A devoção amorosa de Maria irmã de Lázaro

Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa

A devoção amorosa de Maria irmã de Lázaro

Maria foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Sua atitude de ficar aos pés do Salvador, ouvindo-o e aprendendo, revelou o seu desejo de querer estar mais perto do Filho de Deus, em íntima comunhão com Ele.

Ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus e as pessoas do que os seus bens materiais.

Eu me alimento das mãos de Deus

Texto Bíblico João 12. 1-11

Entendendo as Marias

Marias e Maria Madalena:

Marias e Maria Madalena, realmente há um pouco de dificuldade em entender as Marias que aparecem nos 4 evangelhos.

E esta dificuldade, nasceu há muito tempo, quando o Papa Gregório, o Grande, que viveu há quase 1500 anos, afirmou: “A mulher que Lucas chama de ‘a pecadora’ e João de ‘Maria’, cremos que seja aquela de quem Marcos diz que Jesus expulsou 7 demônios (Maria Madalena)” (Sermões sobre o Evangelho, 33).

Contudo, fazendo uma análise cuidadosa, podemos dizer que a Maria da unção é a irmã de Lázaro.

Vamos ver os textos. O episódio, conhecido como a “unção em Betânia” é contado por 3 evangelistas: Mateus 26, 6-13, Marcos 14,3-9 e João 12,1-8.

Lucas também narra o encontro de Jesus com uma mulher, na casa de um fariseu que lhe convidara para o jantar, que lava seus pés com lágrimas e os enxuga com os cabelos; esse episódio, todavia, parece ser diferente daquele contado pelos outros evangelistas (Lucas 7). Nesse caso a protagonista é chamada “pecadora”. Estude também sobre a formação do caráter cristão.

Jesus em Betânia

Na narração de Mateus e Marcos conta-se que Jesus estava em Betânia, na casa do leproso Simão, quando chega uma mulher com um frasco de perfume caro e começa a derramá-lo sobre a cabeça de Jesus.

Os discípulos se indignam, pois o perfume era muito caro e o dinheiro podia ser dado aos pobres. Jesus porém, os reprime, sublinhando que sempre tereis os pobres convosco. E sublinha: aquela mulher realiza um gesto profético que anuncia a eminente sepultura de Cristo.

João, no seu Evangelho, conta que o fato aconteceu na casa de Lázaro, sempre em Betânia. Ele diz que Maria pega o perfume e unge os pés de Jesus, enxugando-os com seus cabelos. Judas lembra que o dinheiro com o qual foi comprado o perfume poderia ser dado aos pobres.

E Jesus, como em Mateus e Marcos, lembra que os pobres sempre existirão… Portanto, segundo as narrações a personagem que unge Jesus é: Mateus e Marcos: uma mulher /  Lucas: a pecadora. /  João: Maria

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Para concluir, podemos fazer algumas considerações:

1º –  O episódio contado por Lucas provavelmente é diverso daquele acontecido em Betânia, narrado pelos outros 3 evangelistas. De fato, segundo Lucas, o episódio aconteceu na Galileia e não no período nas vésperas da paixão de Cristo, como é indicado nos outros evangelhos.

Eu me alimento das mãos de Deus

A pecadora de Lucas, que unge Jesus, não deve ser Maria Madalena. O episódio da unção em Lucas é contado no capítulo 7. Logo em seguida, no capítulo 8, Lucas fala que Maria Madalena fazia parte do grupo que acompanhava Jesus. Se a pecadora fosse Maria Madalena, por que Lucas não teria dito?

2º –  Enquanto Mateus e Marcos não ajudam a entender quem era a mulher que ungiu Jesus, em João é muito claro que essa mulher era Maria irmã de Lázaro.

De fato, em João 11,1-2 se diz: Havia um doente, Lázaro, de Betânia, povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que ungiu o Senhor com bálsamo e lhe enxugara os pés com os cabelos.

3º –  João conhecia bem Maria Madalena e Maria irmã de Lázaro. É improvável que ele tenha feito confusão entre as duas Marias. Do Site: a biblia.org

Argumentação Bíblica e Textual

No trecho, Marta era a dona da casa em Betânia. A sua irmã, Maria, tendo segundo parece, a sua parte nas hospitaleiras preparações, ficava sentada aos pés do Jesus Cristo a ouvir-lhe os ensinamentos deixando Marta sobrecarregada com o trabalho. Marta queixa-se, então, e Jesus lhe responde ternamente.

É o quarto evangelho que nos diz viverem estas mulheres em Betânia, relacionando Lázaro com elas, e nos mostra que esses três membros da casa eram estimados amigos de Jesus. As partes desempenhadas por Marta e Maria, no facto da morte e ressurreição de Lázaro (João 11:1-46), estão em notável concordância com o que delas afirma Lucas no capítulo 10.

Maria de Betânia, irmã de Marta, que ungiu com óleo os pés de Jesus 6 dias antes da Páscoa de 33 d.C. (João 12:3). Durante a morte de Jesus, Maria de Betânia esteve aos pés da cruz, juntamente com outras mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, Salomé, Maria, mulher de Clopas e o apóstolo João (João 19:25).

