Deus o primeiro Evangelista

Deus o primeiro evangelista

Deus o primeiro Evangelista

Deus o primeiro Evangelista! Assim é, que a Bíblia, nos é apresentado de Gênesis a Apocalipse, o mesmo Deus que vem até nós com uma dinâmica de nos transformar pelo seu imenso poder restaurador e por fim nos enviar.

Até porque envolver-se com o Deus da Bíblia significa estar sujeito e disposto ao envio missionário. Temos uma demonstração disto, no texto bíblico que nos diz: “Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito” (Ex 3. 10). Deus, o primeiro Evangelista. 

Deus o primeiro Evangelista. A Redenção anunciada por Deus a Adão

1 – Pós-Queda (Gn 3.15).

Após a Queda, Deus pôs inimizade entre a serpente e a mulher. Esta foi condenada a sentir fortes dores no parto, passando a ser dominada pelo marido (Gn 3.16; Ef 5.24).

Naquele ambiente tenso, Deus também condenou a serpente, e anunciou a redenção da humanidade através da “semente da mulher”, que é Cristo Jesus, nosso Salvador (Gn 3.14,15).

Neste texto da escritura se encontra o anúncio (boas novas) da primeira e mais gloriosa promessa de redenção, de erguimento do homem da condenação.

Ao invés de lançar apenas juízos inclementes e condenatórios sobre o casal, Deus, o justo Juiz, pois sua justiça é perfeita e misericordiosa, abriu um espaço para a redenção.

A humanidade está arruinada e diante de um novo programa de dores e aflições. Mas o Criador divisou um remédio que cortaria os efeitos do veneno mortal que acabara de ser inoculado na nova raça.

Se Deus não tivesse um remédio tão eficaz, talvez, na sua infinita bondade, tivesse desviado o plano do tentador. O verso 15 nos dá o primeiro som do evangelho, e tem por isso sido classificado como o “proto-evangelho”. Da semente da mulher sairia um que esmagaria a cabeça da serpente.

A Vulgata

A tradução da Vulgata (Bíblia usada na Igreja Católica) dá a mulher como sendo quem esmagaria (ver cap. 12 de Ap.) a cabeça da serpente, mas tanto a tradução de Figueiredo, como a Brasileira são fiéis ao original, onde se lê que não a mulher, mas a sua semente, esmagaria a cabeça da serpente.

Alguns acham que esta profecia não se refere, tampouco, a Cristo somente, mas a todos os crentes nele.

O Apóstolo Paulo, por sua vez, disse aos Filipenses: “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação.”

As Sagradas Escrituras revelam vários atributos de Deus que o enaltecem como o Redentor da raça humana (Jó 19.25; Is 41.14; Is 47.4; 63.16): Deus é amor (1 Jo 4.8,16), é bom (Sl 34.8; 106.1), e sua misericórdia dura para sempre (Dt 4.31; Sl 111.4).

Deus anuncia a Salvação a Noé

Gn 6.18: Deus falou com Noé, anunciando-lhe a destruição do gênero humano (Gn 6.1-7). Em toda aquela geração, apenas Noé podia ser considerado justo e íntegro. Por essa razão, Deus anuncia-lhe o Dilúvio, instruindo-o a construir a arca de salvação.

1 –  O anúncio do Dilúvio.

Já decidido a destruir a Terra, o Senhor acha graça em Noé (Gn 6.8). O patriarca soube como preservar moral e espiritualmente a esposa e os filhos.

No entanto, pelo que inferimos do texto sagrado, nada pôde fazer aos seus irmãos e sobrinhos, pois estes também haviam se deixado corromper pelo exemplo de Lameque.

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Ao justo e íntegro Noé, anuncia Deus o Dilúvio; “O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra” (Gn 6.13).

O patriarca sabia, através da fé, que o juízo era certo. Quanto aos seus contemporâneos, preferiram ignorar a iminência do castigo divino.

2 –  Um juízo que parecia improvável.

Se considerarmos Gênesis 2.5, concluiremos que, naquele tempo, a terra não era regada pela chuva como nos dias de hoje (Gn 2.6).

Portanto, como acreditar no Dilúvio se nem chuva havia? Dessa forma, os “cientistas” da época devem ter questionado sarcasticamente a Noé.

Nossa geração assim reage quanto à vinda de Cristo (2Pe 3.4). O que parece improvável, porém, está prestes a acontecer. Jesus está às portas.

Na verdade, em meio a toda aquela situação, Deus intervém mostrando ao velho Noé que havia Ele projetado a guardar todos aqueles que na arca entrassem, obedecendo assim a sua vontade.

Lembrando que a arca estava simbolizando a salvação em Cristo, por isso, para a era Neolítica houve o anuncio das boas novas pelo próprio Deus.

