Libertos do pecado para uma nova vida em Cristo

Libertos para uma nova vida em Cristo

Libertos do pecado para uma Nova Vida em Cristo

 Num âmbito soteriológico, Paulo esclarece aos crentes em Éfeso a liberdade que temos mediante a em Cristo que nos ofertou a sua maravilhosa graça para vivermos revestidos de uma nova vida e convictos de uma esperança futura…

Texto Bíblico Efésios 2.1-10

A Liberdade em Cristo tem uma esperança

Paulo escreveu a respeito de nossa antiga natureza pecaminosa (2.1-3). Aqui ele está insistindo que não precisamos mais viver sob o poder do pecado. A morte de Cristo na cruz eliminou milagrosamente o castigo, fruto do pecado. Pela fé fomos declarados inocentes, não culpados, perante Deus (Romanos 3.21.22).

Deus não nos afasta do mundo ou nos transforma em “robôs” — ainda sentimos a inclinação para pecar e, às vezes, realmente pecamos. A diferença é que antes de nos tornarmos cristãos estávamos mortos no pecado e éramos escravos de nossa natureza iníqua. Mas agora somos novas criaturas em Cristo (ver também Gálatas 2.20).

– causa de ressurreição de Cristo, sabemos que nosso corpo também ressuscitara dos mortos (1 Coríntios 15.2-23) e que agora recebemos o poder de viver como cristãos (1.19). Essas ideias estão de acordo com a imagem de Paulo de nos sentarmos ao lado de Cristo nos “lugares celestiais” (ver a nota sobre 1.13).

Podemos estar certos de nossa vida eterna com Cristo porque fomos unidos a Ele em sua poderosa vitória. Tornamo-nos cristãos pelo favor não merecido que recebemos de Deus, e não pelo resultado de qualquer esforço, capacidade, inteligência, ato ou serviço oferecido por nós.

1 – O pecado como natureza

Ao expor este tópico, faça uma reflexão a respeito da necessidade do novo nascimento como substituição à velha natureza. Para isso, tome por base o seguinte fragmento textual: “O pecado não consiste apenas de ações isoladas, mas também é uma realidade, ou natureza, dentro da pessoa (ver Ef 2.3).

O pecado, como natureza, indica a ‘sede’ ou a sua ‘localização’ no interior da pessoa, como a origem imediata dos pecados. Inversamente, é visto na necessidade do novo nascimento, de uma nova natureza a substituir a velha, pecaminosa (Jo 3.3-7; At 3.19; 1 Pe 1.23). Esse fato é revelado na ideia de que regeneração só pode acontecer de fora para dentro da pessoa (Jr 24.7; Ez 11.19; 36.26,27; 37.1-14; 1 Pe 1.3)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.286).

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Salvos pela Graça

1 – Mediante a fé

“Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a Deus (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em Deus e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de Deus fiel. É o nosso sangue espiritual (Gl 2.20).

2 – Dom de Deus

Pode-se argumentar que a fé salvífica é um dom de Deus, até mesmo dizer que a presença de anseios religiosos, inclusive entre os pagãos, nada tem a ver com a presença ou exercício da fé. A maioria dos evangélicos, no entanto, afirma semelhantes anseios, universalmente presentes, constituem-se evidências favoráveis à existência de um Deus, a quem se dirigem. Seriam tais anseios inválidos em si mesmos, à parte da atividade divina direta?” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.370).

“Nenhuma medida de esforço próprio ou de devoção religiosa pode realizar o que está descrito acima. Pelo contrário, ‘pela graça sois salvos por meio da fé – e isso não vem de vós; é dom de Deus’ (2.8). A ação da graça de Deus está centrada em seu Filho – sua morte, ressurreição e entronização no céu como Senhor. Em relação à demonstração de sua graça, primeiramente vem o chamado ao arrependimento e à fé (At 2.38).

Através dessa convocação, o Espírito Santo torna a pessoa capaz de responder à graça de Deus através da fé. Aqueles que por meio da fé respondem ao Senhor Jesus Cristo ‘são vivificados juntamente com Cristo’ (2.5). São regenerados ou nascidos de novo por obra do Espírito Santo (Jo 3.3-8). São ressuscitados e assentados com Cristo  no reino celestial e continuam a receber a graça por sua união com Ele, que é a fonte do poder.

