Confessando e abandonando o pecado

Confessando e abandonando o pecado

INTRODUÇÃO

Eu me alimento das mãos de Deus

A Salvação está quando entregamos a nossa vida por inteiro ao Senhor Jesus, reconhecendo, arrependidos, os nossos pecados. Também reconhecendo o sacrifício de Cristo como suficiente para a nossa expiação, procurando agora vivermos sempre conforme a Sua vontade.

I. TEXTO BÍBLICO

(Salmos 51.1-12; 1 João 1.8-10)

– Salmos 51

V 1 – Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.

V, 2 – Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.

V, 3 – Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.

V, 4 – Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mau, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.

V, 5 – Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.

V, 6 – Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.

V, 7 – Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.

Eu me alimento das mãos de Deus

V, 8 – Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.

V, 9 – Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.

V, 10 – Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto. 11- Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.

V, 12 – Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.

– 1 João 1

V, 8 – Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

V, 9 – Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

V, 10 – Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

II. O CONCEITO DA PALAVRA PECADO

Segundo o Pr. Elienai Cabral, Teologicamente, a doutrina do pecado é identificada como Hamartiologia. Essa palavra deriva de dois termos da língua grega, língua do Novo Testamento: “hamartia” e “logos”, que significam juntas “estudo acerca do pecado”. O termo “hamartia” tem, na sua etimologia grega, o sentido de “errar o alvo”. Portanto, o estudo acerca do pecado, como ato, estado ou condição, sugere que o pecado é “um desvio do fim estabelecido por Deus”.

Na Teologia Cristã, a doutrina do pecado ganha espaço porque o cristianismo representa a possibilidade de redenção do estado pecaminoso do homem. Ou seja, há a necessidade universal de salvação em Jesus Cristo. A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro de Gênesis sobre a Queda do homem.

Eu me alimento das mãos de Deus

Esse relato descreve o princípio da tentação do homem e a sua concessão ao pecado, trazendo maldição à sua vida pessoal e a toda a Terra. Para entendermos a relação do pecado com o homem, devemos considerar a definição de pecado. Tanto, no Antigo quanto no Novo Testamentos, a palavra “pecado” é sinônima de muitas outras palavras que são usadas na Bíblia e indicam conceitos distintos sobre a mesma.

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1. Antropologia Bíblica e Hamartiologia

São vários termos que amplificam o conceito de “pecado” nas suas várias manifestações. Entretanto, usaremos apenas um termo hebraico e outro grego, línguas originais da Bíblia, os quais apresentam definições relativas que podem ilustrar o significado da palavra “pecado”.

2. O termo Pecado no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, o vocábulo hebraico “chata’th” aparece cerca de 522 vezes. O seu termo correlato no Novo Testamento é “hamartia”, e ambos sugerem a ideia de “errar o alvo” ou “desviar-se do rumo”, como o arqueiro antigo que atira suas flechas e erra o alvo. Os termos sugerem e indicam também alguém que erra o alvo propositadamente, ou seja, que atinge outro alvo intencionalmente.

Não se trata de uma ideia passiva de erro, mas implica numa ação propositada. Significa que cada ser humano foi criado com um alvo definido diante de si para alcançá-lo. Denota tanto a disposição de pecar como o ato resultante. Em síntese, o homem não foi criado para o pecado e, se pecou, foi por seu livre-arbítrio, sua livre escolha (Lv 16.21; Sl 1.1; 51.4; 103.10; Is 1.18; Dn 9.16; Os 12.8; Rm 5.12; Hb 3.13).

3. Correlação Antigo e Novo Testamento

– A palavra “hamartia”, no grego do Novo Testamento, já foi citada em correlação com “chata’a” do Antigo Testamento. Na linguagem do Novo Testamento, a palavra “hamartia” tem ainda um sentido mais forte que a ideia de “fracasso” ou de “transgressão”. A palavra tem o sentido de “poder de engano do pecado”, como em Romanos 5.12 e Hebreus 3.13. Portanto, pecado é mais que um fracasso; é uma condição responsável que implica culpabilidade.

– O pecado é um ato livre e voluntário do homem, porque ele é um ser moral, dotado da capacidade de perceber o certo e o errado. O homem é um agente moral livre para decidir o que fazer da sua vida (Ec 11.9). O pecado é um tipo de mal, porque nem todo mal é pecado. Existem males físicos consequentes da entrada do pecado no mundo. Na esfera física, temos um tipo de mal que se manifesta nas doenças.

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Entretanto, na esfera ética, o mal tem um sentido moral. É nessa esfera moral que se manifesta o pecado. Os vários termos hebraicos e gregos das línguas originais da Bíblia, quando falam do pecado, apontam para o sentido ético, porque falam da prática do pecado, ou seja, dos atos pecaminosos.