Deus anuncia o Evangelho ao patriarca Abraão

Gn 12.1,2: Segundo os estudiosos da Bíblia, a chamada de Abraão tem início o Evangelho de Jesus Cristo.

Abraão era tão gentio quanto eu e você, quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela fé, tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem.

1 –  O pai da nação hebraica.

Deus precisava de uma nação, através da qual pudesse redimir a humanidade, segundo anunciara a Adão e Eva (Gn 3.15). Esta nação teria de vir da linhagem de Sem, o filho mais velho de Noé (Gn 9.26,27). E, como todos sabemos, Abraão era semita.

Sua escolha evidenciou-se por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3). Nele seriam abençoadas todas as nações da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3).

Afinal, Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt 1.1). A missão da família hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do amor, da justiça e da Palavra de Deus (Rm 9.4,5).

Apesar da aparente falha de Israel, sua missão foi plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por intermédio dos judeus (Jo 4.22).

2 –  O pai dos crentes.

Quando chamado por Deus, o gentio Abraão creu e, sem demora, aceitou-lhe a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn 15.6).

A partir daquele momento, passou a ser visto pelo Senhor como se jamais tivesse cometido qualquer falha: um homem justo e perfeito.

Enfim, um amigo de Deus (Is 41.8). Por esse motivo, todos os que creem em Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus filhos na fé (Gl 3.7).

Abraão iniciou sua vida em Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia. Dali, Terá, seu pai, mudou-se com a família para Harã. Tanto Ur como Harã eram centros de adoração da lua.

O nome de seu pai, Terá, provavelmente significava “Ter” é (o divino) irmão. Acredi­ta-se que “Ter” seja uma variação dialética para o deus lua e era especialmente popular no distrito de Harã como foi confirmado pelos registros assírios.

Mas Abraão foi convocado pela voz de Deus a deixar o seu cenário pagão, para ir a uma terra divina­mente prometida à sua semente. Após sua chegada à Palestina, Abraão passou muitos dias principalmente nas proximidades de três centros no sul, Betei, Hebrom (Manre) e Berseba”. Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD,p.ll.

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A responsabilidade de anunciar as Boas Novas é transferida a Israel

Deus refere-se três vezes a Israel como “minhas testemunhas’ (Is 43.1042; 44.8). A verdadeira questão é: uma testemunha de quem?

O Senhor declara explicitamente: O povo que formei para mim proclamará meus louvores (43.21), proclamar seus louvores para quem? O versículo 9 nos dá a orientação: “Que todas as nações se unam ao mesmo tempo, que se reúnam os povos”.

Esse é o público de Israel Essa é a sua missão! Esse conceito de serviço não é enfra­quecido pelo fato de que quatro canções servis dedicadas a esse Servo ideal de Deus que é o próprio Cristo.

O serviço de Israel é estabelecido claramente. Israel tem uma missão a cumprir, um serviço a ser feito. As palavras de Paulo ecoam o verdadeiro chamado de Israel no Antigo Testamento: Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes’ (Rm 1.14).

O fato de Israel não ter reconhecido essa posição de serviço e não ter servido à humanidade não elimina o ideal do Antigo Testamento para com a nação, e o chamado da mesma.

Se mantivermos na mente essa dupla posição e relação de Israel, grande parte das Escrituras ganhará uma nova perspec­tiva e significado mais profundo. Israel nunca deixa de ser o povo de Deus, a nação do Senhor, embora, devido ao fracasso, ela seja temporariamente como serva de Deus.

Ela permanece desqualificada até que o genuíno arrependimento a restaure novamente. Tal restauração é prometida pela graça de Deus e exigida pela justiça e fidelidade de Deus” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões, led. Rio de Janeiro: CPAD, 20000, pp. 137,138).

Israel

A fase enriqueceu a religião dos israelitas de muitas maneiras, tornando-a uma religião de redenção milagrosa, monoteísmo positivo, consagração de­votada, ética dinâmica, fé responsável amor e obediência, culto organizado, lei em comum e uma grande esperança.

Embora ela não acrescentasse muitas referências à universalidade, enfatizava o caráter inclusivo no prelúdio memorável que precede a inauguração de Israel como uma nação, a realização do Decálogo e do pacto.

Se esse prelúdio fosse devidamente compreendido, ele teria uma importância revolucionária e renovadora para Israel ao conceder significado, propósito e sentido à sua história (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões, 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 20000, p. 135).

Deus anuncia a vinda do Messias da Casa de Davi

2 Sm 7.16:

1 –  A promessa divina como boas novas.

O plano divino com a casa de Davi ia além do trono de Jerusalém. O primeiro anúncio que que Deus fez a Davi de estabelecer um trono eterno parece ter sentido ambíguo (2 Sm 7.11-16).

É claro que Salomão, seu sucessor imediato, também está nesse contexto.

Porém, o Espírito Santo, ao longo da história do Antigo Testamento, encarregou-se de revelar o caráter messiânico dessa promessa (Sl 89.3,4, 34-37; Is 9.7; 11.1,10; Jr 23.5,6).

