A Nova Jerusalém

O mundo Vindouro

A Nova Jerusalém

 No Mundo Vindouro, Deus consumará todas as coisas, pois haverá novos céus e nova terra.

 Texto Bíblico Apocalipse 21.1-5

O Milênio

A palavra ‘milênio’ vem dos termos latinos Mille e annum (‘ano’). A palavra grega chilias, que também significa “mil’, aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra.

O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes da eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.

1 – Principais características e condições do Milênio

O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (SI 2.10-12).

Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1).

Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5), ‘Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade Ao Senhor […] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serio consagradas ao Senhor dos Exércitos’ (Zc 14.20-21).

Tudo, do trabalho à adoração, será santificado ao Senhor, O pecado será punido (SI 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira pública e justa. A era messiânica também será caracterizada por um reinado de paz (Is 2,4; 11,5-9; 65.25; Mq 4.3).

2 – As profecias de Isaías revelam outras características, incluindo:

  • Alegria (Is 9.3-4);
  • Glória (Is 24,23)
  • Justiça (Is 9.7);
  • Conhecimento pleno (Is 11,1-2);
  • Instruções e orientações (Is 2,2-3);
  • Fim da maldição sobre a terra e a eliminação de toda enfermidade (11.6-9; 33.24);
  • Maior expectativa de vida (Is 65.20);
  • Prosperidade no trabalho (Is 4.1; 35.1-2; 62,8-9)
  • Harmonia no reino animal (Is 11,6-9; 62.25).

Sofonias 3.9 e Isaías 45.13 afirmam que, no Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será possível por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37,27-28), A presença física do Messias garantirá estas bênçãos.

Walvoord diz: “A gloriosa presença de Cristo no cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e adoração (Walvoord, p.307)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Eu. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.318).

3 – “…e reinarão com Cristo durante mil anos”; Ap. 20.4b.

O milênio será, de acordo com as escrituras, um tempo de restauração para todas as coisas. Ao invés do pecado, a justiça encherá a Terra.

Será verdadeiramente a Idade Áurea da Terra, acerca do qual os poetas têm entoado, e pela qual este mundo triste e sofrido tem esperado através de todos os séculos, desde que o seu Rei foi crucificado e assim o Senhor da Glória foi rejeitado pelos que lhe pertenciam e por cuja razão, o reino foi adiado.

Haverá profundas mudanças na Terra, durante o Milênio. A maldição que Deus pronunciou devido ao pecado, será removida e assim a benção de Deus mover-se-á sobre a Terra.

4 – Vejamos agora alguns itens a serem considerados sobre o Milênio.

a – A forma de Governo – Teocrático, isto é, o próprio Deus regerá o mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; Dn. 7.4.

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b – A Sede do Governo – Jerusalém, será a capital do mundo. A desprezada cidade tantas vezes pisada pelos exércitos invasores.

c – Condições espirituais – As condições espirituais em evidência durante o Milênio contrastarão fortemente com as prevalecentes nos dias atuais.

Então terá sua total realização a profecia de Joel 2.28,29, em que, o Espírito Santo será derramado sobre Israel e as demais nações. O conhecimento do Senhor será universal durante o Milênio; Is. 11.9; Jr. 31.34.

Tal qual hoje o mal prevalece e muitas nações jazem nas trevas da idolatria, naquele tempo a justiça de Deus prevalecerá e todas as nações conhecerão o nome do Senhor Jeová Rafá.

d – Satanás será amarrado durante o Milênio. Esse inimigo, tanto de Deus como do homem, será algemado e lançado no abismo, de maneira que ele ficará impossibilitado de exercer o seu nefasto programa de engano entre os homens; Ap. 20.1-3.

e – Haverá paz universal durante este período em estudo. Hoje os esforços humanos para promover a paz entre os homens são vãos. Porém chegará o dia em que o Príncipe da Paz estabelecerá a perfeita harmonia entre as nações.

f – Fim do Milênio – Satanás será solto do abismo, por um pouco de tempo e enganará as nações afim de congregá-las para a batalha.

