A sutileza da Espiritualidade Holística
A vida nunca esteve tão ameaçada na história da humanidade. Diante das crises ecológicas e sociais do século XXI o ser humano se encontra perplexo. A racionalidade dominante não oferece soluções capazes de resolver as problemáticas modernas. A espiritualidade holística têm raízes em filosofias e ensinamentos que desconhecem por completo a soberania da Palavra de Deus.
Texto Bíblico (João 14.4-6)
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ToggleDefinição do termo “Holismo” e sua aplicabilidade secular
Holismo vem da palavra holos do grego clássico e significa inteiro, completo, global, o todo. Holismo é, pois, uma forma de se ver a si mesmo e de ver o mundo e todos os seres de uma forma global, como um todo, onde tudo está interligado, onde nada é isolado, tudo pulsa simultaneamente, onde o todo está presente em cada parte. Não existe nada desligado, isolado. Aplicado ao ser humano, o holismo é a maneira de ver que cada ser humano está diretamente conectado com todos os seres humanos e com todas as demais coisas do universo. Vou dar um exemplo: existe uma relação entre os elementos terra, ar, água e espaço com o ser humano.Não existe terra desligada da água ou do ar, tudo ocupa o mesmo espaço, nem existe água desligada da terra e do ar e assim por diante. Existe, portanto, nesta visão, uma relação direta do homem com o planeta. A vida que levamos é extraída da terra e ligados a ela estamos sempre, juntamente com a água e o ar. Em nós está o planeta enquanto terra, ar e água e ocupamos simultaneamente o mesmo grande espaço que o planeta ocupa no sistema solar, na galáxia e no planeta.
Esta palavra está sendo usada cada vez mais na filosofia, no meio intelectual, na saúde, na psicologia, na educação física, no meio corporativo e muitos outros. (https://holos.org.br/o-que-e-holismo/).
ESPIRITUALIDADE – Espiritualidade é a condição e a natureza de espiritual. Este adjetivo (espiritual) refere-se àquilo que pertence ou que é relativo ao espírito.
ARGUMENTO APOLOGÉTICO – Entre as quatro seitas orientais tratadas na lição (Hare Krishna, Igreja Messiânica Mundial, Seicho-No-Iê e Meditação Transcendental), poderíamos acrescentar o hinduísmo, o confucionismo, o taoísmo, o xintoísmo, entre outras. Essas seitas invadem o Ocidente, por meio de uma outra manifestação religiosa — A Nova Era. Esta assemelha-se à grande meretriz de Apocalipse 17, e, traz como rótulo: “A Mãe das Meretrizes e das Abominações da Terra” (Ap 17.5b). Sob a égide desse movimento religioso, todas as religiões, seitas e filosofias orientais são congregadas e disseminadas no Brasil e no mundo ocidental. Há manifestações específicas de cada uma dessas correntes, seja na televisão ou nos órgãos de difusão particulares. Contudo, a difusão massificada e a roupagem filosófica dão-se mediante o sincretismo da Nova Era. O movimento retira a parte exótica e pagã da religião, empacota a filosofia e vende ao homem moderno a custo da vida eterna do indivíduo — preço muito maior do que vale qualquer um desses seguimentos.
Espiritualidade Fenomenal
Em nossos dias, muito se fala de espiritualidade. O ser humano vive momentos de crise em relação ao seu modo de existir na relação com os outros, com o mundo pós-moderno e, sobretudo, com o Sagrado. A predominância da razão na sociedade moderna, com seus avanços tecnológicos, científicos e a dessacralização do mundo, tem provocado crise de valores éticos e morais. A afetividade e crenças estão sendo redesenhadas no Ocidente. As futuras gerações conviverão com modos de ser, outrora inimagináveis nas sociedades antigas. Como no mundo cibernético e nas redes sociais, onde as mudanças e notícias correm de forma veloz, quem não se deixar moldar por esse modo de viver e conviver vai perder o bonde da história.
