestre de 2006 – Comentarista: Esequias Soares – Lição 6: A Mariolatria – Data: 7 de Maio de 2006
Conclusão
Contudo, entendemos pelas Sagradas Escrituras que por mais que Maria foi privilegiada por ser a escolhida para ser Mãe do Salvador, jamais devemos adorar a Maria; todavia, não podemos deixar de reconhecer seu valor.
Afinal, ela foi escolhida para ser mãe do Filho de Deus. Esta escolha está certamente baseada num caráter de especial dignidade. Sua pureza, humildade e ternura são um exemplo para todos os crentes que desejam agradar a Deus (Adaptado de: PEARLMAN, Myer. Lucas: O Evangelho do Homem Perfeito. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, p.27).