O povo de Israel durante muitos anos esperou o Messias como descendente legal de Davi.

2. Aguardando a promessa.

Todo o Israel tinha conhecimento dessa profecia e aguardava o seu cumprimento.

Paulo e Barnabé, na sinagoga de Antioquia da Pisídia, trouxeram o assunto à tona lembrando aos judeus da Diáspora a promessa feita a Davi: “Da descendência deste, conforme a promessa, levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel” (At 13.23).

Mateus inicia o seu relato sobre o nascimento do Salvador descrevendo a sua genealogia. Ele vincula o Senhor Jesus à casa de Davi (Mt 1.1).

O evangelista queria provar aos judeus que Jesus era o Messias esperado que governaria eternamente o seu povo (Is 11.1-5). Os israelitas, por seu turno, estavam cientes da promessa divina de que o Messias seria um descendente legal da família de Davi (2 Sm 7.12-19; Jr 23.5).

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Deus prometeu a Davi um trono eterno. A dinastia davídica seria perpetuada através do Rei-Messias, o Senhor Jesus Cristo.

 3 – A entrada triunfal do Rei dos Reis

A relevância desse evento (21.8,9). A importância desse evento pode ser vista no fato de ter sido registrado nos quatro Evangelhos (Mc 11.1-11; Lc 19.29-38; Jo 12.12-19).

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém ocorreu em um domingo. Era a grande oportunidade de ele testificar publicamente que era o predito Rei e Messias de Israel. O profeta Zacarias já havia previsto que o Rei-Messias viria, humildemente, montando um jumentinho (Zc 9.9).

Naquele momento, o filho do carpinteiro apresentava-se oficialmente à nação judaica como o Messias que haveria de vir. Quando o Mestre amado entrou triunfante em Jerusalém, “toda a cidade se alvoroçou”.

Todos perguntavam: “Quem é este?” A resposta foi unânime: “Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia”. “Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e de Belém, da aldeia de onde era Davi?” (Jo 7.42).

 “Filho de Davi”

É o título messiânico conferido por Deus a Jesus e anunciado pelos profetas do Antigo Testamento como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Davi, no hebraico, “Amado”, foi o sucessor de Saul aos 30 anos de idade e um rei segundo o coração do Senhor.

A dinastia davídica durou cerca de 425 anos, mas será perpetuada por meio do Rei-Messias, Jesus. Leia mais sobre Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter.

Deus revela de forma maravilhosa a concepção virginal do Messias

 1 –  Sobre o nascimento virginal de Jesus (Isaias 7:14)

Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico ‘almah, conforme usado em Isaías 7.14.

A palavra é usualmente traduzida por Virgem, embora algumas versões traduzam-na por Jovem. No AT, sempre que o contexto oferece uma nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento.

Parece que, no contexto dos capítulos 7 e 8 de Isaías, a profecia a respeito de ‘almah tinha um significado bastante importante para a época do profeta. Em primeiro lugar, a profecia não fora direcionada somente ao rei Acaz, mas à totalidade da casa de Davi.

O Senhor prometeu um sinal sobrenatural, não para Acaz, mas para a casa de Davi, sinal este que manteria sua importância no decurso da História.

Note que o nome do menino seria Emanuel, Deus conosco. O uso de Isaías 7.14, em Mateus 18.22, indica sua grande importância para a compreensão do nascimento do Senhor Jesus Cristo.

O Evangelho de Mateus relata que a gravidez de Maria foi causada pela ação do Espírito Santo sobre ele, quando então concebeu Jesus no seu ventre.

José, noivo de Maria, não o acreditou, até o anjo informar-lhe a respeito. Uma vez ocorrida a concepção, estava claro que se tratava do cumprimento da profecia de Isaías 7.14”. (HORTON, S. M. Teologia Sistemática. CPAD, 2009, pp.323-24)

Por meio dos profetas.

No Antigo Testamento, Deus usou diversos profetas para transmitir sua poderosa mensagem. Por intermédio desses valorosos arautos, falou o Senhor ao povo, aos reis, aos juízes e tantos quanto quis revelar sua vontade (Hb 1.1,2).

Ao profeta Moisés, falou diretamente (Êx 3.1-22; At 3.22). Em o Novo Testamento, usou de modo especial a boca de João Batista, Ágabo, entre outros. Todos esses homens foram porta-vozes dos oráculos divinos à humanidade.

Conclusão

Então, vimos que desde o princípio, Deus, como Evangelista, implanta o seu Reino aqui na terra com o propósito de salvar a todos.

Hoje, a igreja foi estabelecida pelo próprio Deus para anunciar o Reino de Deus aos homens, sendo uma tarefa sublime para a igreja e a mesma não pode ser negligenciada, até porque temos Deus como modelo.

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