Vivendo o fervor Espiritual

Vivendo o fervor espiritual
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Vivendo o fervor Espiritual

Quando nos enchemos da plenitude do Espírito Santo não há espaço para as obras da carne. A vida cheia do Espírito é uma vida de restrição moral, destituída das concupiscências carnais. Encher-se do Espírito é ser habitado por Ele em plenitude.

Porém, também, demanda um processo contínuo e crescente de enchimento. É necessário possuí-Lo presente em nós de tal maneira que seja impossível encontrar qualquer espaço para as obras da carne. Portanto, estar cheio do Espírito Santo significa que todo o ser do crente está sob sua direção, inspirado por Ele.

Texto Bíblico (Efésios 5.15-20).

Enchendo-se Espírito Santo

Numa linguagem figurada a Bíblia mostra que o crente deve encher-se de Deus na sua vida. Trata-se de um contraste entre a embriaguez com “vinho” e o “encher-se do Espírito”. Na velha vida, a embriaguez é típica de pessoas tristes, vazias, amarguradas. As coisas desse mundo apenas embriagam e produzem mal-estar. A vida cristã tem outra forma de superar as dificuldades, que é o “encher-se do Espírito”. A palavra “contenda”, aqui, abrange a ideia de licenciosidade e desenfreio.

Por que encher-se do Espírito? (v.18). O Espírito é o dom supremo de Deus à Igreja. Todos os outros dons são ministrados através dEle. O Espírito é que dá vida ao corpo de Cristo. Sem Ele não há vida. Uma vez cheia do Espírito a vida cristã se torna plena e o crente é habilitado a viver vitoriosamente. Se o encher-se de vinho conduz o homem ao deboche e à degeneração, o encher-se do Espírito conduz o crente a ter uma vida vitoriosa (2Co 3.18).

OBS: ARGUMENTO DOUTRINÁRIO – “‘Enchei-vos’(imperativo passivo presente) tem o significado, em grego, de ‘ser enchido repetidas vezes’. A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante (Ef 3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimento repetido do Espírito Santo. O cristão deve ser batizado no Espírito Santo após a conversão (ver At 1.5; 2.4), mas também deve renovar-se no Espírito Santo repetidas vezes, para adoração a Deus, serviço e testemunho (ver At 4.31-33).

Experimentamos enchimentos repetidos do Espírito Santo quando mantemos uma viva em Jesus Cristo (Gl 3.5), estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1Ts 5.19). Alguns resultados de ser cheio do Espírito Santo são: (a) Falar com alegria de Deus, em salmos, hinos e cânticos espirituais (v.l9), (b) Dar graças (v.20) e (c) sujeitar-nos uns aos outros (v.21)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1818).

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As manifestações do Espírito no crente (v.19). A plenitude do Espírito na vida do crente o toma criativo, porque a presença do Espírito nele produz o que está no v.l9 “falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”. “O versículo 19 fala de três tipos de louvor e adoração que resultam duma vida cheia do Espírito Santo. O primeiro tipo fala de salmos, referindo-se aos salmos de Davi, Asafe, Moisés, que contêm expressões proféticas acerca do Messias, etc. A palavra salmos aparece no grego com o sentido de cânticos acompanhados por harpa ou outro instrumento musical.

O segundo tipo fala de hinos que eram cânticos de louvor a Deus, mas entoados espontaneamente, vindos do coração. O terceiro tipo de louvor era com ‘cânticos espirituais’. Esse tipo tem sido interpretado de duas maneiras. Alguns acham que são aqueles cânticos poéticos regulares, previamente preparados para o louvor. Outros interpretam como sendo os cânticos produzidos no interior do espírito do crente cheio do Espírito Santo. (…) Esses ‘cânticos espirituais’ são os cânticos do nosso espírito interior louvando espontaneamente ao Senhor, sem a interferência da inteligência, mas estritamente produzidos pelo Espírito Santo e ensinados ao espírito interior do crente” (Carta aos Efésios, CPAD). Percebe-se, aqui, que a música realmente sacra tem uma relação muito estrita com Deus. Esses “cânticos espirituais” precisam ser reativados e renovados na vida devocional da igreja local. O Espírito habilita o crente a este tipo de manifestação espiritual que edifica e fortalece a da Igreja.

Resultados da plenitude do Espírito (vv.20,21). Quando somos cheios do Espírito desenvolvemos um “espírito de ações de graças”. Ela é uma forma de demonstrar o nosso gozo espiritual. Quando estamos cheios do Espírito não temos dificuldades para sujeitarmo-nos “uns aos outros no temor de Deus”. Uma pessoa carnal não se sujeita, mas quem está cheio do Espírito tem prazer em assim fazer, inclusive no sentido de contribuir, ajudar e consolar.

