Ética Cristã Vícios e Jogos
Com a lassidão dos costumes e o relaxamento constante dos padrões de conduta da sociedade sem Deus, os jogos, os vícios e as diversões e práticas imorais estão sendo legalizados e considerados como coisas normais e naturais.
Na época em que vivemos, há uma onda de liberalismo que não vê pecado em quase nada, e favorece práticas perigosas, que podem levar à destruição espiritual, disfarçadas de “coisas que não têm nada a ver”. O verdadeiro cristão não se deixa levar por esta degeneração do mundo.
Texto Bíblico Provérbios 28.1-10
Neste artigo você estudará sobre:
ToggleA Bíblia condena o Alcoolismo
Doença ou pecado?
A Bíblia – O Livro do Senhor, vê o alcoolismo de modo diferente do mundo. Nela, verificamos que o alcoolismo, a bebedeira e outros vícios, são vistos como atos pecaminosos. Em Isaías 28.1, vemos a condenação de Efraim (Israel) pela soberba de seus embriagados.
No mesmo capítulo, vemos que “até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho” (Is 28.7). A primeira embriaguez foi experimentada por Noé logo após o Dilúvio e causou um grande mal à sua família, resultando em maldição para seu filho Canaã (Gn 9.21-25).
Condenação à bebedice.
Diz a Palavra: “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta! Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífaros, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos” (Is 5.11,12).
Aí, vemos um tipo de festa, no Antigo Testamento, semelhante ao que se passa nos jogos, nos bares, nos clubes, e shows mundanos, em que a bebida alcoólica é fator indispensável para sua motivação.
O sofrimento dos viciados.
O escritor de Provérbios anotou que os viciados são vítimas de sofrimento, pesares, violência, queixas, adultério, prostituição, linguagem perversa, desequilíbrio mental (“delirium tremens”), câimbras, vômito, derrame, hipertensão, que são apenas algumas das danosas consequências do alcoolismo (Ler Pv 29.29,30,33-35).
O alcoolismo no Novo Testamento.
Advertindo sobre sua vinda, Jesus proferiu uma parábola sobre a vigilância, condenou o servo infiel, comedor, espancador, e beberrão dizendo que sua parte seria com os infiéis (Lc 12.45,46).
O apóstolo Paulo colocou no mesmo nível de condenação os bêbados, os devassos, os idólatras, os homossexuais, e os ladrões, os quais não herdarão o reino de Deus (1Co 6.9,10). Ver Rm 13.13; 1Pe 4.3-5.
A Ética do Cristão
Condenação ao vício.
Segundo o ensino das Escrituras, o cristão não tem outra alternativa a não ser reprovar de modo claro e direto o uso de bebidas alcoólicas.
Grande parte dos acidentes de trânsito são provocados por motoristas alcoolizados; cerca de 80% das agressões têm na bebida sua motivação; a ausência ao trabalho por causa do vício causa enormes prejuízos.
O vinho que Jesus bebeu.
Jesus transformou água em vinho numa respeitável festa de casamento (Jo 2.1-11). Há quem use esse texto para dizer que não há nada errado em se beber vinho. Sim! Mas o vinho que Jesus faz!
Do vinho embriagante para as demais bebidas alcoólicas pode ser apenas um passo. É melhor não tomar o primeiro gole. Na Santa Ceia (Mt 26.29), Jesus não tomou vinho embriagante.
Mas, no texto original, Ele tomou “do fruto da vide” (do gr. guenematos tês ampèlou), indicando tratar-se do suco fresco da uva. Se fosse vinho fermentado a palavra seria oinos. Anotemos o que diz a Bíblia: “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv 23.31ss).
Nenhuma concessão.
O cristão não deve tomar vinho, cerveja, champanhe ou qualquer outra bebida, considerada leve, tendo em vista os males físicos, sociais, morais e espirituais que envolve tal prática.
Lembremo-nos de que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
A Bíblia condena o Fumo
O fumo é uma droga.
No cigarro existem inúmeras substâncias prejudiciais ao organismo humano. Metais tóxicos, como cádmio, manganês, cromo, zinco, ao lado do alcatrão e da nicotina acabam matando os viciados.
Mata mais do que muitas guerras.
A cada 10 minutos, morre um brasileiro de câncer no pulmão, de enfisema pulmonar, ou de doença cardiovascular, por causa do fumo.
A cada ano estima-se que morrem mais de cem mil pessoas, no Brasil, por causa desse vício, que é um suicídio lento. Mais de dois milhões e quinhentas mil pessoas morrem por ano, no mundo, vitimadas pela epidemia do cigarro.
E a Bíblia tem razão quando afirma: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13).
E Ética do cristão.
O vício é pecado, e fumar é um vício. Logo o fumante não tem como escapar: está pecando. O fumo destrói o corpo, que é templo do Espírito Santo (1Co 3.17).
Graças a Deus, são inúmeros os casos de pessoas que aceitam a Cristo e ficam libertas do vício do fumo. Na conversão do pecador, efetuada por Jesus, os vícios, como coisas da velha vida, ficam para trás (cf. 2 Co 5.17).
A Bíblia condena as Drogas
Agentes do diabo.
As drogas são agentes utilizados pelo Diabo para a destruição de vidas, principalmente de adolescentes e jovens.
Motivos que levam às drogas.
Além da ação demoníaca velada, concorre para isso a curiosidade, imitação do grupo, aventura, mas, principalmente, o desajuste familiar.
O melhor preventivo: o andar com Deus, o amor cristão entre pais e filhos, o diálogo, o bom relacionamento, o Culto Doméstico desde cedo como está escrito, “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
Obs.: A droga ilícita é aquela que, consumida recreativamente ou criminosamente, prejudica não apenas o usuário, entorpecendo-lhe os sentidos e arrancando-o à realidade, mas também os que se acham ao seu alcance.