Na perspectiva religiosa, pairam no ar perguntas instigantes. As espiritualidades tradicionais ainda continuam válidas? O Devocionismo, por exemplo, é capaz de alimentar o vazio existencial que bate às portas da grande maioria? A crise provocada pelo Coronavírus (Covid-19) foi capaz e de suscitar novos modos de ser? Nesse caso, há os que afirmam que nada mudou nem mudará. Não serei tão radical, mas é notório que algo acrescentou à vida dos humanos do planeta terra, ricos e pobres mortais. A questão é como ressignificar a vida sempre. O ser humano é fruto das decisões que vai tomando em sua vida. Mas, o que é mesmo espiritualidade? E essa tal de espiritualidade holística?
Espiritualidade é algo que vai além da religião. Nos últimos séculos, as religiões passaram e passam por crises nos seus modos de ser como instituições.
A Bíblia refuta o Holismo Panteísta das Seitas
Há várias ideias concernentes à relação de Deus com este nosso universo. A modo de contraste entre essas falsas ideias e o ensino da Escritura, notemos:
No seu ser Deus está separado do Universo
Por toda a Escritura Deus está distinguido de Sua criação. Ele é um espírito puro, ao passo que todas as coisas e seres criados são pelo menos materiais em parte, com exceção dos anjos, tanto bons como maus. Deus é infinito; todas as coisas criadas são finitas. Deus é eterno, tendo existido desde a eternidade. Isto não é verdade quanto a qualquer outra coisa. Deus é imutável. Nada mais o é. Deus é onipresente; nada mais é. Nem qualquer outra coisa possui os atributos de onipotência e onisciência da essência de Deus. As Escrituras, portanto, refutam o panteísmo, o qual é definido por Strong como “aquele método de pensamento que concebe o universo como o desenvolvimento de uma substância inteligente e voluntária, contudo impessoal, que atinge o senso comum somente no homem. Ele, portanto, identifica Deus, não com cada objeto individual no universo senão com a totalidade das coisas” (Systematic Theology, pág. 55).
Deus criou o universo
O FATO. Isto está declarado no primeiro verso da Bíblia. A Escritura, portanto, nega a eternidade da matéria. Ela também nega que o universo foi criado por um mau Espírito, como ensinaram os maniqueus. Também é negada a geração espontânea, ideia esta dos evolucionistas ateus. Mais ainda, negada é a teoria das emanações, teoria que com o panteísmo sustenta que Deus é da mesma substância com o universo e que o universo é resultado de sucessivas emanações do Seu ser.
A MANEIRA.
(1) Pelo faça-se.
Por isso queremos dizer que Deus falou o universo à existência. As seguintes passagens ensinam isto bem claramente: “E a Palavra de Jeová foram feitos os céus e toda a hoste deles pelo bafo de Sua boca” (Salmos 33:6). “Tema toda a terra a Jeová; espantem-se dEle todos os habitantes do mundo; porque Ele falou e foi feito; Ele mandou e o mundo permaneceu” (Salmos 33:8,9). “Pela fé entendemos que os mundos formaram pela palavra de Deus” (Hebreus 11:3). Claros exemplos da criação pelo faça-se acham-se em Gênesis 1, onde descobrimo-lo arquivado que “Deus disse: Haja luz… um firmamento… etc.” e cada coisa na sua ordem surgiu à vida.
(2) Sem materiais previamente existentes.
“O que se vê não foi feito das coisas que se viam” (Hebreus 11:3). Quando Deus chamara a existência os materiais do universo, Ele os amoldou segundo Sua vontade. Ele principiou sem nada. Só Ele é eterno. Todas as demais coisas saltaram de Sua mão criadora.
Deus agora conserva o universo
Deus desenvolve contínuo poder, por meio do qual Ele mantém a existência das coisas que Ele criou segundo a natureza que lhes comunicou. A Escritura ensinando sobre a infinitude e supremacia de Deus é suficiente para convencer-nos que Deus só é auto-existente e imutável; que o universo, portanto, deve ser sustentado e mantido por poder não inerente. E como devêramos esperar, então, quando achamos a Escritura fazendo os seguintes relatos: “Tu és Jeová, ainda Tu só; fizeste o céu e o céu dos céus, com todos os seus exércitos, a terra e tudo que nela existe, os mares e tudo que esta neles, e Tu os conservaste a todos” (Neemias 9:6). “Ó Jeová, Tu conservas os homens e os animais” (Salmos 36:6). “Nele vivemos e nos movemos e temos nosso ser” (Atos 17:28). “Ele é antes de todas as coisas e nEle tudo consiste” – sustentam-se, “derivam sua perpetuidade” – Dargan (Colossenses 1:17). “… sustentado todas as coisas pela palavra do Seu poder” (Hebreus 1:3). Foi provavelmente à conservação que Jesus se referiu, em parte, ao menos, quando disse: “Meu Pai trabalha mesmo até agora” (João 5:17). O descanso de Deus no sétimo dia da semana da criação não foi à cessão total da atividade, mas somente de Sua obra criadora direta.
