O Avivamento na vida pessoal

O avivamento na vida pessoal

O AVIVAMENTO NA VIDA PESSOAL

Um cristão avivado tem nítida autoridade sobre o mundo espiritual e ela é sentida pelas pessoas e testificada pelo Espírito, por isso não é contestada. Afinal, um coração genuinamente avivado incentiva outros a seguirem o mesmo rumo.

Texto Bíblico (Salmos 63.1-8)

O que é avivamento

Eu me alimento das mãos de Deus

O termo hebraico traduzido por “avivar” em Hc3.2, aparece em diversos textos do Antigo Testamento com o sentido de “viver”, “ter vida”, “ser vivificado”, “restaurar”, “curar”, entre outros importantes sentidos – todos traduzem o verbo hāya, “viver” ou “ter vida”. Portanto, avivamento, no contexto de Habacuque, contempla tanto o sentido imediato de reviver, renovar; quanto o sentido escatológico de pôr em execução o programa salvífico de DEUS  (Hc 1.5-2; At 2.16-21).

OBS:  Certa feita, declarou Charles Finney: “Todos os ministros devem ser ministros de avivamento, e toda pregação deve ser pregação de avivamento”. Um ministro de avivamento é um obreiro comprometido com o ensino sistemático da Bíblia.

AVIVAMENTO É: Retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. Retorno à Bíblia como a nossa única regra de e prática. Retomada da oração. Regresso à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: Até aos confins da terra. O avivamento, portanto, é a manutenção da vida espiritual alcançada e a obtenção de maior vigor no decorrer do tempo, pois o homem interior é corroborado com poder pelo Espírito Santo (Ef.3:16). Por isso, um dos significados de “chayah” é “sustentar a vida”.

OBS: ARGUMENTO TEOLÓGICO – AUXÍLIO TEOLÓGICO – Enchei-vos do Espírito! “Uma experiência contínua. Paulo encorajou os crentes a ‘encher-se [literalmente, ‘continuar sendo cheios’] do Espírito’ (Ef 5.18). Os versículos que se seguem são de interesse especial (vv. 19.21). Eles dão diversos exemplos daquilo que irá demonstrar uma vida cheia do Espírito Santo: (a) falar uns com os outros com salmos, hinos e canções espirituais; (b) cantar e fazer música para o Senhor; (c) sempre dar graças a Deus Pai por tudo, no nome de nosso Senhor Jesus Cristo; (d) submeter-se uns aos outros em temor de Deus. Seguindo este último item está o tratamento extensivo dos relacionamentos de marido e mulher; de pais e filhos e de senhores e escravos (empregadores e empregados). É assim claro que a vida verdadeiramente cheia do Espírito inclui encorajamento de companheiros crentes (veja a passagem paralela em Cl 3. 16), adoração genuína, uma atitude reta com relação às circunstâncias e relações interpessoais adequadas.

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Principais avivamentos da história de Israel

Como as pessoas responderam

Moisés (Ex. 32:33) 

2 – Aceitaram as leis de Deus e construíram o Tabernáculo.

Josué (Js 24)

3 – Deitaram fora os deuses estranhos e inclinaram seu coração para o Senhor.

Samuel (I Sm.7:2-13)

4 – Prometeram colocar Deus em primeiro lugar em sua vida e destruíram os ídolos.

Eu me alimento das mãos de Deus

DaviI (I Sm.6)

5 – Levaram a Arca da Aliança para Jerusalém e louvaram a Deus com cânticos e instrumentos musicais.

Asa (I Rs.15:9-14; II Cr.14,15)

6 – Tiraram os ídolos, removeram a prostituição sagrada e observaram a lei do Senhor.

Josafá (II Cr. 20)

7 Decidiram confiar somente na ajuda de Deus e o desânimo deu lugar à alegria.

Elias (II Rs.18)

8 – Reconheceram que só o Senhor é Deus e mataram os profetas de Baal e de Asera.

Ezequias (II Cr. 29-31)

9 – Purificaram o Templo, livraram-se dos ídolos e levaram os dízimos à Casa de Deus.

Eu me alimento das mãos de Deus

Manassés (II Cr.33:11-20)

10 – Purificaram o Templo, livraram-se dos ídolos e passaram a sacrificar apenas ao Senhor.

Josias (II Cr.34,35)

11 – Fizeram um compromisso de obedecer às ordens de Deus e remover as influências pecaminosas de sua vida.

Esdras (Ed.9,10; Ag.1)

12 – Pararam de associar-se com aqueles que os faziam transigir em sua fé, renovaram seu compromisso com os mandamentos de Deus e começaram a reconstruir o Templo.

Neemias (e Esdras – Ne.8-10)

13 – Jejuaram, confessaram seus pecados, leram a Palavra de Deus publicamente e prometeram por escrito (II Cr. 9:38).

Servir novamente a Deus, de todo o coração.

14 – João Batista (Mt.3; Mc.1:1-8; Lc.3:1-20; Jo.1:15-34).

Arrependeram-se dos seus pecados e se submeteram ao batismo pregado por João Batista.