A posição da mulher judia

A posição da mulher judia no mundo religioso era definida na declaração perseverada na Talmud: “As mulheres ficam isentas de todos os deveres …” isto indica que elas não precisavam recitar o Shema, comparecer à leitura da lei, nem usar filactérios e roupas franjadas, viver em tendas na festa dos tabernáculos, e assim por diante.

Mas essas coisas não lhe são proibidas, e os rabinos diziam: “diante de todo os mandamentos da Torá, homens e mulheres são iguais”.

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Então percebe-se que Maria não tinha direito social de estar na mesma sala que Jesus, muito menos aos seus pés ouvindo-o, pois provavelmente estava falando para os discípulos que estavam com Ele e a família de Lázaro. Ou seja, espaço do homem, mesmo com a justificativa de estar adorando ou ouvindo a Deus, ela não tinha este direito de ficar no espaço.

Eu me alimento das mãos de Deus

Pois ela deveria faze-lo num espaço para mulheres. Por isso o papel da mulher neste espaço era o de Marta, que era servi-lo e foi o que ela fez e se moeu de servir.

As pessoas se enganam achando que Marta não deu importância a Jesus em sua casa. Na verdade ela estava servindo-o, mas a questão é que Maria descobriu algo que era mais importante que as regulamentações sociais.

Mais importante que sua própria vida, pois sua postura poderia ser considerada de uma sodomita e prostituta.  Isso tudo ficou de lado, já que o mais importante era ouvir as palavras do mestre, pois somente Ele tinha as palavras de vida eterna.

A Arte da Hospitalidade

“A hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de equipe.

Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta, uma das melhores equipes de hospitalidade da Bíblia. Seu hóspede era Jesus Cristo.

Para Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta, cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era, principalmente, uma pessoa ‘que responde’.

Ela realizava poucos preparativos — seu papel era a participação. Diferentemente de sua irmã, que tinha que aprender a parar e ouvir, Maria precisava aprender que agir é, frequentemente, necessário e apropriado. Nós vemos Maria, pela primeira vez, durante uma visita que Jesus fez à sua casa. Ela simplesmente se sentou aos seus pés e ouviu.

Quando Marta se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava, Jesus declarou que a decisão de Maria de desfrutar da sua companhia era a reação mais adequada, na ocasião. Na última vez em que vemos Maria, ela havia se tornado uma mulher de ação ponderada mesclada com adoração.

Novamente, ela estava aos pés de Jesus, lavando-o com perfume e secando com seus cabelos. Jesus disse que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes, como um exemplo de serviço custoso” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1437).

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Obs.: “A oferta que provavelmente representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (gregos), era uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. O motivo é simples, porém profundamente significativo. Maria queria oferecer o melhor para Jesus.” Para conhecer mais leia, Cuia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 689.

As escolhas das Irmãs

1 – A escolha de Marta

Marta fez tudo para oferecer uma boa acolhida ao seu hóspede. Era uma visita muito importante e merecia o melhor. Assim, ela se esmerou para apresentar-lhe uma calorosa recepção. 

Enquanto realizava um serviço, pensava em mais outro … mais outro … e foi ficando desanimada, inquieta, irritada, e começou a murmurar. O seu trabalho de amor estava se tornando uma tarefa pesada demais!

Obs.: Esse é um alerta para nós. Não podemos deixar que isso aconteça conosco. Precisamos recusar o desânimo. Tudo que fazemos para o Senhor deve ser contado como alegria.

2 – A escolha de Maria

Enquanto Marta se fatigava na la­buta caseira, Maria, sua irmã, assentada aos pés de Jesus, totalmente absorta, ouvia os Seus ensinos. Bebia cada uma de Suas palavras. Ela sabia que o serviço era coisa secundária. Ela não podia perder a oportunidade de prestar adoração ao Mestre e receber Dele os ensinamentos.

3 –  A perda de Marta

Marta não podia saborear os ensinos de Jesus, pois estava muito preocupada com pormenores e coisas secundárias. Ela começou a se consi­derar vítima, e passou a acusar a irmã diante do hóspede amado.

Sua irritação era tão grande que ela incluiu Jesus na acusação: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha?” E foi além, atrevendo-se a dar ordens ao Mestre: “Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me” (Lc 10.40).

Então, a voz do Mestre se fez ou­vir: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa” (Lc 10.41-42).

Essas poucas palavras continham sérias advertências:

a. Marta estava misturando o prio­ritário com o secundário;

b. Marta estava perdendo tempo com coisas de pouca impor­tância;

c. Marta não compreendia que Cristo veio para servir e não para ser servido;

d. Marta não percebia que Jesus ti­nha mais interesse na sua pessoa do que no seu serviço.

4 –  O lucro de Maria

“Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42). Maria escolheu estar aos pés de Jesus, numa atitude de adoração e como discí­pula. Ela não precisava ser repreendida, mas sim elogiada, pois havia feito a melhor escolha. http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/marta-e-maria-duas-irmas-duas-atitudes/. 

Conclusão

Observando o texto histórico e verídico narrado nas Escrituras, podemos perceber que o tempo que passamos com Jesus é sempre muito bem empregado. Precisamos organizar a vida de tal forma aprender de Cristo seja o mais importante para nós.

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