A Santíssima Trindade um só Deus em Três Pessoas

A Santíssima Trindade Um só Deus em Três Pessoas

A Santíssima Trindade um só Deus em Três Pessoas

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!” (2 Co 13.13).

A doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade bíblica fundamental e não pode ser ignorada nem desprezada por aqueles que aceitaram a Cristo como Salvador.

Eu me alimento das mãos de Deus

Ao final deixe o seu comentário a respeito do seguinte questionamento: Você crê na Doutrina da Santíssima Trindade?

Texto Bíblico (1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13)

O termo Trindade e contrastes

1 – O Termo

O termo “trindade” foi empregado por Teófilo de Antioquia, no século II d.C. Entretanto, é possível que essa expressão tenha sido usada pelos cristãos nos primórdios da igreja.

Esse vocábulo era usado para designar o mistério de uma só divindade coexistindo em três Pessoas absolutamente distintas e co-iguais.

Todavia, o estabelecimento do termo é atribuído ao apologista cristão, Tertuliano de Cartago. Coube ao bispo de Alexandria, Atanásio, a elaboração do credo que sedimentou a ortodoxia trinitária.

“[Do gr. trios, três; do lat. trinitatem, grupo de três pessoas] Doutrina bíblica segundo a qual a divindade, embora uma em sua essência, subsiste nas Pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.349.

As Três Pessoas são iguais nas substâncias e nos atributos absolutos, metafísicos e morais. Apesar de o termo não se encontrar nas Sagradas Escrituras, as evidências que atestam a doutrina são, tanto no Antigo, como no Novo Testamento, incontestáveis. 

Só relembrando que a  palavra Trindade foi usada pela primeira vez, em sua forma grega, por Teófilo; e, em sua forma latina, por Tertuliano.

O Credo Atanasiano assim se expressa acerca da doutrina da Santíssima Trindade: ‘Adoramos um Deus em trindade, e a trindade em unidade, sem confundir as pessoas, sem separar a substância” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p, 279).

2  – Conceito

O conceito do Deus Trino e Uno acha-se somente na tradição judaico-cristã. Esse conceito não surgiu mediante a especulação dos sábios deste mundo, mas através da revelação outorgada passo a passo na Palavra de Deus. Em todos os escritos dos apóstolos, a Trindade é implícita e tornada como certa (Ef 1,1-14; 1Pe 1.2).

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Fica claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo, existem eternamente como três Pessoas distintas, mas as Escrituras também revelam a unidade dos três membros da Deidade.

Eu me alimento das mãos de Deus

As Pessoas da Trindade têm vontades separadas, porém nunca conflitantes (Lc 22.42; 1Co 12.11). O Pai fala ao Filho, empregando o pronome da segunda pessoa do singular: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido’ (Hb 9.14).

Declara que veio ‘não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou’ (Jo 6.38)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 162-3).

3 – Arianismo (Contraste)

Heresia fermentada por um presbítero do 4° século chamado Ário. Negando a divindade de Cristo, ensinava ele ser Jesus o mais elevado dos seres criados, Todavia, não era Deus. Por este motivo, seria impropriedade referir-se a Cristo como se fora um ente divino.

Para fundamentar seus devaneios doutrinários, buscava desautorizar o Evangelho de João por ser o propósito desta Escritura, justamente, mostrar que Jesus Cristo era, de fato, o Filho de Deus. Os ensinos de Ário foram condenados no Concílio de Niceia em 325 (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico, 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 52).

4 – Concílio de Niceia e de Constantinopla

Primeiro concílio ecumênico da história. Convocado pelo imperador Constantino, em 325, teve como objetivo solucionar os problemas que dividiam a cristandade. Problemas esses causados pelo arianismo.

Buscando reafirmar a unidade da Igreja, os participantes do concílio redigiram uma confissão teológica, confirmando a ortodoxia doutrinária do Cristianismo.

Em 381, reuniram-se em Constantinopla 150 bispos, a pedido do imperador Teodócio l, com o objetivo de confirmar a unidade da igreja no Oriente. Terminado os trabalhos, aquele segmento da cristandade livrava-se de mais de meio século de domínio ariano” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp. 88,89).

Obs.:Entendemos, mediante a Doutrina da Trindade, que a divindade subsiste eterna e plenamente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não são três deuses como falsamente afirmam os hereges, mas um só Deus. Uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, e outra, a do Espírito Santo.

O Pai não é maior do que o Filho. O Filho não é maior do que o Espírito Santo, e assim respectivamente. O Pai não é o Filho. O Filho não é o Espírito Santo. E o Espírito Santo não é nenhuma das Pessoas anteriores.

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Todavia, a divindade pertence a cada uma das três pessoas, constituindo um só Deus. Conforme afirmou Atanásio de Alexandria: “Adoramos um só Deus na Trindade, a Trindade na Unidade, sem confusão de pessoas, e sem separação de substância”. Leia mais sobre o Senhor e Salvador Jesus Cristo.

