Evangelização dos Grupos Desafiadores

A evangelização dos grupos desafiadores

A Evangelização dos Grupos desafiadores

A evangelização dos grupos desafiadores é um dever da Igreja de Jesus. Socorrer o homem no seu todo, para que não somente usufrua paz de espírito, mas também conserve no corpo e na mente motivos de alegria e esperança, é nossa missão. O projeto de Jesus é para o homem todo e para todos os homens sem distinção ou acepção de pessoas.

A LIÇÃO DO MESTRE NO DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS DESAFIADORES

Neste artigo você estudará sobre:

O desafio de ir até eles

Eu me alimento das mãos de Deus

(João Cap. 4)

Em sacrifício, amor, serviço e métodos na obra de ganhar almas, Jesus é o nosso perfeito exemplo. Entre os diversos casos de evangelização pessoal do Senhor Jesus, abordaremos um – o da mulher samaritana, em João cap.4. Se seguirmos os passos de Jesus para ganhar a samaritana, muito aprenderemos quanto à evangelização pessoal.

Em seu ministério, inúmeras vezes Jesus pregou a milhares de ouvintes; entretanto, um dos seus mais belos sermões – o de João cap. 4 -, foi proferido perante uma só alma. Isto revela também a importância do testemunho pessoal. Noutra ocasião, Jesus dirigiu um extenso estudo bíblico para dois discípulos (Lc 24.27).

O método que muitos crentes utilizam (e também Igrejas) é o de esperar que os não crentes venham até nós. Observe que Jesus não esperou que aquela samaritana fosse procurá-lo em Jerusalém, ou mesmo em Cafarnaum, na Galileia. O texto bíblico conta que Ele foi até Sicar, junto a um poço aberto pelo patriarca Jacó, e que ficou ali descansando (acredito que Ele esperasse pela mulher) por volta do meio dia – o horário mais quente e menos provável de alguém “normal” buscar água no poço. Leia mais sobre Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter.

1 – Jesus alcançou a Mulher Samaritana (Prostituta).

Passos para alcança-la:

A)  Ter amor, espírito de sacrifício (vv. 4,6,8).

O v.4 fala de sacrifício; o v.6, de cansaço; e v.8, de necessidade (fome). Tudo por causa duma alma perdida. É interessante notar que Jesus estava cansado da viagem (v.6), mas não do trabalho. O ganhador de almas deve estar possuído de ardente amor e compaixão pelos perdidos. O apóstolo Paulo tinha a mesma paixão (Rm 9.2,3).

B)  Ir ao encontro do pecador (v.5).

Notai como o Senhor Jesus foi do geral ao particular: primeiro, à província de Samaria (v.4), depois à cidade de Sicar (v.5), e por último à fonte de Jacó, para onde a mulher deveria vir (v.6). Jamais deveremos esperar que os pecadores venham ao nosso encontro. Jesus mostrou, em Mt 4.19, que a obra de ganhar almas é comparada a uma pescaria espiritual.

O pescador tem de colocar-se no local da pesca, se quiser apanhar peixes. Noutras passagens da Bíblia encontramos o mesmo ensino, como em Lc 15.4. O profeta Ezequiel, conduzido pelo Espírito Santo, foi até os cativos do seu povo e sentou-se entre eles (Ez 3.14,15).

C) Paciência (v.6).

Diz o texto: “Assentou-se”. Assim fez, esperando pelo pecador. (Ler At 17. 2.)

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D) Entrar logo no assunto da salvação (v. 7).

Há sempre uma porta aberta para se falar da salvação. No caso da samaritana, o assunto do mo mento era água e sede, e logo Jesus falou da água da vida que sacia a sede da alma. Vemos um caso idêntico em Atos capítulo 8. Aí o assunto era leitura e logo o servo de Deus iniciou a conversa com uma pergunta também sobre leitura (v.30). Em João, capítulo 2, quando Jesus conversava com Nicodemos, talvez soprasse uma brisa, e logo Ele usou o vento como figura (v.8).

E) Ficar a sós com quem está falando (v. 8).

Quando alguém estiver falando com um pecador a respeito da salvação, evite perturbá-lo, a menos que seja convidado.

Eu me alimento das mãos de Deus

F) Deixar os preconceitos raciais ou sociais (vv.9,10).

Jesus veio desfazer todas as barreiras que impedem a perfeita relação entre Deus e o homem, e entre este e seu semelhante. Os preconceitos têm cau-sado grandes males na sua ação destruidora de separar, ao passo que Jesus veio unir (Ef 2.11-22).