Cristologia e Soteriologia

OBS: ARGUMENTO TEOLÓGICA-PRÁTICO – “Para ampliar a percepção de oposição entre “ser cheio do Espírito” e “embriagados de vinho”: “Ser Cheio do Espírito Santo (5.18-21). Toda essa seção (4.17 – 5.21) contém uma série de contrastes, começando com ‘antes’ e ‘depois’, contrapondo os gentios que, convertidos, vieram a conhecer a Cristo. Outro contraste ocorre novamente em 5.18, embriaguez versus plenitude espiritual. A embriaguez é uma obra das trevas e consequência da natureza pecaminosa (não é uma doença) que ‘melhor responde por essa aparência aqui’.

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Os tempos dos dois imperativos em 5.18 indicam as seguintes mensagens: ‘nunca façam assim’, referindo-se à tolerância para com a embriaguez, e ‘sempre façam assim’ em relação a encher-se do Espírito Santo. Gordon Fee (721-22) observa que o verdadeiro significado do segundo imperativo não é usual: ‘Paulo não diz ‘sejais cheios do Espírito’ [genitivo] como se alguém estivesse cheio do Espírito da mesma forma que outro estivesse cheio de vinho, mas ‘enchei-vos do Espírito’ com ênfase em estar totalmente cheio da presença do Espírito (ou da ‘plenitude concedida pelo Espírito’)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos – Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.451).

A importância da Maturidade Espiritual

“Não devemos nos desvencilhar do poder da santidade. Deus nos purifica para nos transformar em vasos de bênçãos. Os cristãos cuja vida é consistente e livres dos grilhões da carnalidade ficarão livres da condenação. Embora nem a idade nem a experiência sirvam de garantia de maturidade espiritual, o fruto do espírito a produz.

A maturidade espiritual envolve melhor entendimento do Espírito de Deus e das necessidades das pessoas. Nessas condições, poderemos melhor exercer os dons. A maturidade aumenta nossa sensibilidade diante do Espírito Santo, a fim de compreendermos como operam os dons e quando são necessários. Perceberemos o equilíbrio, sem irmos a extremos. Procuraremos resultados a longo prazo, e não apenas bênçãos para o momento. Buscaremos um reavivamento que perdurará até à vinda de Jesus.

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A maturidade espiritual ajuda-nos a ter bons relacionamentos com as pessoas. Passamos a compreendê-las melhor e a conhecer a melhor maneira de ministrar a elas. Devemos nos esforçar para alcançar a união. As pessoas, ao observarem nosso caráter e conduta, passarão a ter confiança em nós. A Igreja Primitiva escolheu seus sete primeiros diáconos com base na sua ‘boa reputação” (At 6.3). Uma boa reputação confirmada pelo próximo é crucial à plena liberação do Espírito no ministério aos outros e ao crescimento da Igreja” (Teologia Sistemática, CPAD, pp.492,493).

OBS: ARGUMENTO DA VIDA CRISTÃ – “Mas ouça a terceira [marca do Espírito]: ‘Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus’. Creio que a melhor prova de alguém estar cheio do Espírito é o quebrantamento e a humildade. Eles não são opção! São pontos que tornam fácil sujeitarmo-nos aos outros irmãos. Em meu ministério de ensino encontro uma grande diferença nas pessoas.

Quando você leva a Palavra de Deus a certas pessoas, elas ficam ofendidas. Outras dizem: ‘Ah! Não! Não concordo com você’. E muitas não se deixam ensinar. Mas quando estão cheias do Espírito Santo mesmo, também estarão dispostas a aprender. Você pode falar em muitas línguas, mas se não tem um espírito pronto para aprender, eu pergunto que tipo de Espírito você tem. Os professores não são perfeitos e seus ensinamentos, às vezes, têm falhas; às vezes você pode ter o direito de questionar o que dizem e discordar.

Mas se você tem o Espírito de Deus, irá questioná-los com mansidão, num tom fraterno. Ao invés de ficar ofendido e sair zangado, você chegará até o professor com um espírito dócil e cortês e dirá: ‘Talvez eu não tenha entendido muito bem o senhor ou não tenha captado o sentido’. Ah! Como é maravilhoso esse espírito de sujeição de uns para com os outros no temor de Deus” (GEE, Donald. Como Receber o Batismo no Espírito Santo: Vivendo e testemunhando com poder. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.43-44).

Conclusão

Busquemos estar cheios do Espírito, vivendo e andando nEle. Assim, estaremos experimentando a plenitude espiritual desejada por Deus para todos os crentes.

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