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Isso os torna capazes de resistir ao pecado e de viver de acordo com o Espírito Santo (Rm 8.13,14). Os crentes, então, passam a servir a Deus e praticar ‘boas obras’ (Ef 2.10; cf. 2 Co 9.8) por causa da graça que opera em cada um (1 Co 15.10)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.413).

3 – Revestido do novo homem

Se ele dissesse apenas que os efésios deveriam se revestir do novo homem (Ef.4.24), eles poderiam questionar o sentido dessas palavras. Mas o próprio Paulo explica na sequência do texto, de 4.25 até 5.21: “Deixando a mentira, fale cada um a verdade.” “Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe.” “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”. “Não vos embriagueis com vinho”.

A seguir, o autor fala sobre as relações entre marido e mulher, pais e filhos, servos e senhores. Seu último assunto é a armadura de Deus, que é composta por convicções interiores e práticas exteriores, (fé e obras). Ele adverte que tomemos “toda” a armadura de Deus (Ef.6.11). Tomar apenas uma parte é inútil.

De que adianta ao guerreiro proteger o coração e deixar a cabeça exposta? Que adiantará se, estando a cabeça e o coração protegidos, as pernas forem quebradas pelo inimigo? Assim, precisamos da verdade, da justiça, do evangelho, da fé, da salvação, da Palavra de Deus e da oração em Espírito. Se faltar um desses elementos, esta pode ser a brecha por onde o inimigo tentará nos destruir.

A Fé e as Obras

A fé não é alguma nova espécie de obra que agrade a DEUS mais do que as obras legalistas, de tal modo a tomar-se em «mérito», sobre cuja base DEUS nos daria a salvação. Pois a verdadeira base da salvação é a graça, e isso por causa da expiação pelo sangue de CRISTO (ver Efé. 2:8 e Rom. 3:25).

A fé é o instrumento que recebe tal bênção, não sendo base ou mérito para tal recebimento. A fé é, naturalmente, produtiva por sua própria natureza inerente, pelo que produz o fruto das boas obras. Não existe tal coisa como fé sem santificação; pois a santificação é o meio mesmo da salvação (ver 11 Tes. 2:13). A fé estéril não é a fé salvadora. A fé não é credal, mas é a operação do ESPÍRITO de DEUS, feita no homem interior, mediante o que começa a ser efetuada a transformação do crente segundo a imagem de CRISTO.

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A fé é a certeza das coisas que se esperam. O grego, aqui traduzido por «certeza» é da palavra grega comum para indicar a «natureza real» ou «natureza essencial» de alguma coisa, com frequência traduzida por «substância». Significa a «realidade» de algo, em contraste com seus meros «acidentes».

Este último termo indica algo «não essencial» à existência de qualquer coisa como a cor e outros aspectos superficiais. No trecho de Heb. 1:3, esse vocábulo é usado para falar sobre o ser de CRISTO, que é a exata «substância» do ser do Pai, o que é indicação extremamente clara de sua divindade. O uso dessa palavra por parte do autor parece indicar que ele encarava a fé como algo que dá «substâncias às realidades invisíveis, em nosso consciente.

A fé «consubstancia» o mundo eterno e invisível para nós, trazendo até nós as suas realidades, como se ele realmente se fizesse presente, embora continue ausente. A fé é o meio que dispomos para «ver», «aceitar» e «aplicar>> o mundo invisível; é o meio através do qual «vivemos segundo as dimensões eternas». Portanto, a fé é mais do que «certeza». Esta é um dos resultados da fé.

Temos certeza e convicção sobre o mundo espiritual e suas exigências, a nós impostas; e isso nos vem pela fé; mas a fé nos traz essa realidades, que fica consubstanciada ao passo que, para outras pessoas, tal realidade permanece uma teoria, ou mesmo um sonho louco.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 694, 696-697.

Conclusão

Não mais sob o domínio da antiga natureza, agora vivendo uma nova vida em Cristo o crente produz fruto que nada mais é de que as boas obras em todos os aspectos… Com uma sã consciência livre, o crente passa a reconhecer a cada dia o favor imerecido que recebeu da parte de Cristo e que agora vive em obediência a Jesus para nunca mais andar escravo de delitos e pecados.

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