G) Não se afastar do assunto da salvação (vv.9-13).

No v.9, a mulher alega o problema do preconceito. No v.12, Jesus volta ao assunto inicial: água, mas agora água da vida. Nos w.11,12, a mulher apresenta dificuldades. Nos w.13,14, Jesus volta ao assunto inicial: salvação. Resultado: no v.15 já há na pecadora um certo grau de interesse.

H) Fazer ver ao ouvinte que ele é pecador (v.16).

Jesus sabia que a samaritana não tinha marido, mas para motivar uma declaração dela, disse-lhe: “Chama o teu marido e vem cá”. Muitos pecadores não se podem salvar porque não querem reconhecer que são pecadores e muito menos perdidos.

I) Não atacar defeitos, nem condenar (v. 18).

Isto não quer dizer que vamos bajular alguém ou concordar com sua vida ímpia e pecaminosa.

J)  Evitar discussão (vv.20-24).

Não permitir que a conversa degenere em discussão. No v.20, a mulher aponta o fato de os judeus desacreditarem na religião dos samaritanos. É costume também o pecador apontar falhas nas igrejas e nas vidas de certas pessoas crentes. Isto mostra que tais ouvintes, em lugar de olhar para Cristo, estão atrás de igrejas e pessoas. O alvo perfeito é Cristo (Hb 12.2). Crentes errados darão conta de si mesmos (Rm 14.12).

Diz uma autoridade em Relações Humanas: “Você nunca vencerá uma discussão. Se perder, perdeu mesmo, e se ganhar perdeu também, porque um homem convencido contra a vontade, conserva sempre a opinião anterior. Quem perde numa discussão fica ferido no seu amor próprio“.

L)  O sexo influi, às vezes (v.27).

O ideal é falar com pessoas do mesmo sexo, sem, contudo, fazer disso uma lei. É provável que se uma mulher falasse à samaritana, talvez não prendesse tanto a sua atenção.

2 – Jesus alcançou os Publicanos

A – Conhecidos como corruptos e Ladrões

Publicanos – essa profissão era desprezada em Israel e o era de maneira indiscriminada pelas pessoas cultas e de posição social elevada. Tratava-se de uma profissão que constava da lista de profissões “oficialmente ilegais e proscritas”.

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O dinheiro que ele recolhia era desqualificado. Os publicanos eram sempre atacados pelos comerciantes e desprezados pelos doutos.

Os publicanos encontrados no livro de Mateus e Marcos eram pessoas, socialmente desprotegidas, que não encontram outro trabalho senão essa tarefa ingrata.

Eu me alimento das mãos de Deus

Mas para Jesus, os publicanos e as prostitutas, enquanto excluídos, marginalizados da organização social, política e religiosa da sociedade do seu tempo, pertencem aos pobres a quem é do agrado de Deus que seja anunciada a salvação.

B – No tempo de JESUS havia duas classes de pessoas desprezadas, até odiadas.

Os publicanos e os pecadores. Os publicanos eram judeus encarregados pelo Império Romano de arrecadar impostos. Muitos deles, como Zaqueu, cobravam a mais, e ficavam com parte da renda, enriquecendo, mas sendo odiados por todos. Já os pecadores eram uma classe de pessoas que, segundo os critérios da época, pecavam em grande escala.

Na verdade, todos eram pecadores, mas os judeus daqueles tempos classificavam alguns com esse título porque viam neles pessoas da pior espécie.

Assim eram, por exemplo, as prostitutas, os doentes incuráveis, etc. Eram pessoas desprezadas e abomináveis. Não se devia andar com elas, nem falar com elas, muito menos entrar em suas casas. E JESUS andava com essas pessoas e até entrava em suas casas e comia com elas. Ele disse que veio para chamar pecadores, não justos.

Foi o caso de Zaqueu. Esse aí se arrependeu, prometeu devolver três vezes mais o que roubou em impostos, e se tornou um seguidor de JESUS.

Foi só ele ter uma oportunidade para mudar de vida, e foi o que JESUS lhe estendeu. JESUS, vejam só, nem chegou a dizer ao publicano que deveria mudar de vida, apenas lhe disse que queria fazer uma refeição em sua casa. https://cristoembrevevira.com/licao-07-jesus-e-os-excluidos-sociais/

C  – Contudo esta pregação não deve ser alheia as necessidades naturais do ser humano, por isso a igreja tem a responsabilidade de agir em prol da justiça para com o ser humano seja no amparo ou na denúncia da corrupção e das injustiças.