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A Santíssima Trindade no Antigo Testamento

A doutrina da Santíssima Trindade não é exclusiva do Novo Testamento; é uma ampliação de uma verdade que se acha desde o Gênesis ao profeta Malaquias.

Então, por que a rejeitam os judeus? Pelas mesmas razões que os levaram a repudiar a messianidade de Jesus de Nazaré: cegueira espiritual e dureza de coração (2 Co 3.14-16).

A Trindade é claramente apresentada tanto na criação do Universo, como na expectativa messiânica da alma hebreia e em cada episódio da História Sagrada.

Obs.: Nossa mente jamais conseguirá explicar adequadamente, o que é a Santíssima Trindade. Aliás, foi o que certa vez confessou Agostinho, um dos maiores teólogos do Ocidente. Todavia, contamos nós com a assistência do Espírito Santo que, por intermédio das Sagradas Escrituras, revela-nos o necessário para aceitarmos a beleza dessa verdade.

1 – A Trindade na criação do Universo.

Se levarmos em conta que a palavra hebraica ’ĕlōhim (Gn 1.1) é um substantivo plural, concluiremos: a Santíssima Trindade encontrava-se ativa na criação do Universo.

Por conseguinte, quando a Bíblia afirma que no princípio Deus criou os céus e a terra, atesta: no ato da criação, estiveram presentes Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. O Pai criou o Universo por intermédio do Filho (Jo 1.3), enquanto o Espírito Santo transmitia vida a tudo quanto era criado (Gn 1.2).

2 – A Trindade na expectativa messiânica da alma hebreia.

A expectativa messiânica, que sempre foi um fator de consolação à alma hebreia, também revela a presença da Santíssima Trindade no Antigo Testamento. Ler Sl 110.1,4.

Em ambas as passagens, o autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, mostra o Pai referindo-se ao Filho – Jesus Cristo (Mc 12.36; Hb 5.6).

Um trecho que mostra, de maneira explícita e clara, a presença da Santíssima Trindade no Antigo Testamento é Daniel 7.13-14. Eis mais algumas passagens que demonstram a Trindade no Antigo Testamento: Is 6.8; 7.14; 9.6.

Leia mais sobre O único Deus verdadeiro.

A Santíssima Trindade no Novo Testamento

É no Novo Testamento que encontramos as mais claras e explícitas manifestações da Santíssima Trindade: no batismo de Jesus, em seu ministério e em sua ressurreição e ascensão e, de forma abundante, na vida da Igreja Primitiva.

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No batismo de Jesus (Mt 3.16,17).

Nessa clássica manifestação da Trindade, vemos a Segunda Pessoa (o Filho) submeter-se ao batismo, a Terceira Pessoa (o Espírito Santo) descer como pomba sobre a Segunda Pessoa e a Primeira Pessoa declarar o seu amor à Segunda Pessoa.

No ministério de Jesus (Lc 4.18,19).

Nesta passagem de Isaías (61.1), é impossível não ver a manifestação da Santíssima Trindade.

Na ressurreição e na ascensão de Jesus.

Já prestes a ser assunto ao céu, o Senhor Jesus Cristo, ao dar últimas instruções aos discípulos, declarou: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Pode ainda restar mais alguma dúvida acerca da Trindade?

Na vida da Igreja Primitiva.

Nos Atos dos Apóstolos, a Santíssima Trindade aparece operando ativamente, desde os primeiros versículos (At 1.1,2). Nesse livro, encontramos a Trindade na proclamação do Evangelho (At 5.32; At 10.38); no testemunho eficaz da fé cristã (At 7.55); no chamamento de obreiros (At 9.17); no Concílio de Jerusalém (At 15.1-35).

Nas epístolas, muitas são as passagens sobre a Trindade (Rm 14.17; 15.16; 2 Co 13.13; Ef 4.30; Hb 2.3,4; 2 Pe 1.16-21; 1 Jo 5.7). No Apocalipse, a Santíssima Trindade encontra-se do princípio ao fim: 1.1,2; 2.8,11, etc.

Conclusão

A doutrina da Santíssima Trindade não é um mero exercício intelectual; é uma verdade consoladora: ensina-nos diversas coisas vitais para a nossa vida cristã.

Em primeiro lugar, com a ascensão de Nosso Senhor, não fomos deixados órfãos. Ele rogou ao Pai que, amorosa e prontamente, enviou-nos o Consolador, o que aponta para a necessidade de levarmos a vida segundo o Espírito.

E este, com inexprimíveis gemidos, intercede por nós e testifica que somos filhos de Deus através dos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quão consoladora é a doutrina da Santíssima Trindade.

 

Referências

– ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999

– Apontamentos Teológicos do Autor

– Dicionário da Língua Português Online

– HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996

– Wikipédia, a enciclopédia livre.

– Lições Bíblicas CPAD – Jovens e Adultos – 4º Trimestre de 2006 – Título: As verdades centrais da Cristã – Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade – Lição 2: Deus, O Ser Supremo por excelência – Data: 8 de Outubro de 2006

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