O homem dará ouvidos a Satanás

O fato de que o homem dará ouvidos aos enganos de Satanás, embora tenha usufruído das bênçãos e das melhores influências espirituais, durante este período, mostrará que o estado de depravação natural do coração humano, ainda se encontra enraizado dentro do seu instinto pecaminoso, por natureza, e este estado de depravação será revelado no fim desse período de 1.000 anos.

Mas, no ponto pinacular da rebelião contra o Senhor, Deus enviará fogo do céu que os devorará. O fim do Milênio marcará também o fim de todas as dispensações terrestre e o fim do tempo.

Observação

As Escrituras afirmam que Deus é “Rei eterno” (Sl 10.16), “Rei da Glória” (Sl 24.8), “Rei sobre a terra” (Sl 47.2), e “Rei de Israel” (Is 44.6). O seu reino é atemporal (Sl 74.12) e domina sobre todas as coisas (Sl 103.19).

Ele o “dá a quem quer” (Dn 4.25). Deus, como Rei, estabeleceu um reino teocrático com Adão, a quem deu o domínio sobre a criação (Gn 1.28), com o governo humano (Gn 9.1-7), com os reis de Israel (1 Sm 12.13), e com os gentios (Dn 4.17).

Porém, esses monarcas falharam na execução da justiça e no reconhecimento da soberania de Deus sobre os reinos da terra (Dn 4).

No entanto, Deus, através do herdeiro eterno do trono de Davi, Jesus (2 Sm 7.16; Hb 1.8), mostrará às nações, durante mil anos, a excelência de um governo regido com justiça e equidade (Hb 1.8) e orientado pela Palavra do Senhor (Is 2.3).

O Julgamento Final

E Apocalipse 20.11-15 descreve-se o julgamento que terá lugar ao fim do Milênio, mil anos depois do julgamento das nações, realizando-se não sobre a terra, como foi o caso do julgamento das nações, mas sim nas regiões celestiais onde Deus habita.

A primeira ressurreição (Ap 20.6), ocorrerá antes do início do Milênio e será para os mortos justos pertencentes a todas as dispensações, à Igreja, e ao grupo salvo durante a Grande Tribulação (Ap 7).

Sendo que os participantes da 1ª ressurreição são descritos como bem aventurados, e santos, naturalmente os demais mortos que não viverem até o fim do Milênio não o são.

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A presença do Livro da Vida será necessária na condenação daqueles que alegarão méritos das suas obras, quando deveriam ter aceitado a Cristo como seu Salvador, fato que teria colocado seus nomes nesse livro do Cordeiro.

Os ímpios serão julgados segundo as suas obras. O registro delas será aberto e lido para determinar o grau de castigo. O Lago de Fogo será para todos os ímpios. Para este lugar serão removidos para sempre a morte e o Hades.

O Estado Perfeito e Eterno

Jesus não deixou de mencionar sobre essa era perfeita. Apocalipse 21 e 22 descrevem as glórias deste estado eterno. A cidade de Jerusalém, a celestial, baixará de vez sobre a Terra. A nova terra tem seu relevo totalmente diferente.

“Embora o trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: ‘E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo’ (Jo 5,22), O único Mediador entre Deus e a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus assentar-se-á sobre o trono.

E tão grande será a sua majestade, que a terra e o céu ‘fugirão’, não havendo mais para eles ‘lugar, no plano de Deus’. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra.

Eis os que comparecerão diante do grande trono branco: ‘os mortos, grandes e peque- Ap 20.12). Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis.

Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para serem julgados, serão os outros mortos’ (Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento.

Esses serão os “mortos ímpios’, incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás” (MENZIES, WHliam W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da nossa . 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, (95, pp.207,08).