4. O pecado afasta o homem de Deus

– O pecado é, de fato, uma ativa oposição a Deus, uma transgressão das suas leis, que o homem, por escolha própria (livre), resolveu fazer (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-22; 1Jo 3.4). Outra verdade acerca do pecado é o fato de que o pecado tem caráter absoluto.

5. Peneumatologia e Angelologia

– Esse conceito é bíblico e correto. É difícil se fazer distinção ou graduação entre o bem e o mal, porque o caráter de uma pessoa tem um sentido qualitativo. Uma pessoa boa não se torna má porque tenha diminuído sua bondade, mas ela se torna má quando se deixa envolver pelo o pecado. Essa é uma questão de qualidade, e não de quantidade.

O pecado não pode ser tratado como um grau menor de bondade, porque o pecado é algo sempre negativo e absoluto. Do ponto de vista bíblico, não há neutralidade quanto ao bem ou ao mal. O que é mal não é mais ou menos mal. Ou se está do lado justo e certo ou se está do lado injusto e errado.

O pecado não é apenas a prática de um ato errado. Como dizia o teólogo Louis Berkhof, “o pecado não consiste apenas em atos manifestos”. Todas aquelas tendências e propensões pecaminosas típicas da natureza corrompida de cada um de nós demonstram o estado pecaminoso do ser humano. A Bíblia denomina “carne” a este estado que pode ser controlado por uma vida regenerada (2Co 5.17).

6. Consequências

Indiscutivelmente, o pecado trouxe graves consequências ao universo, especialmente à vida na terra. A Bíblia faz várias declarações a respeito da universalidade do pecado. Por exemplo, temos no Antigo Testamento alguns exemplos, tais como “não há homem que não peque” (1Rs 8.46) e “porque à tua vista não há justo nenhum vivente” (Sl 143.2).

Paulo, na Carta aos Romanos, disse: “Não há um justo, nenhum sequer; não há quem faça o bem, nenhum sequer”, Rm 3.10-12; “Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus”, Rm 3.10-12. O apóstolo João afirma: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”, 1Jo 1.8. A punição final do pecado é a morte eterna, ou seja, o juízo contra o pecado (Hb 9.27). A morte eterna é a culminância e complementação da morte espiritual.

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Diz respeito à repugnância da santidade divina que requer justiça contra o pecado e contra o pecador impenitente. Significa a retribuição positiva de um Deus pessoal, tanto sobre o corpo como sobre a sua alma e espírito (Mt 10.28; 2 Ts 1.9; Hb 10.31; Ap 14.11). Uma das grandes verdades acerca do castigo do pecado é que a justiça de Deus o exige a fim de que ninguém o acuse de injustiça. Ele é o Senhor que pratica a misericórdia, juízo e justiça na terra (Jr 9.24).

III. A EXTINÇÃO DO PECADO

1. Jesus e a Expiação pelo nosso pecado

A questão do pecado encontra resposta e solução na Bíblia. Na declaração de Paulo de que Deus propôs Jesus Cristo como a propiciação pelo seu sangue, para receber toda a carga da ira de Deus contra o pecado (Rm 3.25). Significa que a cruz foi a forma pela qual Deus castiga o pecado.

O próprio Deus, perfeito em justiça, tornou possível a expiação dos pecados por Aquele que se fez nosso justificador completo – Jesus (Rm 3.26). A Salvação está quando entregamos a nossa vida por inteiro ao Senhor Jesus, reconhecendo, arrependidos, os nossos pecados. Também reconhecendo o sacrifício de Cristo como suficiente para a nossa expiação, procurando agora vivermos sempre conforme a Sua vontade.

Em primeiro lugar, nos dirigimos a Deus para o perdão dos pecados (Mt 6:12). Confessando as nossas transgressões ao Senhor (Sl 12:5). O Apóstolo João disse: (I Jo 1:8-10). V, 8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. V, 9 – Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. V, 10 – Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

CONCLUSÃO

Vivemos em uma sociedade relativista, onde muitos não acreditam mais que haja certo e errado. O erro, o pecado, segundo os relativistas, vai depender do ponto de vista de cada um. Mas, cremos na Verdade absoluta e que a única solução para o pecado está na no sacrifício de Jesus Cristo através da confissão e arrependimento. Reconhecendo a nossa natureza pecaminosa diante de Deus (Rm 3:10-12).

 

Bibliografia

– Bíblia de Estudo Palavra Chave (ARC)

– A Bíblia de Estudos das profecias. E.R.A.

– Dicionário Online da Língua Portuguesa Online

– Apontamentos Teológico do Autor

– (Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 34-36).

– (Profº. Pr. Josaphat Batista Soares – Hamartiologia Pág. 2/11 – ESTEAD – Escola Teológica da Assembleia de Deus).

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