Se considerarmos rigorosamente essa definição, incluiremos, nessa classe, as bebidas alcoólicas e os cigarros. Apesar de vendidos livremente, prejudicam a saúde reduzem drasticamente a expectativa de vida do viciado.
Os produtos etílicos, aliás, vêm sofrendo pesadas restrições “o Brasil, devido aos muitos acidentes que provocam no trânsito. Nenhuma droga, até mesmo as terapêuticas, pode ser consumida recreativa ou criminosamente. Num primeiro momento, recreação; no instante seguinte, crime.
Por isso, as substâncias extraídas das plantas e utilizadas pela medicina têm de ser controladas de forma rigorosa. O remédio que cura, tomado sem a devida prescrição, matar. Se as bebidas alcoólicas e os cigarros precisam ser controlados, o que não diremos da maconha, da cocaína e de outros psicotrópicos?
Mas, o uso de drogas, hoje, transformou-se numa religião informal que, pouco a pouco, vai se formalizando aqui e ali, inclusive com o apoio oficial. O que certos governos ainda não sabem é que o lucro que se obtém com os entorpecentes nada é se comparado aos prejuízos que estes acarretam.
Vivemos dias semelhantes aos do Faraó do Êxodo. Até mesmo mandatários acham-se enfeitiçados pelas drogas (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2015, pp. 178-180).
A Bíblia condena os Jogos de Azar
A ilusão do jogo.
A propaganda das loterias, dos bingos e outros meios da jogatina, ilude os incautos, prometendo-lhes riqueza fácil. Contudo, nenhum desses jogos é de sorte, mas de azar.
Milhares de pessoas jogam, mas só uma ou poucas ganham “a bolada”. E o restante? Fica no azar. Perde dinheiro e energias, esperando o ganho fantástico! Quanto mais pessoas jogam, menos chances cada uma tem de ser sorteada.
O amor ao dinheiro.
O jogador põe o coração no dinheiro. Torna-se escravo da ideia de ganhar de qualquer maneira. Deus condena a avareza (1Tm 6.10). Em Provérbios 28.22, lemos: “Aquele que tem um olho mau corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a pobreza” (Pv 28.22).
O desprezo ao trabalho.
Se o crente resolve jogar pensando em deixar de trabalhar, isso não é correto. Em Efésios 4.8, lemos: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom para que tenha o que repartir com quem tiver necessidade” (Ef 4.28).
O problema do vício.
O vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão, que a obriga a jogar cada vez mais, na esperança de superar as perdas. O indivíduo torna-se um escravo do jogo. Começa com dinheiro, depois entrega a roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a honra, a dignidade.
A ilusão da contribuição social.
O argumento de que parte do dinheiro vai para as obras sociais não justifica a jogatina. O correto seria o governo proporcionar oportunidade de emprego honesto, e não de incentivo ao jogo. Muita gente, principalmente das classes mais humildes, é explorada pela jogatina.
De acordo com o pastor Tony Evans, em seu livro Loteria e Jogos de Azar, há alguns problemas a se considerar:
1º O primeiro problema é o da cobiça, ou ambição (1Tm 6.1). Em Provérbios 28.22, lemos: ‘Aquele que tem um olho mau corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a pobreza’.
2º O segundo problema é o da confiança. Se a pessoa recorre a jogos, ou à ‘sorte’, é porque não confia na providência divina.
3º O terceiro problema é o da ‘produtividade’, ou seja, do trabalho eficaz. Se o crente resolve jogar, pensando em deixar de trabalhar, isso não é correto. Em Efésios 4.28, lemos: ‘Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade’.
4º O quarto problema é o da sabedoria. Sabemos que a jogatina baseia-se no fato de quanto mais pessoas jogam, menos delas têm condições de ganhar, os barões da loteria é que lucram. A maioria perde. O crente deve edificar sua casa com sabedoria, e não com o jogo de azar.
5º O quinto problema é o do vicio. O vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão, que a obriga a jogar mais e mais, na esperança de superar as perdas. O indivíduo torna-se escravo do jogo. Começa com dinheiro, depois entrega a roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a honra, a dignidade (LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 188,189).
Observação:
Os jogos de azar, oficializados ou não, são instrumentos prejudiciais à vida moral e social, pois levam as pessoas a confiarem na sorte, em lugar de se dedicarem com mais afinco ao trabalho honesto.
Os vícios são meios destrutivos que o Diabo usa para ceifar vidas preciosas, principalmente entre os jovens, e empobrecer as famílias.
Que Deus guarde a Igreja, e de modo especial a juventude para que não enverede pelos tortuosos caminhos dos jogos e dos vícios.
Até o futebol de clubes e campos, que no passado era primeiro esporte e depois jogo, hoje é apenas jogo e não mais esporte como arte. Além de jogo, o futebol é, hoje, também campo de batalha entre torcidas fanáticas e a força policial.
Conclusão
Portanto, Os vícios são meios destrutivos que o Diabo usa para ceifar vidas preciosas, principalmente entre os jovens, e empobrecer as famílias.
Que Deus guarde a Igreja, e de modo especial a juventude para que não enverede pelos tortuosos caminhos dos jogos e dos vícios. Até o futebol de clubes e campos, que no passado era primeiro esporte e depois jogo, hoje é apenas jogo e não mais esporte como arte. Além de jogo, o futebol é, hoje, também campo de batalha entre torcidas fanáticas e a força policial. Deus tenha misericórdia de nós!