O Mundo Vindouro – A Nova Jerusalém

Ao contrário do que ensinam os incrédulos, a Nova Jerusalém não é uma suposição nem algo imaginário; é real e concreta. No Apocalipse, temos dela uma descrição rica e pormenorizada.

Vejamos o que é, de fato, a gloriosa cidade que, um dia, estaremos adentrando, a fim de estarmos para sempre com Nosso Senhor Jesus Cristo.

Definição.

A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém Celeste, é o lugar que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as coisas, estejamos eternamente com Ele.

É descrita ainda, pelo próprio Senhor, como a casa de meu Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1-4). Isto significa que há lugar para todos os que vierem a recebê-lo como o seu único e suficiente Salvador.

A localização da Nova Jerusalém.

Acha-se esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais imaginado pela mente humana.

Neste exato momento, enquanto ansiamos pela chegada do Cordeiro, a Nova Jerusalém, lindamente ataviada, aguarda a chegada do Esposo.

Juntamente com a Igreja, adentrará os seus limites, levando os céus e a terra, conforme cantamos no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma grei.

É o que podemos adiantar, por enquanto, acerca da localização da Nova Jerusalém. Quando lá estivermos; viremos a conhecê-la detalhadamente.

Suas dimensões.

A cidade forma um cubo perfeito numa alusão ao Santo dos santos do Tabernáculo. Suas dimensões chefiam a 12 mil estádios (Ap 21.16) que, de conformidade com as medidas atuais, equivalem a 2.260 km². Isso, em medidas terrenas.

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As medidas celestes estão do outro lado; não são aprendidas aqui. Concluímos que a cidade toda formará um perfeito santuário, no qual o Senhor será sublime e eternamente glorificado pelos redimidos de todas as eras da História Sagrada.

Seu aspecto.

A beleza da cidade é singularmente indescritível. Utilizando-se da limitação e das imperfeições da linguagem humana, embora inspirado por Deus, João assim descreve-nos a Ditosa Cidade: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel.

Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas.

E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro” (Ap 21.9-15).

Cidadania Celeste

Que jamais nos esqueçamos de nossa cidadania celeste obtida por Cristo na cruz. Aqui, neste mundo cruel e iníquo, não passamos de peregrinos. Mas com a ajuda de Nosso Senhor, caminhamos para a Nova Jerusalém de Deus.

As cidades antigas eram modestas, se não francamente sujas. Tinham paredes de pedra, construídas sobre leitos de rochas ou montes de terra batida.

Os portões eram feitos de madeira grossa e suportados por barras de ferro. As estradas eram sujas, apenas pavimentadas com pedras em casos excepcionais.

Os melhores edifícios eram feitos de pedra, e os menores com tijolo cozido ao sol. Sem nenhum sistema de saúde pública e de remoção regular de lixo, a maioria delas estava assolada por moléstias e maus odores.

A Nova Jerusalém será totalmente diferente. Sua descrição nesse livro enfatiza sua pureza e perfeição. Os limites da cidade formam um perfeito cubo, exatamente como o lugar santíssimo do Tempo de Jerusalém.

Suas dimensões são em números múltiplos de doze, um número associado à perfeição desde as doze tribos de Israel.

As fundações da cidade são de pedras semipreciosas ao invés de barro, jaspe ao invés de rochas em suas paredes e edifícios feitos de ouro, e não, de madeira ou pedras. A descrição da Nova Jerusalém no Apocalipse é semelhante à de Isaías 60.

O profeta do Antigo Testamento mencionou um extenso uso de metais e materiais preciosos (60.5-9,17), a luz eterna vinda do Senhor (vv.1,2,20) — não do sol, lua ou estrelas (v.19,20) —, os portões que nunca se fecham (v.11), a justiça de cada habitante (v.21) e os reis das nações estrangeiras que vêm à cidade para adorar a Deus (vv.11-14)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.1923).

Conclusão

Ora, se o Milênio é tão maravilhoso, o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações, será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e perfeitíssimo.

Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade?

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