Deus controla o universo
Da Escritura achamos que Deus não só é o criador e conservador do universo, mas o controlador dele. Ele não criou o universo então o abandonou: Ele agora governa ativamente toda à parte e toda atividade no universo. Este ensino está envolvido na declaração que Deus “opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade” (Efesios 1:11). As seguintes passagens também ensinam esta doutrina: Jó 37:3,4,6,10-13; Salmos 135:7; 104:14; Mateus 5:45; 6:26,30.
A doutrina do controle de Deus no universo não nega a realidade das segundas causas: ela meramente mostra que Deus como a primeira causa e o Criador de todas as segundas causas. Deus arranjou segundas causas de modo que Ele cumprisse Sua vontade. As leis físicas são reais: elas prevalecem em todos os casos, salvo onde Deus as afasta nos Seus atos miraculosos. Levanta-se o vapor, a chuva cai e o vento assopra segundo certas leis; mas Deus ordenou essas leis e Ele agora sustenta todas as coisas segundo Sua natureza original e Sua intenção por elas, de maneira que Deus é realmente Quem causa o vapor subir, a chuva cair e o vento assoprar. Negar a existência da lei é tolice. Representar a lei como operando independente de Deus é infidelidade. O controle de Deus não cessa com as forças impessoais do universo: ele estende-se a todas as ações dos homens e as compreende. Isto se mostra pelas seguintes passagens: Êxodo 12:36; Salmos 33:14,15; Provérbios 19:21; 20:24; 21:1; Jeremias 10:23; Daniel 4:35; Isaías 44:28; Êxodo 9:12; Salmos 76:10; Provérbios 16:4; João 12:37,39,40; Atos 4:27,28. https://palavraprudente.com.br/biblia/capitulo-8-revelacao-de-deus-com-o-universo/
OBS: CONTEÚDO APOLOGÉTICO – A VISÃO DE DEUS DAS RELIGIÕES ORIENTAIS – “Todas as religiões que examinamos até este ponto [Islamismo, Judaísmo, Mormonismo], ou, pelo menos; achamos que assim fizemos, envolviam submissão a um deus ou alguma outra forma de divindade. Baseadas na reverência ou na prestação de contas ao ser divino, essas religiões promovem um código de conduta (o ‘que fazer ou não fazer’ da religião. As religiões [orientais] neste capítulo [Hinduísmo, Budismo, Xintoísmo], porém, fogem desse padrão. Se há um Deus, não é tão importante para essas religiões, assim como elas não impõem regras de comportamento de acordo com qualquer divindade. Mas não chegue à conclusão precipitada de que essas religiões abrem uma brecha para o estilo de vida desenfreado e imoderado. […] Embora um deus desempenhe um papel menor, ou até mesmo nenhum, em todas essas religiões, elas dizem respeito à ética, à moralidade e ao respeito. Essas religiões ensinam responsabilidade pessoal em um contexto que parece muito mais social do que religioso” (BICKEL, Bruce; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma Visão Panorâmica. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.231-32).
Conclusão
A possibilidade de sobrevivência está relacionada ao conhecimento desse tempo atual suas mudanças, desafios e transformações. Contudo, Cristo, a revelação máxima de Deus, não faz parte dessa nova espiritualidade. Ao negar Cristo, a espiritualidade holística rejeita a centralidade da fé cristã.
Bibliografia
– A Bíblia Plenitude – E.R.C.
– A Bíblia de Estudos das profecias. E.R.A.
– Dicionário Online
– Apontamentos Teológico do Autor
https://www.ihu.unisinos.br/categorias/613897-espiritualidade-holistica-e-o-vazio-existencial
https://palavraprudente.com.br/biblia/capitulo-8-revelacao-de-deus-com-o-universo/