A Igreja, o Israel de Deus (Gl.6:16) não é diferente. A necessidade do avivamento sempre foi uma constante na história. Jesus, mesmo, disse que, para que se iniciasse a obra da evangelização, necessário se fazia que os discípulos, já regenerados, já tendo o Espírito Santo em suas vidas (Jo.20:22), tivessem um “revestimento de poder” (Lc.24:49b), recebessem “a virtude do Espírito Santo” (At.1:8), para que, então, fossem testemunhas de Cristo em todas as partes do mundo.

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Davi, avivado mesmo nas perseguições

A chave ao poder espiritual não é a autoconfiança, e sim, a dependência de Deus. O apóstolo Paulo descreveu essa força quando explicou sua maneira de lidar com obstáculos insuperáveis: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12:9-10). Paulo conhecia bem as Salmos de Davi, que faziam parte importante das Escrituras que ele estudou desde sua juventude. Alguns dos mais importantes hinos de Israel refletem esse mesmo espírito de confiança em Deus nos momentos de vulnerabilidade. Salmo 63 é um desses.

O título do Salmo 63 atribui o hino a Davi e se refere à sua circunstância: “Salmo de Davi, quando no deserto de Judá”. Quando pensamos no contexto histórico, uma forte possibilidade é o tempo da fuga de Davi diante da revolta liderada por seu filho Absalão, quando Davi e seus homens leais “passaram o ribeiro de Cedrom, seguindo o caminho do deserto” (2 Samuel 15:23). Foi um momento de enorme tristeza na vida do segundo rei de Israel. Problemas com seus próprios filhos haviam mergulhado a nação que Davi amava em uma guerra civil. Absalão se levantou contra seu próprio pai em uma tentativa de golpe. Para evitar um banho de sangue em Jerusalém, Davi fugiu e deixou que Absalão tomasse a cidade. Coberto de vergonha e aparentemente fraco, Davi olhou para Deus e orou. Salmo 63 pode ser um exemplo das suas palavras nesse momento. As palavras desse Salmo não são egoístas, nem focadas em pedidos feitos por Davi. São expressões de louvor e de confiança que Deus fará, como sempre faz, o que for melhor. Das profundezas da sua tristeza e fragilidade, Davi pronuncia versos ricos de adoração, desejando a exaltação de Deus e não honras para si.

Os primeiros versos expressam o anseio de Davi na busca da presença do Senhor. A figura do deserto embeleza suas palavras: “Ó Deus, tu és meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água” (verso 1). Mesmo no deserto, os pensamentos de Davi voltaram ao santuário de Deus, o lugar onde este recebia a adoração dos homens (versos 2 a 4). A ansiedade de Davi achou resposta quando contemplava os atributos de Deus (versos 5 a 8). Ele foi bem alimentado, a sua alma farta, com seus pensamentos de Deus. Ele achou ajuda quando procurou o Senhor, refúgio debaixo das asas de Deus. A figura da proteção oferecida na sombra das asas de Deus aparece várias vezes nas Escrituras para mostrar sua benignidade para com os fiéis (alguns exemplos: Salmos 17:8; 36:7; 57:1; 61:4; 91:4). O próprio Jesus usou a mesma linguagem quando falou do desejo de salvar e abrigar seu povo (Mateus 23:37). Mas Israel fugia do Senhor e desprezava a proteção que Davi tanto desejava. Aceitar a proteção na sombra das asas de Deus exige uma atitude de humildade e submissão. Homens confiantes do seu próprio poder não buscam esse refúgio.

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Davi também disse para o Senhor: “a tua destra me ampara” (63:8). Como a destra, ou mão direita, normalmente é a mais forte, a destra de Deus representa o poder da sua justiça. A destra do Senhor “está cheia de justiça” (Salmo 48:10). “A tua destra, ó SENHOR, é gloriosa em poder; a tua destra, ó SENHOR, despedaça o inimigo” (Êxodo 15:6). “A destra do SENHOR se eleva, a destra do SENHOR faz proezas” (Salmo 118:16). Quando a Bíblia fala da posição de Jesus à destra do Pai, ela afirma sua posição de autoridade (Salmo 110:1-2; Efésios 1:19-21; 1 Pedro 3:22). Davi expressa sua confiança nessa salvação divina por meio do contraste entre o destino dos seus perseguidores, entregues ao poder da espada, e o rei fiel, feliz na presença de Deus (versos 9 a 11). O poder de Deus contra seus inimigos (versos 9 a 10) implica na proteção daqueles que estão em comunhão com ele, que é o motivo da alegria do rei (verso 11). Deus é o Salvador daqueles que, como Davi, buscam refúgio (Salmo 17:7). (Tópico IV – por Dennis Allan).

CONCLUSÃO

O Salmo 63 reflete os profundos desejos de um coração que desejava a presença de Deus mais do que qualquer outra coisa. Para Davi, ser crente avivado é ter uma  expressão de desejo sincero de ver o poder e a glória de Deus novamente, como ele havia feito anteriormente no santuário (Salmo 63:1-2).

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