3 – Jesus alcançou uma mulher adúltera

“Vai e não peques mais”, disse JESUS para a prostituta, ou melhor, daquele momento em diante, para a ex-prostituta. Ela foi pega em flagrante, já nos referimos a esse caso.

No flagrante é óbvio que a pegaram com algum homem, mas só trouxeram ela: isto é discriminação! O homem que estava com ela deixara ir. Isso é discriminação. Na verdade, eles queriam armar uma cilada contra JESUS.

Se Ele deixasse ela ir, estaria infringindo leis mosaicas e teria graves problemas com a liderança judaica. Seria preso e quem sabe julgado e condenado.

Ao menos era o que eles queriam. E caso JESUS mandasse apedrejar a mulher, Ele se colocaria acima do poder romano, e teria problemas com o grande império. Ou seja, o Mestre diante desse caso, segundo eles imaginavam, não teria alternativa. Eles se achavam espertos, e tinham certeza de que a cilada daria certo.

JESUS passou a escrever na areia do chão. Lá declarava os pecados de cada um deles, pois eram pecadores condenando uma pecadora. Eles por certo nem liam isso, e insistiam que JESUS desse a sua palavra ao questionamento deles. Havia ali muito povo na expectativa do que iria acontecer.

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Mas qual não foi a surpresa deles quando JESUS mandou que a apedrejassem, e que aquele que estivesse sem pecado atirasse a primeira pedra. Nisso JESUS chamou a atenção deles para seus pecados, que escrevia no chão. Abaixou-Se e continuou escrevendo os nomes dos pecados deles. Foi então que leram, e a partir do mais velho, cada um foi-se embora, pois a situação estava ficando embaraçosa para eles.

Saindo todos os acusadores, JESUS levantou-Se e perguntou à mulher: “onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “ninguém, Senhor”. Disse JESUS: “Eu também não te condeno, vai e não peques mais.”

Análise

O adultério, como “ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento”, é considerado uma grave violação dos deveres conjugais por quase todas as civilizações de quase toda a história, sendo que algumas sociedades puniam gravemente o cônjuge adúltero e/ou a pessoa com quem praticava o ato, sendo ambos passíveis de morte.

Historicamente, a prática de adultério era criminalmente mais grave quando praticado pela mulher em relação ao homem. Hoje em dia, embora tal discriminação não exista nas leis dos países ocidentais, ou tenha perdido sua eficácia sociológica, na prática do dia a dia a conduta continua a ser vista de forma diferenciada, dependendo do gênero de quem realiza o adultério.

JESUS conhecia o que se passava na mente daquela mulher. Por certo ela queria sair dessa vida. Tempos atrás vi uma reportagem de televisão onde entrevistavam prostitutas da grande São Paulo, e 80% delas queriam abandonar.

Para essas estava faltando um JESUS que lhes dissesse: “vai e não peques mais”. Muitas mulheres sobrevivem dessa prática, e não têm outra fonte de renda. Se tivessem, abandonariam a prostituição. Muitas delas queriam constituir uma família normal e ter filhos. Queriam ser felizes, e ter um futuro garantido.

Quais são as pessoas rejeitadas em nossos dias pela sociedade? Muitas. Os pobres, os miseráveis mais ainda, os índios, os negros pobres mais que os pobres brancos, o pessoal da prostituição, os gays, os esquisitos como aqueles que alteram seu corpo com artifícios, os traficantes, os delinquentes, os falidos, os drogados, e muitos tipos mais.

A sociedade atual os abomina, e fecha as portas para se redimirem. E nós, a igreja do Senhor Jesus, o que podemos fazer para salvar essas pessoas? Difícil tarefa, mas não impossível.

Conclusão

A Igreja do Senhor romperá as barreiras na evangelização dos grupos desafiadores, nos dias atuais, seguindo duas características do Mestre Jesus, a saber: e Amor! Sabemos que  Fé e amor andam juntos na evangelização. Quaisquer outros recursos serão meros paliativos, como relações humanas, sociologia etc. Jesus foi a personificação do amor.

Ele salvou os pecadores amando-os até o fim (Jo 13.1). Sua posição ao morrer de braços abertos na cruz é a expressão máxima do amor. Ali, num gesto de infinito alcance, Ele uniu os dois povos com seus braços acolhedores (judeus e gentios).

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